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100 anos de Prudente: Unoeste e a evolução no ensino

Especialistas explicam quais foram as principais mudanças de comportamento e no processo ensino-aprendizagem nesses 45 anos de Unoeste 


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Foto: Gustavo Justino 100 anos de Prudente: Unoeste e a evolução no ensino
Novas metodologias que se utilizam de tecnologias são importantes para o modelo atual de ensino, de acordo com especialistas

Em 45 anos muita coisa mudou na vida dos prudentinos, no comportamento da população, na economia e até mesmo no ensino superior com a evolução da tecnologia e com as novas tendências em metodologia. Prestes a completar seu 45º aniversário, a Unoeste é reflexo de toda essa mudança. De 1972, quando a universidade inaugurou suas primeiras graduações, até hoje, em 2017, é possível fazer esse comparativo levando em conta as histórias da instituição e da cidade em conjunto.
 
De acordo com o professor da Unoeste e consultor em Educação Escolar e Filosofia da Educação, Wagner Aparecido Caetano, a década de 1970 foi um período propício para o aparecimento de instituições educativas. As leis sobre educação começaram a impor ao país a necessidade de qualificação e formação, isso para atender o que se esperava: o milagre econômico. “Nesse contexto, o ensino superior chega não só para a profissionalização de sujeitos sociais, como também para elaboração de uma nova mentalidade no extremo oeste do Estado. Dividindo espaço com outras instituições educativas, a Unoeste se destaca, devido à estrutura física, o trabalho realizado, os investimentos, entre outras características de uma universidade”, explica.
 
Wagner conta, ainda, que essa “mudança de mentalidades” de 45 anos para cá propiciou a Presidente Prudente não somente benefícios no sentido de formação universitária em diversas áreas para a população, mas também uma significativa melhora na economia do município, que sentiu a evolução de maneira direta ao longo dessas décadas.
 
“O que muda em relação a 1972 e 2017 são os tipos de profissionalizações. A maioria delas construída mediante a consolidação do mundo urbano/industrial. São profissões que relacionam os saberes do campo engajados ao universo das cidades. Em 45 anos muitos se formaram e já formaram filhos. A cidade está aí para contar sua história e em muitas famílias de cidadãos prudentinos, acredito que encontraremos formandos, formados e formadores da Unoeste. Penso que sua durabilidade e conquistas perpassam pela missão institucional e a qualidade da formação ofertada, pois na contemporaneidade o que é bom faz história e o que não é bom desaparece neste mundo líquido”, salienta o professor.
 
Ainda de acordo com ele, a evolução do ensino dentro das universidades, com novas metodologias e se utilizando de tecnologias são extremamente importantes para o público acadêmico atual. “O dinamismo é um valor que deve ser respeitado e valorizado no mundo contemporâneo. É exatamente aqui, penso, que a Unoeste faz a diferença. Primeiro, porque uma de suas funções é elevar o saber do dia a dia (o senso comum) ao status científico. Para isso, o de sempre, a mesmice e o passado aparecem oferecendo ferramentas para entender o presente, o novo. Qualquer disciplina que se fundamenta na sua história, em seus pensadores clássicos e que proponha diálogos e leituras com a contemporaneidade vai fazer muito bem esse papel. Não há como evitar a presença de mecanismo da atualidade que só ampliam a possibilidade de construção do saber. Raramente vamos utilizar as antigas enciclopédias para pesquisa, o mecanismo é outro e já faz algum tempo. Vídeos aulas, cursos a distância, etc. são mais e mais formas de se produzir e atualizar conhecimentos”, acredita.
 
Exatamente nesse sentido, a coordenadora do curso de Pedagogia EAD, do Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Unoeste e professora do Mestrado em Educação, Dra. Danielle Santos, explica qual a função e a importância das metodologias ativas dentro da universidade. “As teorias de aprendizagem indicam há muito tempo que aprender é apropriar-se das coisas a partir da ação, ou seja, da interação do aprendiz com os objetos, conceitos e com seus pares. Por isso, uma metodologia ativa tem sempre como pressuposto a ação do aprendiz para o desenvolvimento de algo, para a resolução de problemas ou elaboração de projetos. A aula invertida não é em si uma metodologia ativa, mas um elemento disparador para todas as metodologias ativas. Pressupõe que o estudo seja feito em casa e que a sala de aula seja um espaço de interação e resolução de problemas, com apoio do professor, que é especialista nos assuntos e pode criar diferentes dinâmicas para essa resolução, como propor desafios, competições e outras estratégias que envolvem a chamada 'geração touch'”, fala.
 
A professora conta ainda que a nova geração que está chegando à universidade, nascida no século XXI e que se relaciona com o mundo em uma lógica hipertextual, ou seja, procura links para os assuntos e faz mais de uma tarefa ao mesmo tempo, pode encontrar na sala de aula um espaço para aprimorar essa lógica, contando com o apoio de alguém, que é o professor, ou mesmo um grupo de professores, para filtrar as informações presentes na rede e transformar tudo isso em conhecimento. “A Unoeste tem incentivado significativamente o desenvolvimento de metodologias ativas. Os professores da instituição são incentivados a desenvolver práticas com os seus estudantes, ou seja, aprendem a aplicabilidade para o dia a dia. O interessante é que, em cada processo formativo se percebe a evolução das práticas, o compartilhamento das experiências, a troca, e cada um vai aprendendo com a experiência do outro”, revela.
 
Danielle vê na Unoeste uma visão de educação superior extremamente diferenciada e inovadora. Ela acredita que quando se fala dos quatro pilares da educação, é possível se observar cada um deles sendo proposto para a prática, dos quais ela destaca dois específicos: a preocupação com a Educação Inclusiva e o trabalho que vem sendo desenvolvido sobre currículo baseado em competências e habilidades. “O mundo inteiro fala sobre isso e a Unoeste tem feito um trabalho formativo de excelência. Ou seja, os professores são desafiados a pensar desde o planejamento do ensino, sobre aspectos que podem garantir que todos os seus alunos aprendam a ser, fazer, viver e conhecer, independente de suas condições e características. Há uma preocupação com acessibilidade muito grande e os cursos e professores têm procurado aprimorar seus conhecimentos sobre o assunto. Observamos também que o tripé ensino, pesquisa e extensão garante que essa aprendizagem pelos quatro pilares se desenvolva, uma vez que os projetos de pesquisa e extensão são muito articulados com as competências e habilidades formativas e com a temática da Educação Inclusiva”, diz.
 
A busca por inovações nos métodos de ensino e aprendizagem, antes centrada apenas na transmissão, é um dos grandes benefícios das mudanças percebidas de 45 anos para cá. “O acadêmico não precisa vir à universidade para obter informações, uma vez que a rede mundial de computadores já faz isso. O grande salto é gerar na instituição de ensino um espaço de produção de conhecimento, de pessoas que possam desenvolver seus talentos e inteligências múltiplas e que tenham condições de aplicar na prática o que vivenciam em sala de aula. Ou seja, a Unoeste tem gerado uma educação para a complexidade e para o mundo global e a tendência é que nossos estudantes tenham prazer em vivenciar essa aprendizagem cada vez mais, finaliza Danielle.

Centenário de Presidente Prudente



Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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