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Alimentos funcionais atenuam efeitos do tabagismo passivo

Experimento constata prevenção aos danos da mucosa do duodeno e isso pode inibir desenvolvimento de doenças


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Foto: João Paulo Barbosa Alimentos funcionais atenuam efeitos do tabagismo passivo
Thiago Tomio Takabatake, em um dos laboratórios no campus I, aprovado mestre em Ciência Animal

Visando promover a prevenção à saúde um estudo científico desenvolvido na Unoeste alia dois temas contrários e atualíssimos: o mal promovido pelo tabagismo passivo e o bem produzido pelo consumo de alimentos funcionais. Seguindo a tendência de que o bem sempre vence o mal, a pesquisa encontra evidências de que tais alimentos reduzem os efeitos tóxicos causados pela fumaça do cigarro e podem prevenir danos da mucosa do duodeno - a parte inicial do intestino delgado - inibindo o desenvolvimento de doenças.

O zootecnista e especialista em bovinocultura de corte Thiago Tomio Takabatake, que é de Presidente Venceslau, realizou o experimento no Laboratório de Biofísica, no campus I da Unoeste. Utilizou 96 ratos Wistar, separados em oito grupos de 12, especificados como controle, prebiótico, probiótico e simbiótico; cada especificação com e sem a inalação de fumaça. Num período de 180 dias ficou exposto à fumaça durante cinco dias por semana, sendo uma 1 hora por dia: 30 minutos pela manhã e outros 30 à tarde.

A orientação foi do médico veterinário e doutor em ciências Hermman Bremer Neto, autor de estudos nas áreas de agressão tecidual e celular, imunidade e nutrição em humanos e animais. O foco no tabagismo foi pelo fato de ser uma das principais causas de morte no mundo, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS).  A utilização de alimentos funcionais decorre de suas ações em prol das bactérias benéficas e combate às bactérias patogênicas que são causadoras de doenças.

Com os animais anestesiados foi feita a eutanásia e as posteriores avaliações histomorfométrica e histopatológica da porção inicial do duodeno. “Os animais expostos ao fumo passivo apresentaram menor desenvolvimento das vilosidades e criptas duodenais, aumento nos perfis inflamatórios e alterações degenerativas”, disse o autor da pesquisa ao fazer a defesa pública de sua dissertação junto ao mestrado do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, na tarde desta terça-feira (13).

Foto: João Paulo Barbosa Takabatake com os doutores Bremer Neto, Andréia e Souza Reis
Takabatake com os doutores Bremer Neto, Andréia e Souza Reis
Também foi observado que “a suplementação com os alimentos funcionais proporcionou um efeito mitigador dos efeitos tóxicos da exposição ao tabagismo passivo em todos os parâmetros analisados”, pontuou. Portanto, a utilização de alimentos funcionais na dieta de ratos expostos ao tabagismo passivo pode ser uma forma de atenuar os problemas causados pela ingestão da fumaça do cigarro. Presumivelmente, deve ocorrer o mesmo com seres humanos, mas uma afirmação nesse sentido requer outros estudos.

Porém, a constatação obtida com ratos é um indício positivo para obtenção de idênticos resultados com as pessoas que, por diferentes motivos, são submetidas ao tabagismo passivo. O trabalho foi avaliado pelos doutores Luís Souza Lima de Souza Reis e Andreia Luciane Moreira, convidada junto à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), resultando na aprovação de Takabatake para receber o título de Mestre em Ciência Animal.

Alimentos funcionais são produzidos com microrganismos benéficos ao bom funcionamento do intestino, podendo prevenir doenças, sendo os prebióticos extraídos de vegetais e os probióticos encontrados em produtos lácteos fermentados, como é o caso de iogurtes; sendo que a junção desses dois tipos alimentares origina os chamados simbióticos. Vários estudos científicos têm comprovado a eficácia desses alimentos, com a recomendação de que sua ingestão seja regular, a fim de que seus benefícios sejam alcançados.  

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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