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Extensão rural aproxima universidade de produtores

Pesquisas e estudos voltados ao homem do campo são difundidas por meio de práticas como o Dia de Campo desta sexta (17)


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Foto: Gabriela Oliveira Extensão rural aproxima universidade de produtores
Fazenda Experimental da Unoeste recebeu o 4º Dia de Campo Sistemas de Produção Agropecuária

O campo é um verdadeiro celeiro que abriga importantes pesquisas sobre o desenvolvimento sustentável dos sistemas de produção agropecuária. Nesse sentido, os cursos de Ciências Agrárias da Unoeste desenvolvem uma rotina intensa de estudos e experimentos que podem beneficiar agricultores e pecuaristas. Para que o resultado desse trabalho ultrapasse os limites acadêmicos, a universidade organiza diferentes ações de extensão rural como o 4º Dia de Campo “Sistemas de Produção Agropecuária”, promovido nesta sexta-feira (17), na Fazenda Experimental da Unoeste, em Nova Pátria, distrito de Presidente Bernardes (SP).

José Francisco da Silva possui uma pequena propriedade em Álvares Machado (SP), onde tem uma criação de gado de corte que adota o sistema convencional. Ciente de que a reforma de pastagem pode ajudar a melhorar a sua renda, buscou conhecer de perto a maneira correta de recuperar essas áreas. Foi justamente na estação “Reforma de pastagem: consorciação de gramíneas” que Silva esclareceu dúvidas e adquiriu conhecimento técnico que para evoluir. “O principal benefício dessa prática é a sua viabilidade econômica. É importante dizer que essa prática não é engessada, podendo ser solteira ou consorciada entre gramíneas e outras culturas como o milho, sorgo, milheto, batata-doce e até mesmo amendoim”, explica o professor Dr. Paulo Claudeir Gomes da Silva, responsável por tal estação.

Para o agricultor familiar, Jeferson do Nascimento, de Presidente Prudente (SP), as informações sobre gado de corte na estação “Sistema de produção para bovinos de corte em pastejo” contribuem com a sua atividade. Além disso, ele aproveitou o momento para esclarecer dúvidas que surgem no cotidiano rural. O responsável pelo atividade, Dr. Frank Akiyoshi Kuwahara, trouxe dados relacionados ao ganho de peso e produção por área em três sistemas distintos: convencional, com adubação de pastagem e com adubação de pastagem e suplementação na dieta do animal. “Até o momento, detectamos que o ganho foi melhor com a suplementação, entretanto, esse experimento se estenderá por mais um ano, possibilitando assim, a divulgação de dados mais consistentes e que, sem dúvida, poderão ser empregados pelo produtor”, diz o docente que é zootecnista.

O produtor José Maria Azenha de Andrade mora em Presidente Venceslau (SP) e tem propriedade na cidade de Rio Brilhante (MS). Basicamente, suas atividades estão ligadas à soja e pecuária e, por isso, resolveu participar do dia de campo. Ele já faz a integração de culturas e busca melhores práticas de manejo para ampliar a rentabilidade. Outro tema relevante foi abordado na estação “Adubação nitrogenada em áreas novas de soja”, ministrada por alunos da graduação e pós-graduação em Agronomia que trouxe informações técnicas. “É possível observar o aumento crescente da área plantada dessa cultura que vem substituir lavouras de pastagem degradadas, situação comum em nossa região”, segundo o professor responsável, Dr. Fabio Echer. Nesse contexto, ele explica que a baixa produtividade de soja é motivada principalmente por conta da falta de nitrogênio que é o principal nutriente da planta. “Para melhorar a produtividade nessas áreas de primeiro ano, associamos ao manejo a adubação nitrogenada, o que nos levou a identificar que essa complementação pode melhorar o rendimento da soja”.

Teve gente que veio em busca de novas tecnologias, como o Luiz Eduardo Facholi, de Santo Anastácio. Produtor de soja, de milho e forrageiras ele declara que está na hora do produtor “sair de dentro da caixa”. “Esse dia de campo é um momento importante para ampliar a visão do mercado e conhecer de perto o resultado de estudos que pertinentes às nossas atividades”. Em harmonia com as expectativas de Facholi, a estação “Sistema de produção agropecuária para o oeste paulista e manejo de potássio na cultura do algodão” trouxe um panorama geral e interessante de diferentes tipos de culturas. “Trouxemos informações sobre um experimento que consiste na rotação de culturas envolvendo soja, milho, algodão e sistemas de cobertura capazes de produzir palha para proteção do solo nos meses de excesso de temperatura e falta de água”, diz Echer que também é responsável pela estação.

E por falar em algodão, Echer lembra que essa cultura possui um importante histórico no oeste paulista. “Apesar da atividade ter migrado para o centro-oeste brasileiro, existem alguns produtores que ainda a cultivam. Vale destacar que em termo de adaptação, o algodão é muito mais tolerante que outras culturas, seja em relação ao solo arenoso, às altas temperaturas, ou estresse hídrico”. Com base nessas informações, o docente revela o desenvolvimento de um experimento que estuda a viabilidade da antecipação da adubação com potássio na cultura antecessora ao algodão em diferentes cultivares. “Pretendemos estudar algumas variedades de algodão, o papel da recuperação do potássio nos respectivos cultivares e também estudar os prós e contras desse tipo de manejo. Creio que os dados serão pertinentes e fundamentais para os produtores de algodão da nossa região”, completa.

Extensão rural – Cerca de 240 participantes estiveram na 4ª edição do Dia de Campo “Sistemas de Produção Agropecuária”, entre acadêmicos de ciências agrárias da Unoeste, produtores da região e alunos da Etec “Professor Milton Gazzetti” de Presidente Venceslau (SP). A iniciativa da universidade foi organizada pela Agripec Jr. e pelos grupos de pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro), em Manejo Sustentável de Solos Arenosos (Gmasa) e de Estudos do Algodão (GEA).

Para o Dr. Carlos Sérgio Tiritan, coordenador do curso de Agronomia da Unoeste, o trabalho de extensão rural desenvolvido pela universidade é uma via de mão dupla. “Todas as iniciativas desse gênero proporcionam uma ligação estreita entre a comunidade acadêmica e os produtores rurais. Se por um lado, existe a oportunidade de conhecer de perto as necessidades e anseios do homem do campo, por outro, é a forma de ter acesso às tecnologias que são estudadas e desenvolvidas pela universidade”.

Koshi Okado é professor da Etec e esteve no evento acompanhando os alunos do técnico em agropecuária integrado ao ensino médio. Para ele, esse dia de campo agregou conhecimento teórico e possibilitou uma integração dos estudantes com produtores e o ambiente acadêmico. O estudante César Ravely Moura da Silva, 16, gostou dos experimentos que conheceu. “Essas práticas contribuem com a inovação da nossa região e supre as necessidades da agricultura e pecuária”. Avalia ainda, que o contato com a universidade foi muito interessante, já que pretende cursar Agronomia. “Complementei meu embasamento adquirido na escola técnica e, também, estreitei contatos com os universitários, pesquisadores e produtores”, conclui.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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