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Estudo avalia exercício físico e poluição no Parque do Povo

Emissão de dióxido de carbono tende a ser cada vez mais impactante devido ao aumento da frota de veículos


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo avalia exercício físico e poluição no Parque do Povo
Juliana Felipe: aprovada mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

Considerando que o Parque do Povo, a maior área de lazer de Presidente Prudente, está entre duas vias de trânsito rápido e que é utilizado por expressivo número de praticantes de atividades físicas; levando em conta ainda que a emissão de dióxido de carbono por veículos automotores interfere na qualidade do ar e podem causar problemas respiratórios, a educadora física Juliana Felipe, orientada pela Dra. Alba Regina Azevedo Arana, desenvolveu um estudo para avaliar a interferência da poluição veicular em indivíduos praticantes de exercícios físicos regulares em espaço urbano a céu aberto.

A hipótese adotada foi que a prática de exercício físico regular em parques urbanos pode interferir na qualidade respiratória do praticante, mesmo em ambientes abertos. Também foi considerado o fato de que os praticantes, em tais condições, podem responder melhor à poluição em virtude de suas capacidades fisiológicas melhor adaptadas. Na pesquisa de campo foram envolvidos 36 participantes, escolhidos diante dos critérios: idade (18 a 40 anos), prática física pelo menos três vezes por semana, no mínimo 50 minutos, no Parque do Povo e não apresentar histórico de doenças pulmonares crônicas ou episódios recentes de infecções nas vias aéreas superiores.

O estudo mensurou o monóxido de carbono no ar exalado, utilizando um aparelho chamado COex, e aplicou questionários sobre sintomas respiratórios e nível de atividade física, em dois períodos: fevereiro e junho de 2016, para estabelecer comparações de dados. No segundo momento, houve aumento de queixas respiratórias, a exemplo de tosse por 82% dos participantes e alergias por 70%; possivelmente como causa da associação da poluição atmosférica com a baixa umidade relativa do ar. Em junho foi verificado menor índice de monóxido de carbono no ar exalado, indicando melhora na resposta fisiológica dos praticantes classificados, dentro do grupo, como muito ativos.

O fato de o parque possuir área verde em toda sua extensão (3 km linear) contribui para amenizar os impactos poluentes, de tal forma que é um local propício à prática de atividades físicas. Porém, pelos dados apresentados no estudo, pode ser que futuramente a poluição atmosférica, causada pelo monóxido de carbono, venha a comprometer o local, com maior impacto da poluição devido ao aumento de veículos automotores em circulação, numa cidade cuja frota é de 185.839, sendo que o crescimento de 2014 para cá foi 7,4%, conforme dados da Secretaria Municipal de Assuntos Viários (Semav).

A pesquisa de Juliana foi desenvolvida junto ao Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, envolvendo professores e estudantes dos cursos de Educação Física e Fisioterapia, da Unoeste, inseridos em iniciação científica; aos quais manifestou agradecimentos ao fim da defesa pública de sua dissertação, na manhã desta quinta-feira (20). Também agradeceu à Unoeste, ao Mestrado, ao Núcleo de Estudos Ambientais e Geoprocessamento (Neageo) e à Unesp pela cessão do equipamento COex.

A banca examinadora foi formada pelas doutoras Dionei Ramos, na condição de membro externo pela Unesp em Prudente, Patrícia Alexandra Antunes e Alba Regina Azevedo Arana (orientadora), sendo que o estudo contou com a co-orientação do Dr. Marcos Vinicius Pimenta Rodrigues. Juliana foi aprovada para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Nutrição hospitalar – Controle higiênico satisfatório é uma necessidade para que a alimentação possa proporcionar, manter ou recuperar a saúde. Fornecimento de alimentos seguros é essencial em serviço de nutrição hospitalar, pois se estiverem contaminados são uma das causas de infecção hospitalar. Dentre as doenças transmitidas por alimentos, as de origem bacteriana são apontadas como o problema de saúde pública mais abrangente no mundo, com destaque para a bactéria Staphylococcus aureus, encontrada, principalmente, nas fossas nasais, boca e pele da população humana.

Diante de tais fatos, a nutricionista Marilda Moreira da Silva desenvolveu pesquisa para investigar a presença da bactéria em manipuladores de alimentos, equipamentos, bancadas e utensílios do serviço de nutrição de um hospital do interior paulista, bem como perfil de resistência dos isolados a antimicrobianos. Os resultados demonstraram que os utensílios, equipamentos e manipuladores de alimentos apresentaram altas taxas de colonização da bactéria, principalmente na cozinha.

A autora do estudo disse ainda que foi observada alta frequência de resistência a antimicrobianos, principalmente a eritromicina e a presença de micro-organismos multirresistentes. “Contatou-se também grande número de amostras positivas para a produção de biofilme (várias camadas de bactérias), com totalidade para as amostras isoladas de manipuladores”, afirmou e contou que ações educativas e medidas de conscientização foram propostas à instituição, visando a segurança do paciente.

A dissertação produzida pela nutricionista foi levada à defesa pública na tarde de hoje, com a banca examinadora composta pelo seu orientador Dr. Marcos Vinicius Pimenta Rodrigues e suas colegas Ana Paula Alves Favareto e Flávia de Souza Gerhke, da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André. Marilda foi aprovada para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Atuou como sua co-orientadora Lizziane Kretli Winkelströter Eller.

Foto: João Paulo Barbosa Heliard Caetano: aprovado para receber o título de mestre em Ciência Animal
Heliard Caetano: aprovado para receber o título de mestre em Ciência Animal
Alimentos funcionais
– O educador físico e fisioterapeuta especialista em fisiologia, metabolismo do exercício e treinamento, Heliard Rodrigues dos Santos Caetano, promoveu estudo científico sobre tabagismo, nutrição e saúde pública durante o mestrado do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste.

Sua pesquisa esteve voltada ao tabagismo passivo, considerando que não só o ato de fumar, mas a inalação da fumaça pelo não fumante também gera uma série de problemas de saúde, incluindo inflamações. É um produto que contém mais de 4,5 mil substâncias, estranhas e prejudiciais ao organismo, entre as quais o monóxido de carbono que, no sangue, se afinando à hemoglobina, dificulta que o oxigênio chegue aos tecidos.

No experimento de Caetano, foram utilizados 64 ratos, divididos em dois grupos de 32 e estes subdivididos em quatro subgrupos de 8, sendo 1 controle, o que recebeu apenas a dieta padrão. Os demais tiveram a dieta suplementada, distintamente, com probiótico, prebiótico e simbiótico, com a finalidade de analisar a capacidade de tais alimentos funcionais para a biorremediação a processos inflamatórios. Um grupo recebeu exposição à fumaça do cigarro e outro não.

Feita a análise histológica de amostras do músculo sóleo (músculo da parte posterior da perna) e a subsequente coloração com Hematoxilina Eosina (HE), as imagens foram submetidas à análise da dimensão fractal, seguindo-se o teste de Shapiro Wilk, análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey. “Os resultados revelaram um aumento significativo da dimensão fractal da secção corada em HE do músculo sóleo dos ratos expostos pela fumaça do cigarro”, disse o autor do experimento.

Contou ainda que os grupos suplementados apresentaram uma diminuição significativa da média da dimensão fractal quando comparado ao grupo controle tabagista e não diferiram dos não tabagistas. Foram encontradas evidências convincentes de que a exposição crônica ao tabagismo passivo em ratos induz alterações inflamatórias. Também ficou evidente que os alimentos funcionais biorremediam a inflamação decorrente da inalação da fumaça do cigarro.

“A dimensão fractal revelou que pode ser uma ferramenta capaz de quantificar alterações inflamatórias no musculo esquelético”, ou seja, uma parte pode representar o todo, por manter as mesmas características físicas. Caetano foi aprovado para receber o título de mestre em Ciência Animal, orientado pelo Dr. Hermam Bremer Neto e avaliado pelos doutores Marcelo George Mungai Chacur e Osimar de Carvalho Sanches, a Universidade de Santo Amaro (Unisa).

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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