Estudo avalia suplementação na área de reprodução animal

Junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, o médico veterinário Gabriel Molinari de Mattos desenvolveu estudo para avaliar o efeito da suplementação com semente de girassol sobre a morfometria e endocrinologia luteínicas de novilhas da raça nelore. A constatação foi de que não houve influência sobre os parâmetros reprodutivos avaliados, a exemplo de alguns e ao contrário de outros estudos na área. Embora não considerado significativo, houve um incremento de 5,4%.

A pesquisa esteve voltada em contribuir com informações úteis na produção de carne bovina, na condição de produto inserido na crescente demanda mundial por alimentos. O estudo empregou o protocolo hormonal para a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF); técnica que reduz o intervalo entre partos, resultando em impacto econômico, quando altos os custos das terras acabam inviabilizando a cultura extensiva. Com inseminação é possível estabelecer a melhor época do ano para o bezerro nascer e ter o melhor ganho de peso.

A nutrição é essencial dentro desse processo em que ocorre a perda de peso entre um parto e outro, ocorrendo a necessidade de buscar uma dieta com maior densidade energética, sendo que a maioria das rações comerciais oferece o farelo se soja, como alimento oleaginoso. Porém, a semente de girassol apresenta maior quantidade na composição de lipídios entre as oleaginosas. Daí os estudos nesse sentido, a exemplo do que foi desenvolvido na Fazenda Experimental da Unoeste com 30 novilhas entre dois e três anos de idade.

Os animais foram divididos em dois grupos, sendo que o tratado recebeu suplemento alimentar contendo 40% de farelo de soja e 60% de semente de girassol; enquanto o controle recebeu 53% de farelo de soja e 47% de milho durante 60 dias. Após este período, as novilhas tiveram a ovulação sincronizada através do protocolo hormonal para IATF, sendo que no dia da inseminação começaram as ultrassonografias e coleta de sangue para acompanhar o desenvolvimento do corpo lúteo e concentração de progesterona a cada 48 horas.

Ao final, a constatação foi de que o tratamento com semente de girassol não influenciou a concentração de progesterona e diâmetro do corpo lúteo. Mattos foi orientado pela Dra. Caliê Castilho e avaliado pelos doutores Marcelo George Mungai Chacur e Fabíola Cristiane de Almeida Rego Grecco, da Universidade do Norte do Paraná (Unopar), campus de Arapongas. Ocorreu a aprovação para que Mattos receba o título de mestre em Ciência Animal.