Estudo sobre hanseníase é mostrado em congresso

O professor doutor em imunologia e pesquisador institucional da Unoeste, Luiz Euribel Prestes Carneiro, participou recentemente de um evento internacional na categoria de Imunologia Clínica. O docente esteve em Foz do Iguaçu (PR) para apresentar pesquisa elaborada por docentes do curso de Medicina da Universidade, que trata sobre transmissão da hanseníase além da via respiratória.

“O que o trabalho mostra é que possivelmente a transmissão pode ser pela mucosa oral quando as pessoas cospem. O bacilo – Mycobacterium leprae – está na saliva e fica vivo por uma semana no solo”, argumenta o pesquisador.

Representado como parte da tese de doutorado da diretora de residência médica da Dermatologia da Unoeste, professora doutora Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, o estudo The use of anti-BCG and anti-PGL-1 in imunohistochemistry characterization of M. leprae in the oral mucosa of leprosy patients foi apresentado pelo docente durante o XXXVI Congress of the Brazilian Society for Immunlogy. O texto foi elaborado em inglês, língua oficial do congresso.

A exposição oral foi realizada, já que o trabalho foi selecionado entre os melhores nacionais e internacionais inscritos na área. “Para mim foi uma experiência importante pela oportunidade em apresentar um trabalho para uma comunidade científica altamente capacitada, com presença de muitos estrangeiros”, frisa o professor, também médico residente em Infectologia do Hospital Ipiranga, de São Paulo.

De acordo com ele, a pesquisa envolve 50 moradores do oeste paulista, de cidades onde existem focos da doença e onde pacientes infectados são encontrados em praticamente toda a região. “Minha participação na tese foi auxiliar na demonstração do micro-organismo ou de seus antígenos, em biópsias da mucosa oral, através da técnica de imunohistoquímica, utilizando anticorpos (anti-BCG) capazes de reagir cruzadamente com antígenos de diferentes micobactérias e de anticorpos específicos ao bacilo causador da hanseníase (anti-PGL-1)”, explica.

Colaboradores – O trabalho recebeu colaboração dos docentes e pesquisadores Ana Maria Ferreira Roselino (USP), Luc Louis Maurice Weckx e Mílvia Enokihara (Unifesp) e Suely Nonogaki (Instituto Adolfo Lutz).