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Pecuária poderá obter ganho relevante em reprodução in vitro

Startup busca validar bioprocesso utilizando membrana de nanotecnologia para montar sistema tridimensional


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Foto: Homéro Ferreira Pecuária poderá obter ganho relevante em reprodução in vitro
Dr. Anthony, um dos três pesquisadores sócios da BlastoCell Biotechnologies

 

Com a ideia de colocar no mercado novo bioprocesso para a produção in vitro de embriões, estudo científico envolve a criação de startup BlastoCell Biotechnologies, aprovada pela Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (Intepp). O projeto trabalha a validação de membrana de nanotecnologia para montar um sistema tridimensional (3D) que seja mais eficaz que o bidimensional (2D), ao proporcionar aos embriões ambiente mais confortável do ponto de vista biológico. 

Como as dimensões fazem a diferença, o projeto trabalha com a hipótese de que o sistema em 3D apresente ganho relevante, com melhores resultados em qualidade e em quantidade, com os índices de taxa embrionária saltando de cerca de 40%, em 2D, para mais de 50%. O projeto foi aprovado pela Intepp pelos avaliadores João Cezario Giglio Marques, William Hiroshi Suekame Takata e Fernanda de Lima Bagli.

No projeto são três profissionais envolvidos, sendo dois doutores e uma doutoranda. Eles têm expertises diferentes em decorrência de suas formações: o biomédico Dr. Anthony César de Souza Castilho, a médica veterinária Raquel Zaneti Puelker e a bióloga Sarah Gomes Nunes.  Através deles há uma série de envolvimentos de suporte ao projeto, a começar pelo fabricante da membrana, que é a Biocelltis Biotecnologia, de Florianópolis, em Santa Catarina.

Firmado acordo de cooperação 

O aporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) ocorre através do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), destinado às pesquisas científicas ou tecnológicas. O vínculo do projeto com a Fapesp tem o envolvimento da Unoeste, tendo como responsável o professor pesquisador Dr. Anthony, coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, pelo qual é ofertado mestrado e doutorado.

A BlastoCell Biotechnologies mantém acordo de cooperação com a Unoeste para uso do Laboratório de Biotecnologia em Saúde, através da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG), pela qual responde o pró-reitor Dr. Adilson Eduardo Guelfi. Os equipamentos a serem adquiridos para o projeto, com duração de nove meses, serão doados para a universidade, em contrapartida à ajuda oferecida. O aporte financeiro da Fapesp é de quase R$ 300 mil e restam os trâmites legais para a transferência do dinheiro.

Por solicitação da Fapesp 

A criação da startup e sua incubação na Intepp foi em decorrência de solicitação da Fapesp. Porém, mesmo sem a incubadora exigir a constituição do projeto como empresa, essa medida foi tomada para atender critérios da Fapesp. Assim sendo, a BlastoCell Biotechnologies está registrada na Junta Comercial como micro empresa e com o devido número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 

O Dr. Anthony conta que o projeto nasceu da relação dos três pesquisadores, na sua condição de orientador e na situação de orientanda Sarah, no doutorado na Unesp em Botucatu; em junção com a Dra. Raquel que fez a graduação e o mestrado na Unesp em Jaboticabal e doutorado na USP; proprietária da Botupharma Biotecnologia Animal. A empresa sediada em Botucatu está presente nos cinco continentes com a sua linha de produtos para grandes animais.

Avaliação de novos bioprocessos

Conforme o responsável pelo projeto, a Botupharma comercializa produtos para reprodução bovina in vitro. A BlastoCell Biotechnologies surge com a ideia de empresa que avalia novos bioprocessos, inicialmente em bovinos. A intenção contempla equinos e, possivelmente, ovinos. Porém, esse propósito será ampliado para contemplar reprodução humana, em trabalho previsto para o Pipe 2; assim que for concluído o primeiro.

A escolha de ter a startup incubada na Intepp e abrir a empresa em Presidente Prudente tem a ver com a produção agropecuária da tríplice fronteira: São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Especialmente com a região prudentina, que concentra o maior rebanho bovino paulista com 1,9 milhão de cabeças. “Será um ganho para a região que tem poucos laboratórios de reprodução animal. Portanto, existe demanda. Em relação à reprodução humana, ainda é maior a escassez de clínicas”, comenta o Dr. Anthony. 

Benefícios acadêmicos e sociais 

Sarah, que é de São José dos Campos, utilizará os dados de validação da membrana de nanotecnologia como sistema de reprodução animal para a sua tese. Dados a serem produzidos no Laboratório de Biotecnologia em Saúde, no campus I da Unoeste, onde a ela irá atuar presencialmente a partir do próximo mês. A incubação na Intepp é on-line, para eliminar a distância entre as cidades de Botucatu e Presidente Prudente; possibilitando a frequente interação entre os três pesquisadores.

Para o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Animal há uma série de ganhos, considerando os critérios de avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que é a fundação vinculada ao Ministério da Educação. Os ganhos compreendem a interinstitucionalidade, o empreendedorismo, a produção de tecnologia e de patente; de maneira a transferir tecnologia e conhecimento prático para a sociedade.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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