Quarta-Feira, 28 de Agosto de 2019

Egresso de Farmácia integra equipe de barco hospital

Frei Mariano se formou em 2016 e atualmente trabalha no Barco Hospital Papa Francisco, inaugurado este mês no Pará

  • Foto: Cedida Egresso de Farmácia integra equipe de barco hospital Ex-aluno da Unoeste atua como farmacêutico na embarcação atendendo comunidade ribeirinha da região amazônica

Formado em 2016 pelo curso de Farmácia da Unoeste, Paulo Ricardo Freitas Virgínio, o frei Mariano, atualmente integra a equipe de profissionais do Barco Hospital Papa Francisco na Providência de Deus, que foi inaugurado este mês na cidade de Belém (PA). Atuando como farmacêutico e bioquímico, o ex-aluno, que também já trabalhou na diretoria do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e no setor de Humanização do Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente, conta um pouco de como é sua rotina na embarcação, que atende principalmente a comunidade ribeirinha da região amazônica.
 
De acordo com o frei, começar algo tão novo como o barco hospital gera nas pessoas sentimento de expectativa, afinal a embarcação sairá ao encontro de ribeirinhos que não têm acesso à saúde de maneira geral, vivendo isolados sem ter essa oportunidade de tratamento. “Os primeiros atendimentos foram muito importantes para fazer alguns ajustes nos processos e no fluxo. Também começamos a traçar um perfil epidemiológico de determinadas patologias para que os serviços prestados sejam de qualidade e bem mais objetivos”, conta.
 
O frei salienta que o barco hospital está totalmente equipado para atender baixa e média complexidade e, enquanto farmacêutico, ele atua na gestão do medicamento e com a equipe multidisciplinar para que seja possível não somente efetuar as compras, mas também atuar na atenção farmacêutica e no serviço de diagnóstico laboratorial com profissionalismo na ação integral com a equipe de saúde. “Quando as pessoas saem do consultório fazemos as orientações quanto à posologia. Como muitas delas não tiveram oportunidade de frequentar a escola, acabam ficando confusas em relação aos horários de tomar os medicamentos. Estamos ali para ajudá-las”, explica.
 
A idealizadora do projeto, Associação Lar São Francisco na Providência de Deus, está buscando parcerias com médicos, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais da saúde com o intuito de levá-los para uma experiência diferente da realidade deles, além de agregar conhecimentos em áreas muito específicas de acordo com cada região atendida. “A Unoeste sempre foi parceira da Associação. O frei Francisco Belotti, presidente da entidade, tem conversado com a universidade para que os alunos e professores vivenciem essa experiência de não somente levar a cura física, mas também com o objetivo de humanizar a saúde e torná-la mais humanitária”, diz.
 
O frei Mariano conta ainda que os profissionais que já realizaram os atendimentos querem voltar para outras expedições, segundo relatos dos mesmos. “Suas vidas profissionais e pessoais mudaram com a vivência e experiência com os ribeirinhos”, revela.
 
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Comemoração do Papa
Logo após a inauguração, o Papa Francisco usou suas redes sociais para comemorar a embarcação que leva seu nome. A ideia do projeto, que surgiu do frei Francisco, se deu através de um pedido do próprio Papa durante a última visita dele ao Brasil na Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
 
“É com grande satisfação que me uno a vocês neste momento de alegria e ação de graças a Deus pela inauguração do Barco Hospital Papa Francisco que levará a Palavra de Deus e oferecerá acesso a uma saúde melhor para as populações mais carentes, sobretudo os povos indígenas e ribeirinhos, que vivem ao longo de uma extensão de 1.000 quilômetros do Rio Amazonas”, escreveu o pontífice em uma rede social.
 

O Barco
A embarcação, que ganhou o nome de “Papa Francisco”, tem 32 metros de comprimento e possui vários centros médicos especializados. O barco disponibiliza consultas médicas, atendimentos odontológicos, radiografias, mamografias, ultrassonografias, ecocardiogramas, testes ergométricos, exames laboratoriais, dispensação de medicamentos e vacinação.
 
O projeto custou cerca de R$ 25 milhões e além da ajuda de voluntários e colaboradores, contou com recursos que vieram do Ministério Público do Trabalho, que repassou parte de uma milionária indenização trabalhista.
 
A cada expedição, que dura cerca de 10 dias, o barco hospital volta para sua sede administrativa, que fica na cidade de Óbidos, no Pará, para manutenções, reabastecimento, folga e troca dos profissionais.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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