Batata-doce: seminário digital alcança ótimos resultados

Membros do Centro de Estudos em Olericultura e Fruticultura do Oeste Paulista (Ceofop) da Unoeste comemoram os bons resultados alcançados com o 1º Webinar Batata-doce: Manejo, Oportunidades e Divulgação de Resultados de Pesquisa. Realizado nas noites desta terça (11) e quarta-feira (12), o seminário on-line teve mais de 250 inscritos. A iniciativa da universidade envolveu pesquisadores, estudantes e produtores rurais de 21 estados brasileiros e do Distrito Federal, além de outros países como a Guatemala e a Bolívia. 

O evento contou com o lançamento do projeto de extensão Fortalece Batata-Doce, idealizado pela Agripec Jr. Do curso de Agronomia da instituição que levará aporte técnico científico para o campo. Ocorreu ainda a distribuição de 2 toneladas do produto, que possui complexo vitamínico e baixo teor glicêmico, para 16 entidades assistenciais de Presidente Prudente que, juntadas, atendem cerca de 11 mil pessoas diretamente. A doação desta sexta (14) foi patrocinada pelo Sicoob Paulista e a quantidade individual foi proporcional ao número de assistidos.

Expressiva participação 

A organização pelo Ceofop envolveu a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), o curso de graduação em Agronomia, Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) e na destinação dos donativos o Programa Anjos da Unoeste que envolve a comunidade acadêmica e a sociedade na constituição de um banco de voluntários para atender demandas na área social. Conforme o professor pesquisador Dr. André Ricardo Zeist, o saldo foi altamente positivo.

Eram esperados cerca de 50 participantes. Sendo assim, 250 representam 400% a mais. Além do que e de amplo alcance no território nacional, houve a projeção internacional. O foco era para ser mais regionalizado, por conta de que a região de Prudente é a maior produtora de batata-doce do Estado de São Paulo. São mais de 300 produtores. A produção passa de 13 mil toneladas por ano, com movimentação financeira de R$ 110 milhões, mais de 3 mil empregos diretos e renda mensal média de R$ 2 mil.

Força do oeste paulista 

Uma das curiosidades dos participantes era saber sobre força dessa cultura no oeste paulista. A resposta de José Corte, engenheiro agrônomo, produtor e presidente da Associação dos Produtores de Batata-doce de Presidente Prudente e região (Aprobarpp) foi com os seguintes apontamentos: tecnologia; organização associativa; divulgação dos benefícios deste produto como parte da dieta alimentar e os benefícios à saúde; e realização da Batatec, a Feira Tecnológica da Batata-Doce que no ano passado, em sua 2ª edição, recebeu mais de 14 mil visitantes e movimentou R$ 4,5 milhões em negócios.

Além de André e José, as exposições e debates envolveram os também engenheiros agrônomos André Longen, consultor da Interagro SP;Felipe Rodrigues da Silva, do Caminho do Produtor; Juliano Tadeu Vilela de Resende, da Universidade de Londrina (UEL); Marco Aurélio Fernandes, da Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo. O lançamento do Fortalece Batata-Doce foi feito pelo presidente da Agripec Jr, o estudante Lucas Feitosa. André também apresentou resultados de pesquisas desenvolvidas na Unoeste.

Parte do cardápio 

Em 100 sacos de 20 kg, a batata-doce foi retirada na propriedade de Nelson Monteiro, no distrito de Montalvão, com as presenças de André e do diretor da Faculdade de Ciências Agrárias da Unoeste, Dr. Carlos Sérgio Tiritam, também coordenador do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia, que oferta mestrado e doutorado. A primeira entrega foi feita no Núcleo Ttere, no jardim Regina, que atende 270 deficientes, com os atendimentos alterados por causa da pandemia do novo Coronavírus.

 A coordenadora técnica Patrícia Navarro Fernandes Coelho disse que a batata-doce faz parte do cardápio de marmitas entregues de segunda a sexta-feira para 140 pessoas para as quais também são destinadas cestas básicas a cada 15 dias. Com atendimento direto para cerca de 5 mil pessoas, a Associação de Apoio a Portador de Câncer de Presidente Prudente (AAPC),  na vila São Jorge, também tem a batata-doce no cardápio: cozida, frita, no frango, na carne ensopada e como purê. É o que disse a coordenadora de eventos Regina Garcia.

São servidos pelo menos 90 almoços por dia nos refeitórios do Centro de Oncologia Antônio Geraldo Querubim, próximo ao Hospital Regional do Câncer (HRC), e na Casa de Apoio Geraldo Ribeiro de Souza, ao lado do museu municipal, no jardim as Rosas. Ao recebem com entusiasmo a contribuição através dos Anjos da Unoeste, Regina disse que geralmente são atendidos pacientes moradores de cidades da região de Prudente e que diariamente são pessoas diferentes.

Entidades beneficiadas

Creche Walter Figueiredo, Associação de Prevenção a Aids,  Associação de Proteção aos Cegos, Associação Tra Noi, Casa do Aprendiz Cidadão, Núcleo Ttere, Associação de Surdos, LBV, Auxílio Fraterno Amélia Zambelli, Associação de Apoio aos Fissurados Labio Palatais, Lar Santa Filomena, Vila da Fraternidade, Associação de Apoio ao Portador de Câncer, Associação Peregrinação do Rosário, Associação Bethel e SOS Criança. 

Excelentes cursos 

A Unoeste oferta cursos de excelência na área de agronomia. Na graduação tem o conceito 4 do Ministério da Educação (MEC), é o melhor da região pelo Ranking Universitário Folha (RUF 2018) e detém o Prêmio Melhores Universidades, do Guia do Estudante 2018,  na área de ciências biológicas e da terra. 

O curso de Agronegócio é conceito 4. Dentre as especializações oferece o curso de Manejo e Fertilidade do Solo e do Estado Nutricional das Culturas. Na pós-graduação stricto sensu tem mestrado e doutorado, ambos com conceito 4 na avaliação do MEC, através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superar (Capes).