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Unoeste e Embrapa desenvolvem soja tolerante à seca

Universidade integra rede de pesquisa da Embrapa Soja para avaliação de cultivares transgênicas com maior resistência ao déficit hídrico


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Foto: Gabriela Oliveira Unoeste e Embrapa desenvolvem soja tolerante à seca
Área da Fazenda Experimental da Unoeste que recebe o projeto da Embrapa Soja

“Atualmente, o Brasil cultiva entre 33 e 35 milhões de hectares de soja em diversas regiões, sendo que um dos principais desafios é avançar em produtividade e, também, conferir mais estabilidade ao produtor que não pode correr o risco de perder a lavoura com a estiagem”. A afirmação é do pesquisador Dr. José Salvador Foloni, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Soja de Londrina (PR) e é uma das justificativas para o projeto pioneiro da instituição que busca o desenvolvimento de cultivares de soja transgênicas tolerantes à seca. Em parceria com essa entidade, a Unoeste, por meio do curso de Agronomia, é a primeira instituição do Brasil a receber esses cultivares para a avaliação em condições de expressivo déficit hídrico. O experimento está em processo de instalação em uma área da Fazenda Experimental da universidade.

De acordo com Foloni, existe no mercado brasileiro várias cultivares transgênicas que são resistentes aos herbicidas ou pragas. “Desenvolvemos cultivares que foram modificadas geneticamente a fim de aumentar a tolerância da soja ao déficit hídrico. Já passamos pela primeira etapa do projeto que foi em laboratório, casas de vegetação e campo nas unidades de pesquisa da Embrapa. Nessa segunda fase, buscamos parcerias para a validação desses genótipos transgênicos em ambientes onde a seca é acentuada”.

O pesquisador lembra que, a região onde a Unoeste está inserida possui índices de perdas agronômicas consideráveis em razão da seca, em que as culturas de grãos, como a soja, sempre tiveram muita dificuldade de consolidação no oeste paulista. “Existe uma necessidade de tecnologias, como o sistema plantio direto, a integração lavoura-pecuária e a adoção de cultivares mais adaptadas. Nesse sentido, a parceria com a universidade possibilitará a avaliação de cultivares transgênicas tolerantes à seca com maior adaptação para a realidade local”. Foloni explica ainda que os testes com essas cultivares ocorrerão na Fazenda Experimental, a partir da safra 2017/2018. “Posteriormente, pretendemos buscar os registros dessas variedades geneticamente modificadas perante o Ministério da Agricultura”.
Foto: Gabriela Oliveira Técnicos e pesquisador da Embrapa Soja acompanhados pelos acadêmicos e professores da universidade
Técnicos e pesquisador da Embrapa Soja acompanhados pelos acadêmicos e professores da universidade

Segundo ele, a Embrapa possui uma longa tradição de convivência com os cursos de graduação e pós em Agronomia da Unoeste, que lhe permite dizer que a instituição é de excelência e muito capacitada em termos de estrutura e de recursos humanos. “É primeira vez que a Embrapa estuda as cultivares transgênicas fora de suas unidades. A Unoeste é pioneira no país ao integrar essa rede de avaliação que será expandida para outras regiões onde a seca também é acentuada, como o oeste da Bahia e o Vale do Rio Araguaia entre os Estados do Mato Grosso e Goiás”.

Os responsáveis pelo projeto na universidade são os doutores Tiago Aranda Catuchi e Alexandrius de Moraes Barbosa (docentes do curso de Agronomia) e Carlos Sérgio Tiritan (coordenador da graduação e pós nessa mesma área). “É muito importante essa parceria com a Embrapa, que é referência nacional em pesquisa. Para os graduandos e pós-graduandos, além dos integrantes do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro), as vivências proporcionadas a campo são diferenciadas”, diz Catuchi. Para Jean Carlos Cataneo essa iniciativa é uma oportunidade ímpar de aprendizado. Natural de Planalto (PR), o aluno do 6º termo da graduação em Agronomia declara que “esse contato permitirá aprofundar os conhecimentos técnicos e práticos que são fundamentais à futura atuação”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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