Cultivo de orquídeas mobiliza estudantes em dia de campo
Visita técnica ao Orquidário Aurora, em Taciba, também envolve professores de Ciências Biológicas e Agronomia
Alunos dos cursos de Ciências Biológicas e Agronomia (graduação e pós) participaram do 1º Dia de campo sobre cultivo de orquídeas, nesta quinta-feira (6) em visita técnica ao Orquidário Aurora, em Taciba. Foi uma oportunidade de colocar em prática teoria, aplicada na disciplina de Sistemática Vegetal, sobre classificação de grupos vegetais.
A atividade de extensão proporcionou contato prático com a diversidade do maior grupo de plantas angiospermas (sementes protegidas pelas flores ou frutos) com mais de 25 mil espécies, das quais 12% estão presentes no Brasil. Mesmo sendo plantas de elevado valor comercial, estão ameaçadas de extinção.
Conforme o professor Dr. Silvério Takao Hosomi o risco de total desaparecimento das orquídeas tem pelo menos dois motivos: coletas irregulares nas florestas e declínio dos seus habitats, por causa dos desmatamentos e das consequências do aquecimento global, com o aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da terra.
Os alunos puderam aprender técnicas de polinização de orquídeas; exercitar princípios básicos de identificação; compreender aspectos morfo-fisiológicos específicos deste grupo de plantas; e conhecer técnicas de hibridação, de aclimatação e de controle de pragas referentes ao grupo.
Hosomi articulou o grupo, enquanto os pesquisadores vinculados à Unoeste doutores Nelson Barbosa Machado Neto e Ceci Castilho Custódio, donos do orquidário, recepcionaram os alunos, ofereceram instruções sobre a estrutura do local, conduziram as atividades, incluindo orientações sobre controle de pragas e doenças.
Foram trabalhadas técnicas de polinização e aclimatização, com os envolvimentos das biólogas doutorandas em Agronomia, Milena Cristina Moraes e Jéssica Fontes Fileti. A também doutoranda Viviane Cacefo, que pesquisa na área de genética e fisiologia, disse que o dia de campo foi uma oportunidade de ampliar conhecimentos.
De acordo coma Hosomi, a principal importância para os estudantes de agronomia esteve voltada à produção e melhoramento de plantas ornamentais, enquanto que para os de biologia foi em relação à diversidade e conservação. A atividade envolveu a mobilização do Grupo de Pesquisa e Extensão em Orquídeas.
Para janeiro está previsto o 1º Dia de Laboratório, com as atividades relacionadas à produção de sementes. Machado Neto e Ceci são especialistas em orquídeas, iniciadas por ele como uma paixão aos 16 anos de idade, sendo que no campo da produção científica ganharam projeção internacional.
O casal mantém vínculo com o Millennium Seed Bank Project, o projeto global de armazenamento de sementes com a finalidade de preservação da biodiversidade mundial. Os pesquisadores já desenvolveram estudos no Kew Royal Botanic Gardens, na Inglaterra.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste