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Tuberculose em presídios requer atenção aos servidores

Estudos em unidade prisional detectam que 34% dos trabalhadores portam a bactéria causadora da doença


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Foto: João Paulo Barbosa Tuberculose em presídios requer atenção aos servidores
A biomédica Amanda Aguiar, egressa do curso de Biomedicina da Unoeste, agora é mestre em Ciências da Saúde pela mesma instituição

Como a tuberculose tem acometido expressiva parte da população privada de liberdade, há a preocupação do setor de saúde com os servidores do sistema prisional. Alguns estudos têm sido feitos nesse sentido, entre os quais estão os de pesquisa cujos resultados acabam de se tornarem públicos junto ao Programa de Mestrado em Ciências da Saúde da Unoeste. Um deles é de que 34% dos trabalhadores de uma unidade prisional do interior paulista são portadores da bactéria causadora da doença.
 
O percentual foi obtido com os testes que deram positivo para tuberculose latente em 30 de 88 servidores de um mesmo presídio, sendo 57 negativos e um indeterminado. A latência está relacionada à instalação da bactéria no organismo do indivíduo, mas o sistema imunológico o mantém sobre controle. Quando se perde essa resistência, então ocorre a tuberculose ativa. Doença infectocontagiosa, transmitida por via aérea, a partir da inalação de gotículas de bacilos expelidos pela tosse, espirro ou fala do infectado.
 
Conduzida pela biomédica Amanda Aparecida Silva de Aguiar e orientada pela Dra. Eliana Peresi Lordelo, a pesquisa teve três estudos e, portanto, ainda com outros resultados, além da constatação do índice de portadores da bactéria, cuja doença nesse período é definida como tuberculose latente. Esses resultados estão relacionados a fatores de risco, atrelados à saúde física e mental, no que também é levado em consideração conhecimento sobre a doença.
 
Houve, então, a aplicação de dois questionários: um para avaliação sobre o conhecimento da doença e outro para avaliação da saúde mental. No primeiro caso, embora a maioria dos servidores tenham recebido informações e possuam boas atitudes, existem falhas da educação em saúde neste segmento. No segundo caso, 27 dos 88 sujeitos participantes da pesquisa, de ambos os sexos, apresentaram sinais de depressão, ansiedade e estresse. Em relação à tuberculose latente e os fatores de risco, foi feita avalição do perfil lipídio.
 
Os exames laboratoriais ocorreram com as coletas de amostras de sangue para dosagem do colesterol total (CT), HDL-colesterol (HDL-C) e triglicérides; incluindo ainda as avaliações antropométricas (peso, altura e circunferência abdominal) e da adiposidade abdominal, em conformidade com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). A exemplo da saúde mental, também foram constatadas alterações no perfil lipídico, especialmente em relação ao sobrepeso.
 
A pesquisa aponta para a necessidade da criação de programa educativo sobre tuberculose e outros parâmetros de saúde, bem como a implantação rotineira de triagem sobre a doença e os fatores de risco, no sentido de promover a saúde ocupacional desses servidores para evitar a disseminação entre os trabalhadores, a população privada de liberdade e a população em geral. São sugestões para as políticas públicas de saúde que foram bem aceitas pelos avaliadores da dissertação da biomédica.
 
Compuseram a banca examinadora, na sexta-feira (13), a Dra. Thaís Batista de Carvalho, da Unoeste, e o Dr. Rinaldo Poncio Mendes, convidado junto à Unesp em Botucatu, convidado pela pesquisadora do programa, Dra. Daniela Vanessa Moris. O tema estudado foi avaliado como absolutamente relevante, de interesse mundial e que tem nos presídios o maior foco da tuberculose por abrigar uma população em ambiente superlotado e em condições precárias. Amanda foi aprovada para receber o título de Mestre em Ciências da Saúde.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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