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Plasma de cachorro é usado em tratamento de ferida em coelho

Utilização do biomaterial em animais de diferentes espécies apresentou bom efeito e não teve reação adversa


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Foto: João Paulo Barbosa Plasma de cachorro é usado em tratamento de ferida em coelho
Maria Elisa se torna mestre em Ciência Animal
Foto: João Paulo Barbosa Plasma de cachorro é usado em tratamento de ferida em coelho
Banca examinadora: Cecília, Rosa Maria e Camargo
Foto: João Paulo Barbosa Plasma de cachorro é usado em tratamento de ferida em coelho
Maria Elisa e os doutores Rosa Maria, Cecília e Camargo

Com o objetivo de avaliar e comparar a cicatrização em coelhos e quantificar o colágeno de feridas experimentalmente induzidas, utilizando o Plasma Rico em Plaquetas (PRP), estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal utilizou sangue de uma espécie animal (cachorro) para aplicação em outra espécie (coelho). Os resultados encontrados foram positivos, conforme a Dra. Rosa Maria Barilli Nogueira, que orientou os estudos da fisioterapeuta Maria Elisa Marin Marques.

Na avaliação do potencial de cicatrização com a utilização do biomaterial (sangue) em feridas, foi levada em consideração, principalmente, a percentagem de colagem no tecido em estudo. “Observamos que teve bom efeito e não causou nenhuma reação adversa. O sangue animal pode ser utilizado no tratamento de uma espécie para outra, o que tem importância quando se pode coletar sangue de um animal debilitado, por estar ferido, ou qualquer outro desdobramento que impeça a coleta para a produção de biomaterial”, disse a orientadora.

A autora do estudo explicou que o PRP tem sido amplamente estudado como um biomaterial para o tratamento de feridas, sendo o produto de fonte heteróloga indicado na impossibilidade de obtenção do sangue do próprio paciente. Assim, é que o estudo teve como objetivo de avaliar e comparar a cicatrização em coelhos e quantificar o colágeno de feridas experimentalmente induzidas, denominadas controle e tratadas, com PRP heterólogo gel. A hipótese foi sobre a capacidade de promover cicatrização adequada sem reações adversas, e promover aumento do colágeno e uma cicatrização mais rápida.

Os aspectos clínicos cor, edema, hiperemia, exsudato, crosta, granulação e índice de retração das feridas foram avaliados nos dias 7, 14 e 17, após lesão. A quantificação do colágeno, através da coloração com Picrosirius e avaliação sob luz polarizada, foi realizada no 17º dia. Houve presença de crosta nos dois grupos em todos os momentos avaliados, com ausência dos demais sinais clínicos. O percentual de contratação da lesão e quantidade de colágeno não diferiu entre os grupos.

“A hipótese sugerida foi comprovada em partes, ou seja, o PRP heterólogo gel não foi capaz de aumentar a quantidade de colágeno e acelerar o processo de cicatrização tecidual. No entanto, a cicatrização foi eficiente e semelhante entre os dois grupos e não houve nenhum tipo de reação adversa local. Desta forma, apesar da escassez de estudos encontrados na literatura, o PRP heterólogo gel é uma alternativa de tratamento de feridas, na impossibilidade de uso de outras fontes de plasma”, pontuou Maria Elisa.

A dissertação produzida por Maria Elisa foi levada à defesa pública na tarde desta quarta-feira (23), com a avaliação pelos doutores Cecília Braga Laposy e José Carlos Silva Camargo Filho, convidado da Unesp em Presidente Prudente. Houve aprovação para que a autora do estudo receba o título de mestre em Ciência Animal, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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