Alimentos funcionais atenuam efeito do cigarro na reprodução
Prebióticos e afins podem minimizar malefícios causados por inalação de fumaça ao sistema reprodutor masculino

Utilizando rato como modelo experimental e a alimentação funcional como possibilidade de amenizar os efeitos maléficos da exposição ao tabagismo passivo no sistema reprodutor masculino, um estudo científico confirma essa hipótese formulada. A suplementação alimentar com prebiótico, probiótico e simbiótico reduz os efeitos crônicos ante a exposição à fumaça do cigarro em relação ao testículo e no epidídimo; portanto, na produção e armazenamento de espermatozoides.
Na tarde desta quarta-feira (28), durante a defesa pública da dissertação produzida pelo autor da pesquisa, o farmacêutico Adriano Falvo, chamou à atenção da banca examinadora a informação de que são maiores os malefícios ao fumante passivo (aquele que está perto de quem fuma) do que ao ativo. A explicação está no fato de que o filtro reduz a inalação das substâncias químicas transportadas pela fumaça. A avaliadora doutora em ciências da saúde Amouni Mohmoud Mourad sugeriu um alerta maior nesse sentido.
“As pessoas não levam a sério essa questão de fumante passivo, mas esse dado apresentado no trabalho revela um grave problema à saúde pública”, disse à pesquisadora que é profissional farmacêutica vinculada à Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Sugestão acatada pelo autor do trabalho, juntamente com o orientador doutor em ciências Hermann Bremer Neto, que tem atuado em estudos relacionados à imunidade e nutrição, dentre outros.

“Os resultados revelaram que os grupos tabagistas, comparado com os grupos controle, apresentaram maior prevalência de lesões nos testículos e epidídimo. Os alimentos funcionais (prebiótico, probiótico e simbiótico) mitigaram os efeitos nocivos da exposição crônica à fumaça do cigarro. Os resultados obtidos permitem afirmar que os benefícios da suplementação alimentar podem atenuar os malefícios do tabagismo passivo nos testículos e epidídimo de ratos na fase de crescimento”, disse o autor do estudo.
Compondo a banca examinadora juntamente com a doutora em medicina veterinária Inês Cristina Giometti, a pesquisadora do Mackenzie elogiou a produção do trabalho e a apresentação. Ambas contribuíram com observações sobre pequenas correções ou alterações, visando publicação científica de artigo por Falvo que foi aprovado para obtenção do título de Mestre em Ciência Animal, junto ao Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da Unoeste, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG).
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste