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Andar a pé permite identificar melhor os problemas urbanos

Modelo mundial de caminhada Jane´s Walk é adotado em disciplina da especialização em Engenharia Urbana


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Foto: João Paulo Barbosa Andar a pé permite identificar melhor os problemas urbanos
Alunos da pós-graduação caminham por uma das calçadas do Vale do Sol

A pós-graduação em Engenharia Urbana adotou modelo mundial de caminhada, conduzida por um voluntário, para identificar o cotidiano de determinada área, com olhar voltado aos problemas como os da falta de planejamento urbano, enfrentados por moradores e frequentadores habituais ou eventuais. A referência é o movimento livre Jane´s Walk, criado pela jornalista, escritora e ativista política do Canadá, Jane Butzener Jacobs, nascida nos Estados Unidos. A área escolhida para a primeira experiência foi o entorno do campus II da Unoeste, no Jardim Vale do Sol.

A iniciativa surgida na década de 1950 continua sendo praticada em vários países, geralmente em maio, por ser o mês de nascimento de Jane que deixou como sua obra mais conhecida o livro Morte e Vida de Grandes Cidades, cujo título original é The Death and Life of Great American Cities (1961), no qual identificou no cotidiano de grandes cidades norte-americanas as razões para questões como qualidade de vida, segurança, violência, sujeira e descasos do poder público.

Os Jane´s Walks surgiram em 2007 e chegaram a movimentar 40 mil pessoas em 2014, conduzidos por voluntários de 134 cidades, em seis continentes. No site oficial, o evento é anunciado para 2018 como festival global, de 4 a 6 de maio. A realização deste ano na especialização ofertada pela universidade foi iniciativa do professor Rafael Medeiros Hespanhol, na disciplina de Logística de Transportes Urbanos, o qual atuou como voluntário para conduzir um grupo de nove alunos.

Foto: João Paulo Barbosa Professor Hespanhol ao oferecer orientações antes da caminhada
Professor Hespanhol ao oferecer orientações antes da caminhada
Conforme Hespanhol, a experiência vivida na manhã de sábado (27) foi muito significativa. Ele disse que, para quem é acostumado se locomover de carro ou moto, andar a pé desperta várias sensações e um olhar capaz de detectar detalhes que passariam desapercebidos se tivesse motorizado.  Para o engenheiro Victor Murilo Mendes, o clima quente de Presidente Prudente e a topografia irregular inibem o caminhar, por isso anda pouco a pé.

 “Sempre andei de veículo (carro ou moto) e nessa experiência a pé pude ver a péssima qualidade do pavimento. Não pensava que era tão ruim assim”, disse na condição de aluno da pós que esteve na caminhada. A péssima condição do asfalto, no seu ver, fica evidenciada quando se consegue fazer comparação e o parâmetro que escolheu foi o da capital paranaense Curitiba.

Os arquitetos Márcio José Santos Silva e Rafael Paschoal transportaram os problemas encontrados em parte do bairro Vale do Sol para a cidade de Tupã, onde moram. Ruas e calçadas com irregularidades são obstáculos aos pedestres, capazes de impedir coisas simples, como o de uma mulher usar sapatos de salto alto. Calçadas servindo de depósito de material de construção, por parte dos próprios moradores, e de tubos de concreto da prefeitura, “sendo que ambos [morador e poder público] deveriam zelar por isso”, disse Paschoal.

Outra crítica foi sobre o plantio de árvore no passeio público, feito no calçamento com cimento, mesmo havendo canteiro de grama ao lado. Entre outros problemas encontrados esteve a pouca sinalização de trânsito, conforme observou a arquiteta Gabriela Assef Fernandes. No entendimento de Hespanhol, foi uma bela experiência, daquelas que podem ser praticada por iniciativa própria pelas pessoas de diferentes profissões, mas especialmente por profissionais inseridos em problemáticas urbanas.

Cada aluno da pós preencheu uma planilha com vários questionamentos, durante o roteiro de ida ao bairro e retorno ao campus universitário. A caminhada durou pouco mais de 1 hora, em um trecho e tempo suficientes para detectar vários problemas.  Houve consenso dos participantes, sobre o fato de que andar a pé permite identificar melhor os problemas urbanos. Hespanhol promoveu a atividade seguindo o manual de como preparar e organizar o evento, disponível no site do movimento, juntamente com outras informações.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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