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Iniciativa da Unoeste integra Plano Mais Leite, Mais Renda

Cursos de agrárias estão inseridos em ação do Governo Estadual através do projeto piloto Pequena Propriedade Produtiva Sustentável 


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Foto: Cedida Iniciativa da Unoeste integra Plano Mais Leite, Mais Renda
Resultados positivos: pasto verde e comida para o gado em plena seca deixam os assentados de Mirante do Paranapanema otimistas

Com 35 assentamentos, Mirante do Paranapanema (SP) é o município que concentra o maior número de assentados do Brasil. A renda desses agricultores familiares é gerada basicamente pela bovinocultura de leite e cultivo de hortas (olericultura) e de frutas (fruticultura). Para aumentar o lucro desses produtores, a Unoeste, por meio dos cursos de Ciências Agrárias promove nesta cidade, o projeto piloto Pequena Propriedade Produtiva Sustentável (PPPS), cadastrado na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) da instituição. Com a adesão inicial de 30 famílias, as boas práticas dessa iniciativa estão inseridas no Plano de Desenvolvimento da Bovinocultura Leiteira Paulista – Mais Leite, Mais Renda do Governo do Estado de São Paulo no Pontal do Paranapanema.
 
Para otimizar a renda dos produtores foi formada uma comissão gestora que é articulada pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e a universidade. A logística do projeto fica por conta dos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Unoeste. Já o apoio operacional parte das prefeituras que firmam acordo de cooperação técnica e são fundamentais para a concretização do PPPS. Já as demais entidades, oferecem um suporte que articulados simultaneamente, permitem o sucesso deste trabalho.
 
Neimar Rotta Nagano é um dos docentes envolvidos no projeto piloto que está sendo desenvolvido em Mirante do Paranapanema. Ele descreve que o trabalho é dividido em três frentes: “a primeira é voltada para a produção de alimento e está sendo realizada nessas 30 propriedades que aderiram inicialmente a ação. A segunda refere-se à Medicina Veterinária que atuará na qualidade sanitária do animal e da ordenha. Já a Zootecnia está responsável pelo manejo alimentar e reprodutivo dos animais”, diz.
 
Segundo o professor, a proposta é que o PPPS seja implantado nos 33 municípios pertencentes às regionais da Cati de Presidente Prudente e Presidente Venceslau. “Estamos nos encontrando com as lideranças municipais e produtores para apresentar o projeto que já conta com resultados positivos em Mirante do Paranapanema, o primeiro município a receber a atividade que está dentro do Mais Leite, Mais Renda”. Sobre as vantagens do PPPS, ele declara que o produtor rural é tratado de forma personalizada. “Os acadêmicos são agentes transformadores na agricultura familiar. Eles visitam as propriedades e conhecem a realidade desses locais, traçando estratégias para alavancar a produção leiteira e oferecer também, alternativas economicamente viáveis e rentáveis”, declara Nagano. Mais do que aumentar a renda desses assentados, esse projeto pode manter as famílias no campo e tornar os produtores cada vez mais sustentáveis. “E os universitários têm uma vivência capaz de prepará-los para a futura atuação”.

Foto: Gabriela Oliveira Representantes da Unoeste acompanhados dos produtores, vereadores e prefeito de Mirante do Paranapanema (SP)
Representantes da Unoeste acompanhados dos produtores, vereadores e prefeito de Mirante do Paranapanema (SP)
 
Mirante do Paranapanema – Os primeiros resultados foram apresentados ao prefeito e vereadores do município na segunda-feira (7), junto com alunos e professores das graduações de agrárias. Além disso, compareceram agricultores familiares que recebem o PPPS em suas propriedades. É o caso dos assentados José Aparecido da Silva do sítio São Francisco e de José Paulo de Araújo do sítio Santo Luzia. A produção de leite deles duplicou, passando de 30 para 65 litros por dia. “A gente não tinha o conhecimento que os alunos da Unoeste trouxeram. Com as orientações, consegui reformar a minha pastagem e fazer silagem com o sorgo consorciado nessa área, oferecendo alimento para o meu gado, principalmente nesta época de seca”, diz Silva.
 
Quem também compartilha dos benefícios gerados pelo projeto piloto é Araújo. Segundo ele, a assistência facilitou o seu dia a dia. “Eu tinha muito gado e pouco alimento. Depois das orientações, ajustei o manejo que me gerou uma produção maior de leite. Na parte de frutas e legumes, aprendi opções orgânicas de controlar as pragas e, também, adotei o sistema de irrigação por gotejamento, aspectos que estão me gerando economia e mais lucro”, diz.
 
Para o prefeito de Mirante do Paranapanema, Atila Ramiro Menezes Dourado, a parceria é de grande importância para o desenvolvimento da agricultura familiar, principalmente porque a cidade é basicamente agrícola. “Nesses 35 assentamentos temos em torno de 7 mil pessoas e, acredito, que essa união de forças vai ajudá-los a viver de maneira sustentável, evoluindo com a renda das suas terras”.
 
Comitê gestor do Mais Leite, Mais Renda – Nesta força tarefa em prol do homem do campo, o foco é aumentar a renda e a qualidade de vida através da produção de leite e outras alternativas como a olericultura e fruticultura. Maria Regina Vieira da Rocha, assistente agropecuária do Escritório de Desenvolvimento rural (EDR) da Cati de Presidente Venceslau, destaca que o PPPS é importantíssimo para a evolução da pecuária leiteira no pontal. “A união da universidade com a extensão rural tem tudo para dar certo, pois a instituição de ensino traz uma ação diferente que abrange outras vertentes, já que não foca somente na produção de leite, mas sim, envolve as demais atividades da propriedade”.
 
Para Claudemir Peres, coordenador de assistência técnica e extensão rural do Itesp no Pontal do Paranapanema, o projeto é interessante, e pode ser implantado gradativamente de acordo com os recursos que o produtor possui. “O Pontal do Paranapanema possui 98 assentamentos com mais de 6 mil famílias. O Itesp tem esse papel de ser um articulador com os entes públicos e privados. Sendo assim, vamos colaborar com a propagação para que chegue a um número cada vez maior de propriedades”.
 
Segundo Viviane Fernandes Costa Colette Bordão, supervisora administrativa do Senar, o PPPS tem uma linha de trabalho que possibilita um contato diferenciado entre o aluno e o produtor rural. “A inclusão da universidade nesse comitê gestor é muito bem-vinda, pois a Unoeste tem muito a somar. Nesse sentido, o Senar vai oferecer apoio seja na capacitação com ênfase na produção de leite e, também, em outras áreas que se tornem necessárias”.
 
Rodolfo Fachiano, gestor de projetos de agronegócios do Sebrae de Presidente Prudente, avalia que a Unoeste contribui na implementação das ações do programa para que os produtores rurais tenham resultados efetivos. “O PPPS uma ferramenta para viabilizar o incremento tecnológico das propriedades produtoras de leite. Visto que, o principal desafio da pecuária de leite regional é a adoção de boas práticas de gestão, amparadas por boas práticas de produção e estratégias de mercado bem definidas”, encerra.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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