Debate do Enaext estimula que ensino superior seja repensado

A pesquisa em relação aos investimentos em tecnologia e inovação; o ensino cada vez mais a distância visto como metodologia e não modalidade; e a extensão universitária que pode se encaixar ainda melhor no novo ensino médio de São Paulo, com nova carga horária e dinâmica de formação a partir de 2022. Essas situações são sinalizadoras de que o ensino superior deve se preparar para receber ingressantes estimulados por mais protagonismo e autonomia, conforme entendimento da pesquisadora e coordenadora dos cursos de Pedagogia da Unoeste, presencial e a distância, Dra. Danielle Aparecida do Nascimento Santos.

Programa do Pontal 2030

O seu entendimento é o de que o ensino superior tem a necessidade de repensar o seu espaço, seu tempo, seu formato, suas metodologias e as suas ações. Constatação feita no fechamento da mesa-redonda integrada “Estratégias e ações da pesquisa, ensino e extensão durante e pós pandemia”, realizada na noite desta quinta-feira (21) como parte da programação do 14ª Encontro Anual de Extensão (Enaext), vinculado ao 26º Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enaext) que a Unoeste promoveu no decorrer desta semana, com ampla programação 100% on-line e envolvendo representantes de 330 instituições de ensino superior do Brasil. 

Foto: Reprodução YouTube

No âmbito da pesquisa foram apresentados dados de investimentos do governo paulista em tecnologia e inovação, pela subsecretária estadual de desenvolvimento econômico, Dra. Paula Helena Ortiz Lima, coordenadora da Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Alinhada com as ações de políticas públicas, a subsecretária expôs possibilidades de benefícios em pesquisas, citando o aporte financeiro suplementar de cerca de R$ 100 milhões para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e os investimentos do governo em diferentes áreas, como ocorre com a região de Presidente Prudente com o programa Pontal 2030.

Fenômeno do ensino a distância

No campo do ensino, na fala foi do Dr. Luciano Sathler Rosa Guimarães, reitor do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e membro do Comitê de Qualidade da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), foi evidenciada a necessidade de modificação na legislação brasileira para que o ensino a distância seja classificado como metodologia e, portanto, deixe de ser modalidade, diante de várias características que norteiam o ensino de qualidade. Sua exposição esteve centrada na temática da educação aberta, com reflexões sobre possibilidades e limites ante o fenômeno do ensino a distância, seu contínuo crescimento e a redução de idade dos ingressantes.

O dirigente da Diretoria de Ensino da Região de Mirante do Paranapanema, professor Enio Magro, fez abordagem sobre extensão e afirmou que, dentre as ações para minimizar os impactos da pandemia, tem sido imprescindível o programa Educa Pontal, mantido em parceria com a Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) da Unoeste. Motivo pelo qual agradeceu o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, e o pró-reitor Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste, na condição de representante da Reitoria. Conforme o dirigente, o programa é visto como modelo e poderá ser adotado em outras regiões do estado.

Simpósio de Iniciação Científica

Nesta sexta-feira (22), o último de atividades do Enepe 2021, ocorreu durante a manhã e à tarde o 10º Simpósio de Iniciação Cientifica (CIC) com as apresentações e avaliações dos trabalhos de pesquisa realizados por estudantes de graduação e alunos do ensino médio bolsistas do Programa de Iniciação Científica (Pibic e Pibic-EM) e estudantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).  Avaliados por comitê externo, os três melhores trabalhos, que serão anunciados na segunda-feira (25), receberão o Prêmio 7º Prêmio SIC Pibic.