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Estudos poderão baratear tratamento para cicatrizar feridas

Relevância da série de experimentos com plasma rico em plaquetas resulta em aporte financeiro da Fapesp


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Foto: João Paulo Barbosa Estudos poderão baratear tratamento para cicatrizar feridas
Gabriela Haro de Melo: aprovada mestre em Ciência Animal

Existe uma série de experimentos em biotecnologia que vem sendo desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, da Unoeste, que poderá contribuir em baratear tratamento para cicatrizar feridas. O uso de plasma rico em plaquetas (PRP) apresenta baixo custo no processamento do sangue para tratar machucados e isso vem ao encontro dos interesses de políticas públicas preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), voltadas à universalidade de acesso aos serviços em todos os níveis de assistência.

O PRP tem sido objeto de estudos para pesquisadores do mundo todo, seja como tratamento isolado ou adjuvante, com efeitos benéficos em processos de cicatrização, devido a maior produção de colágeno. Contudo, existem algumas particularidades para as quais são escassos os estudos, como no caso da avaliação da qualidade do tecido cicatricial em feridas tratadas com diferentes tipos de plasma rico em plaquetas e que quantificam o colágeno, proteína importante na elasticidade e resistência da pele.

O mais recente de sete estudos já finalizados na Unoeste, trata da análise fractal na caracterização de colágenos tipos I e III em feridas dérmicas tratadas com diferentes fontes de plasma rico em plaquetas. Foi desenvolvido pela farmacêutica Gabriela Haro de Melo, com testes em três tipos de PRPs: autólogo (com sangue do próprio animal), homólogo (com sangue de outro animal da mesma espécie) e heterólogo (com sangue de animal de espécie diferente).

“Observou-se que os três tipos podem ser utilizados para tratar feridas e nenhum deles apresentou efeito colateral, mas os melhores resultados foram obtidos com o autólogo”, disse a orientadora Dra. Rosa Maria Barilli Nogueira, que trabalha nessa linha de pesquisa juntamente com sua colega Cecília Braga Laposy. A dissertação resultante do estudo da farmacêutica foi levada à defesa pública na tarde dessa segunda-feira (18), ainda com a constatação de que “a dimensão fractal é uma boa técnica para quantificar o colágeno”, conforme Rosa.

Seguindo os protocolos legais de pesquisa com animais, Gabriela utilizou 18 coelhos Nova Zelândia e no tipo heterólogo optou por sangue de cachorro. A dimensão fractal foi eficaz para caracterizar, separadamente, as fibras de colágeno tipo I e tipo III; sendo que as fibras colágenas do tipo I foram mais evidentes e organizadas do que as do tipo III que, comparativamente, se apresentaram distribuídas irregularmente. A melhor colagenização ocorreu no tratamento com PRP autólogo.

Foto: João Paulo Barbosa Banca avaliadora: doutores Camargo Filho, Rosa e Cecília
Banca avaliadora: doutores Camargo Filho, Rosa e Cecília
Na avaliação por Cecília e José Carlos Silva Camargo Filho, convidado junto a Faculdade de Ciências e Tecnologia – campus da Unesp em Presidente Prudente,  houve a aprovação para que Gabriela receba o título de mestre em Ciência Animal. A relação interinstitucional do estudo também envolveu a Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA), outro campus da Unesp, onde foi realizada parte das análises.

Conforme Rosa e Cecília, a sequência da série tem mais três estudos de mestrado e um de doutorado em andamento, além de experimento por aluno de graduação contemplado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os novos experimentos no mestrado e doutorado contam com o aporte de R$ 76 mil do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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