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Pesquisadora enaltece estudo sobre bactérias em "olho seco"

Uso de drogas que não são comercialmente encontradas sugere outros testes para efetivar o uso terapêutico


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisadora enaltece estudo sobre bactérias em "olho seco"
Carolina: aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisadora enaltece estudo sobre bactérias em "olho seco"
Membros da banca avaliadora: doutores Giuffrida, Silvia e Márcia
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisadora enaltece estudo sobre bactérias em "olho seco"
Carolina e a orientadora Silvia com os avaliadores Márcia e Giuffrida

A pesquisadora Márcia Marinho, da Unesp de Araçatuba, enaltece experimento científico sobre o perfil da sensibilidade microbiana de bactérias isoladas nos olhos de cães com ceratoconjutivite seca, doença conhecida popularmente como “olho seco”. No estudo foi visto  que as bactérias provocam no olho, inclusive a infecção que tem sido tratada como questão secundária e, por isso, muito pouco pesquisada. Foram encontrados casos de resistência bacteriana, evidenciando a importância da identificação. Porém, o que mais chamou a intenção da pesquisadora avaliadora foi o uso de drogas não encontradas comercialmente e a detecção de bactérias resistentes.

A médica veterinária Carolina Silva Guimarães Pereira, autora do experimento, pesquisou a eficácia dos antibióticos cloranfenicol, tobramicina, ofloxacina e moxifloxacina, levando em consideração a sensibilidade variável em relação aos antibióticos testados, de acordo com a espécie considerada. Obteve-se a remissão da infecção bacteriana após 15 dias, alcançando 100% dos animais tratados topicamente com os antibióticos selecionados pela sensibilidade. Foram detectadas três linhagens da bactéria Staphylococcus pseudintermedius multirresistentes, cada uma com um tipo de sensibilidade.

Houve um animal sensível à cefazolina; outro à vancomicina; e um terceiro à poliximina B e amicacina.  Carolina constatou que a emergência de linhagens quinolona-resistentes de Staphylococcus pseudintermedius, enquanto agentes de prevalência mais alta, reforça a necessidade de identificação da bactéria envolvida e perfil de sensibilidade microbiana, podendo a infecção secundária ser um fator agravante e perpetuante da ceratoconjutivite seca. O experimento envolveu 65 cães diagnosticados com e doença e 30 cães hígidos (saudáveis) para o grupo controle.

Para o experimento foram coletadas mostras conjuntivais e realizados exames microbiológicos: cultura em aerobiose, antibiograma e Concentração Inibitória Mínima (CIM) para os antibióticos cloranfenicol, tobramicina, ofloxacina e moxifloxacina. Sobre a sensibilidade dos antibióticos testados, a polimixina B, a tobramicina e o cloranfenicol obtiveram maior percentual em relação à tetraciclina. Os resultados do CIM, com a seleção das 15 cepas mais residentes do Staphylococcus pseudintermedius, houve maior sensibilidade à tobramicina quanto a ofloxacina e moxifloxacina. Sobre as 15 cepas mais residentes dos Gram-negativos, ocorreu excelente sensibilidade da ofloxacina, moxifloxacina, tobramicina e cloranfenicol.

O estudo orientado pela Dra. Silvia Maria Caldeira Franco de Andrade, que em sua linha de pesquisa tem promovido vários experimentos oftalmológicos, teve como coorientador o Dr. Rogério Giuffrida, também avaliador juntamente com a Dra. Márcia Marinho. Durante as arguições, na defesa pública da dissertação produzida por Carolina, os três pesquisadores evidenciaram a importância do estudo. Giuffrida também chamou a atenção para o enfoque em relação aos resultados de medicação que não são usais para os olhos.

A orientadora disse ser muito difícil o trabalho que exige atendimento, como ocorreu nesse caso em que alguns proprietários de cães desistiram, mas os que mantiveram seus animais inseridos no experimento, o fizeram por sentirem confiança no trabalho científico. Ao final da banca, na tarde de sexta-feira (6), Carolina, ao ser aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, agradeceu, especialmente, a orientadora e aos demais envolvidos no processo.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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