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Produção veicular de CO2 em Prudente provoca alto impacto

Frota superior a 185 mil veículos lança na atmosfera 171 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano


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Foto: Homéro Ferreira Produção veicular de CO2 em Prudente provoca alto impacto
Marcília Arruda: elogios à qualidade do seminário
Foto: Homéro Ferreira Produção veicular de CO2 em Prudente provoca alto impacto
Juliane Felipe: estudos sobre poluição no Parque do Povo
Foto: Homéro Ferreira Produção veicular de CO2 em Prudente provoca alto impacto
Participantes do simpósio, na última etapa de sábado

Ao tratar da poluição ambiental em 45 municípios que compõem a região administrativa da saúde estadual no extremo oeste paulista, no 2º Simpósio de Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, da Unoeste, foram apresentados dados preocupantes. É o caso da emissão do dióxido de carbono (CO2) por veículos automotores em Presidente Prudente. Com a frota de 185.839, o impacto causado é de 171,1 milhões de toneladas do poluente por ano que, ao interferir na qualidade do ar, gera efeitos na saúde, causando problemas respiratórios. Para se ter noção dos danos ambientais, seriam necessários 945 mil km2 de Mata Atlântica para fazer a reposição, transformando carbono em oxigênio.

A autora da pesquisa, a educadora física Juliana Felipe, obteve os dados sobre a frota circulante na Secretaria Municipal de Assuntos Viários (Semav), incluindo o fato que cada veículo roda em média 50 km por dia e o combustível majoritário é a mistura de gasolina e álcool. Orientada pela Dra. Alba Regina Azevedo Arana, ela desenvolve estudos científicos sobre exercício físico e poluição veicular no Parque do Povo, o maior espaço livre urbano da cidade utilizado para a prática de atividades físicas, numa extensão de 3 km entre as avenidas Brasil e Manoel Goulart e ao meio das duas principais vias de trânsito rápido: avenidas 14 de Setembro e 11 de Maio.

Informações da Semav são de que nessas quatro avenidas, juntamente com a Washington Luiz e Coronel Marcondes, estão o maior impacto no trânsito na cidade, com circulação mensal superior a 4 milhões de veículos, considerando que um mesmo veículo pode fazer o mesmo trajeto quatro vezes por dia: ida ao trabalho, saída para o almoço, retorno ao trabalho e volta para casa. Realizado pelo Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, que tem o caráter multidisciplinar, o simpósio, com o mesmo nome da disciplina lecionada pelo médico infectologista Dr. Luiz Euribel, tratou de questões exclusivamente regionais.

Esse fato foi enaltecido pela bióloga Marcília Arruda, professora dos cursos de agronomia e biologia da Universidade Estadual do Mato Grosso (Unemat), no campus de Nova Xavantina (MT). Aproveitando um período de licença para investir em atualização profissional, se inscreveu no simpósio, do qual tomou conhecimento no site da Unoeste. “Os temas apresentados vão ao encontro dos problemas que estamos enfrentando no planeta, em termos de impactos ambientais. O interessante é que as pesquisas apresentadas têm um retorno para a população local e regional, contribuindo para novas concepções no estabelecimento de políticas públicas para esse setor”, pontuou.

Para o Dr. Euribel, o simpósio superou as expectativas pelo nível dos estudos apresentados e pela qualidade das perguntas formuladas. A realização na sexta-feira (27) à noite e durante a manhã de sábado (28), no auditório Cerejeiras, contou com a seguinte programação: abertura com as falas da coordenadora do programa Dra. Alba e de Euribel; palestras do médico Alexandre Portelinha, sobre doenças pulmonares relacionadas aos sinais e sintomas clínicos das principais patologias do oeste paulista, e do fisioterapeuta Flávio Danilo Mungo Pissulin sobre alterações respiratórias e poluição atmosférica, com abordagem sustentada pela visão acadêmica.

Na sequência da programação, os assuntos foram a poluição atmosférica induzida por agrotóxicos, pela fisioterapeuta Aline Duarte Ferreira; poluição atmosférica no oeste paulista: legislação e qualidade do ar, por Luiz Carlos Barbosa Cardoso, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb); exercício físico e poluição veicular no Parque do Povo, pela educadora física Juliana Felipe;  a perda auditiva de indivíduos expostos a pulverização aérea, pela fonoaudióloga Meire Aparecida Judai; e alguns trabalhos de alunos. O evento teve o apoio da Unoeste, Goydo PHP Administração e Vendas, M&V Contabilidade e Assessoria e Nutripoint Suplementação Alimentar.

O Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, realizou o simpósio com a organização da comissão formada pelos alunos – profissionais de engenharia civil, arquitetura e urbanismo, saúde e educação – que são os seguintes: Joyce Marinho de Souza, Juliana Felipe, Marta Aparecida de Moura, Ulisses Dias de Souza, Danillo Nascimento Vicente, Elisângela Coutinho Armando, Fábio Albert Basso, Regiane Soares Santana de Souza, Renam Serraglio Quaglio e Melina Mandrote da Silva.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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