Intercâmbio em Portugal empolga estudante de Administração

Ao retornar de intercâmbio estudantil em Portugal, o estudante de Administração da Unoeste Caio Pedrinho da Silva se manifesta empolgado por ter ampliado sua visão de mundo e revela a expectativa de viver novas experiências. Depois de formado, pretende o mestrado ou a inserção no mercado de trabalho em algum outro país. Na Europa, foram cinco meses na Universidade da Madeira, na Ilha da Madeira, por programa do banco Santander de Bolsas Ibero-Americanas.

Silva chegou na ilha, que fica mais perto do Continente Africano do que Lisboa (1 hora e meia de avião), em setembro do ano passado e lá ficou até janeiro deste ano. Em curso similar ao de administração, que é o de gestão, teve aulas, em período integral, em duas disciplinas, compatíveis com a grade da Unoeste: marketing e mercado financeiro. Em sala com cerca de 60 alunos, foi um de três estrangeiros, sendo os outros dois, ucraniano e francês.

Morou na residência universitária, onde teve a oportunidade de conviver com estudantes de várias outras nacionalidades. O prédio para 150 alunos, além de abrigar moradores da própria Ilha, é ocupado por intercambistas europeus, chineses e coreanos. Por serem quartos triplos, ficou alojado com dois portugueses. Mesmo sendo eles mais fechados, não teve problema de convivência. Os hábitos alimentares são diferentes, mas conseguiu se adaptar facilmente.

“A comida portuguesa tem praticamente o mesmo sabor. Se come muito mais peixe do que carne bovina, bem mais cara. Não tinha feijão. Ás vezes o arroz era substituído por batata. Comem muito macarrão. Eles têm muita preocupação com a saúde e consciência alimentar. Tomam café da manhã e da tarde, almoço e janta. Não comem besteiras, como lanche e salgado”, comenta o estudante que não restringiu sua estada em Portugal à Ilha da Madeira.

Aproveitando os baixos custos dos transportes aeroviário, rodoviário e ferroviário, conheceu Lisboa, Serra da Estrela e Porto, em Portugal. Também foi para as capitais Paris, na França; Londres, na Inglaterra; e Amsterdã, na Holanda. Gostou muito de Paris, mas se sentiu mais impactado por Amsterdã. “É uma cidade limpa, bonita, menos carros e mais bicicletas. Portanto, sem congestionamentos e poluição. Uma cidade fluvial, com canais. As pessoas são cultas. Existem muitos museus”, pontua.

“É muito fácil viajar pela Europa. Na União Europeia, para ir de um país a outro não há burocracia”, diz Silva para quem é muito interessante a facilidade de conhecer outros povos e outras culturas. “O valor que dão aos estudos é bem maior, por uma questão cultural. Aqui no Brasil ainda estamos aprendendo isso”.

Ao contar que tudo lá é maravilhoso, comentou que a família e os amigos são os motivos de querer voltar ao Brasil. Disse que a estada em Portugal, como estudante da Unoeste e com a bolsa do Santander, foi tranquila, pelas orientações e o apoio recebidos anteriormente à viagem, e mesmo durante a permanência na Ilha da Madeira, da Assessoria de Relações Interinstitucionais da Unoeste, na pessoa do Dr. Antonio Fluminhan Júnior.

Mesmo tendo deixado o estágio da Defensoria Pública e retardado em um semestre a conclusão do curso de Administração, Silva afirma ter valido a pena viver essa experiência, por ele classificada como fantástica. “Teve muitos desafios, em algumas situações não foi fácil, mas ganhei muitas coisas boas”, diz o estudante que passou por alguns perrengues, como o frio de 2 graus e sensação de menos zero, obrigando o uso de duas calças e as compras de luva, gorro e jaqueta térmica. Silva chegou a Portugal no verão, passou o outono e voltou no inverno.