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Soja é capaz de gerar lucros para pecuária do Oeste Paulista

Leguminosa pode ser cultivada nos solos arenosos por meio da Integração-Lavoura-Pecuária; prática é observada em dia de campo


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Foto: Gabriela Oliveira Soja é capaz de gerar lucros para pecuária do Oeste Paulista
Dr. Edemar Moro conduziu estação sobre o uso sustentável de solos arenosos
Foto: Gabriela Oliveira Soja é capaz de gerar lucros para pecuária do Oeste Paulista
Sistema Santa Ana foi apresentado pelo professor de Agronomia, Paulo Claudeir Gomes da Silva
Foto: Gabriela Oliveira Soja é capaz de gerar lucros para pecuária do Oeste Paulista
João K: “Sistema iLP transforma solos arenosos em áreas altamente produtivas


Na região Oeste Paulista, uma fazenda de criação de gado comprova que é possível aumentar a sua rentabilidade por meio do cultivo da soja. Mais do que adotar a Integração-Lavoura-Pecuária (iLP), essa propriedade demonstra que os solos arenosos podem se tornar altamente produtivos.

Tal exemplo de sucesso deve servir como referência para outros produtores. Assim, para difundir essa prática, nesta sexta-feira (10), na Fazenda Campina, em Caiuá (SP), foi realizado o Dia de Campo “Sistemas Agropecuários para os Solos Arenosos”. Organizada pela Unoeste, em parceria com a Embrapa e a Cocamar, a iniciativa foi desenvolvida por meio de quatro estações: uso sustentável de solos arenosos, Sistema Santa Ana (SSA), colheita da soja e ganhos da pecuária. As duas primeiras estações foram conduzidas pelos docentes da Unoeste, Edemar Moro e Paulo Claudeir Gomes da Silva; a terceira pelos representantes da Cocamar, Diogo Cardoso Rojas e André Louguen; e a última por João Kluthcouski, mais conhecido como João K, pesquisador da Embrapa, além do proprietário da fazenda, Carlos Viacava e o gerente e zootecnista, Juliano Roberto da Silva.

Moro, professor doutor do curso de Agronomia da universidade abordou as alternativas que existem para trabalhar esse tipo de solo, que é característico da região, além de apontar quais culturas e técnicas de manejo podem ser empregadas. “Mesmo com os veranicos que são predominantes no Oeste Paulista, é possível observar que a soja é uma das culturas que se adaptam muito bem, sendo capaz de recuperar áreas degradadas e oferecer uma pastagem de qualidade para o gado”.

O Sistema Santa Ana (SAA) foi apresentado pelo docente dos cursos de Agrárias da Unoeste, Paulo Claudeir Gomes da Silva. “Esse sistema alia a produção de silagem com a recuperação de pastagem, por meio do consorciamento entre duas gramíneas. Aqui, na Fazenda Campina, essa prática foi adotada em uma área de 90 hectares. Foi possível constatar que houve um aumento na taxa de lotação animal por hectare, ou seja, hoje é possível colocar 3,5 unidades animal por hectare (ua) com um ganho de 630 gramas por dia”.

Para João K, um dos maiores especialistas em iLP no país, existe uma urgência em levar a tecnologia para o campo. “A iniciativa de hoje demonstra que a integração transforma os solos arenosos em altamente produtivos. Para nossa grande surpresa, em apenas dois anos, conseguimos transformar uma fazenda degradada de um custo altíssimo, em uma propriedade altamente produtiva. Além de termos uma pecuária sustentável, contamos com a produção de grãos que é garantida. Para ter uma ideia, contabilizamos a colheita de uma média de 60 sacos de soja por hectare, o que gera lucro e, acima de tudo, beneficia o solo e a pastagem”.

Viacava comenta que, por meio da iLP, conseguiu produzir soja e reformar a pastagem da sua fazenda. “A nossa região possui milhares de hectares degradados, por isso, acredito que a integração seja a nossa redenção mudando esse cenário. Estou orgulhoso de estar junto a instituições como a Unoeste, Cocamar e Embrapa na difusão dessa tecnologia muito importante e que pode fazer a diferença na nossa economia”.

O dia de campo também contou com a presença dos pró-reitores da Unoeste, os doutores José Eduardo Creste (Acadêmico) e Adilson Eduardo Guelfi (Pesquisa e Pós-graduação). “É sensacional visualizar uma iniciativa de caráter inovador e que pode mudar o contexto da nossa região”, diz Guelfi. Para Creste, “a universidade é pioneira na disseminação da iLP no Oeste Paulista, o que demonstra o cumprimento do seu papel social”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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