Doutorando fará parte dos estudos na Politécnica de Madrid

Pelo segundo ano consecutivo o Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional irá enviar aluno do doutorado à Universidade Politécnica de Madri. No ano passado foi a arquiteta Jacqueline Roberta Tamashiro Berguerend Xavier e agora irá o engenheiro civil Lucas Henrique Pereira da Silva. Ambos egressos da graduação e mestrado na Unoeste que oferece condição de seu aluno passar por todos os níveis de formação acadêmica na mesma instituição.

A realização de parte dos estudos na Espanha, através do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PSDE), tem o aporte financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC).  A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG), por meio do pró-reitor Dr. Adilson Eduardo Guelfi, apoia a estimula os programas a cumprirem o requisito da internacionalização que é avaliado pela própria Capes.

Busca por substituir o cimento

A pesquisadora orientadora Dra. Angela Mitie Otta Kinoshita conta que Lucas Henrique foi um dos selecionados em edital do programa ambiental da universidade, coordenado pela Dra. Alba Regina Azevedo Arana.  Outra bolsa ficou com Danielle Elis Garcia Furuya, orientada da Dra. Ana Paula Ramos e que irá para o Estados Unidos. Em relação aos estudos do engenheiro civil tem ainda o fato importante de envolver estudante da mesma área, inserida em iniciação científica.

Lucas Henrique desenvolve há quase cinco anos, incluindo dois de mestrados e por estar no 3º ano do doutorado, estudos sobre o uso da cinza da folha de bambu para substituir o cimento na construção civil, por ter propriedades semelhantes. A aluna do curso de Engenharia Civil envolvida na pesquisa é Vivian Monise Alves de Oliveira, com o apoio do diretor da Faculdade de Engenharias e Arquitetura e Urbanismo de Presidente Prudente (Fepp) Guilherme Crepaldi Camarini.

Importância de outro idioma 

Enquanto Lucas Henrique fez o mestrado com taxa e agora faz o doutorado com bolsa da Capes, Vivian é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/Unoeste), por concessão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações. Lucas Henrique também fez iniciação científica, na área de alvenaria estrutural. Porém, antes de ingressar no curso de Engenharia Civil, fez um semestre de medicina na Bolívia.

Sua estada de seis meses em Santa Cruz de La Sierra, de onde retornou ao Brasil devido ao temor, por parte de sua mãe, de que fosse vítima da luta armada pela disputa de comando político-administrativo da Bolívia. Porém, o aprendizado da língua espanhola foi essencial no teste de proficiência que teve que fazer em relação ao intercâmbio, no qual quase obteve nota máxima. Por coincidência, Vivian sonha com intercâmbio e no quesito idioma carrega a experiência de ter lecionado inglês em uma escola de Bastos.

Aprimoramento da pesquisa 

Após a graduação, Lucas Henrique trabalhou pouco tempo como engenheiro civil em Presidente Prudente, por ter sido aprovado em concurso do Instituto Federal de Educação para lecionar em Presidente Epitácio, no curso Técnico em Edificações. Então, depois de cinco anos de sua formação voltou para a Unoeste, ao ingressar no mestrado. Está licenciado como professor. Sua viagem à Espanha será no dia 10 de novembro, onde ficará por dez meses.

Conforme o Dra. Angela, Jacqueline deixou abertas as portas na Universidade Politécnica de Madrid. Quando lá esteve, recebeu acompanhamento e orientação dos professores Dra. Amparo Moragues Terrades e Dr. Miguel Angel De La Rubia.  Diante do fato de que a universidade espanhola tem estrutura capaz de adicionar novas possibilidades nos estudos de Lucas Henrique, isso significa que terá a oportunidade de aprimorar a pesquisa e, com isso, enriquecer a elaboração de sua tese.