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Geotecnologia pode alavancar agronegócio no oeste paulista

Levantamento de dados por sensoriamento remoto sinaliza potencial de crescimento da produção agropecuária


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Foto: Homéro Ferreira Geotecnologia pode alavancar agronegócio no oeste paulista
Dr. Rocha: sensoriamento remoto para potencializar a agropecuária

A pós-graduação em Agronomia da Unoeste, pioneira na oferta de mestrado e de doutorado entre as instituições de ensino superior particulares do país, está inserida em novo projeto de contribuição ao desenvolvimento do agronegócio no oeste paulista. Após oferecer colaborações em pesquisa do Grupo de Estudos em Geotecnologia da Unicamp, pesquisadores da Unoeste receberam convite do pesquisador Dr. Jansle Vieira Rocha para projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp) a ser desenvolvido nos próximos 4 anos em parceria com a Universidade Técnica de Delft, na Holanda. O estudo anterior sinaliza potencial de crescimento da agropecuária na região de Presidente Prudente. O novo estudo levanta a hipótese de que a geotecnologia poderá contribuir para alavancar o segmento.
 
Rocha esteve nesta quarta-feira (18) na Unoeste para falar sobre monitoramento do uso do solo no oeste paulista por sensoriamento remoto, em aula magna da pós em Agronomia, realizada à noite no auditório Carvalho, no campus II da Unoeste. Em recente estudo do grupo que faz parte na Unicamp, utilizando a imagem de satélite para estudar a produtividade no campo, detectou que está crescendo bastante os sistemas integrados lavoura e pecuária, com o Brasil se colocando na dianteira em termos do mercado global. “Se fala no mundo inteiro sobre biomassa da pastagem, mas não se fala em integração”, comentou.
 
O cultivo de soja no oeste paulista surpreendeu os autores do estudo que esperavam encontrar mais pasto e lavoura de cana-de-açúcar. Para Rocha esse fator é positivo, considerando que a soja traz outro tipo de riqueza para a região, por ter maior abrangência de negócios em sua cadeia produtiva, como são os casos dos comércios de fertilizantes e de máquinas agrícolas, serviços mecânicos e outros tantos, incluindo o setor de transportes. O trabalho com sensoriamento remoto do solo no Estado do Mato Grosso mostrou essa força econômica da soja em Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde.
 
Outro fator positivo da produção de soja está nos benefícios gerados pela integração com a pecuária. “Se o pecuarista arrenda parte de sua área de pastagem para a produção de soja, tem mais dinheiro para investir na melhoria genética do seu rebanho. Ao fazer a integração de cultura agrícola e pecuária, existe o benefício para a pastagem com a maior fertilidade do solo”, pontuou. O estudo constatou ainda que na disputa da terra com cultura mais intensiva, o criador de gado se moderniza e também se intensifica. Em Paragominas, no Pará, o projeto Pecuária Verde é um exemplo de integração e da intensificação da pecuária.
Foto: Homéro Ferreira Dr. Creste: tecnologia é a temática da moda a favor do agronegócio
Dr. Creste: tecnologia é a temática da moda a favor do agronegócio

O novo estudo já foi aprovado pela Fapesp e está em fase de assinatura de contrato pela Unicamp e a Delft. O envolvimento da Unoeste está previsto através de convênio com a Unicamp, não só para pesquisa, mas também para intercâmbios. Os pesquisadores convidados são os doutores Marcelo Rodrigues Alves e Edemar Moro, que fez a recepção e a apresentação de Rocha na abertura do evento. Engenheiro agrícola formado pela Unicamp, Rocha fez mestrado em máquinas agrícolas pela mesma instituição e doutorado em sensoriamento remoto na Universidade de Cranfield, na Inglaterra.
 
Rocha é um especialista na área de geotecnologia, com 26 anos de atuação e livre docência na Unicamp. Por dois anos atuou no Joint Research Centre (JRC), mantido pela Comissão Europeia, na Itália, fazendo boletins de acompanhamento de safras agrícolas de países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), principalmente de grãos, em 2005 e 2006. O pró-reitor Acadêmico Dr. José Eduardo Creste disse que o sensoriamento remoto do solo é a temática da moda em tecnologia que deve ser usada a favor do crescimento socioeconômico do oeste paulista.
 
O coordenador do programa de pós-graduação em Agronomia Dr. Carlos Sérgio Tiritan, acompanhado do vice-coordenador Dr. Fábio Rafael Echer, falou da expectativa do convênio com a Unicamp e o envolvimento com a Universidade Delft; e anunciou os vencedores do Prêmio Flávio Moscardi para os alunos que se destacaram no doutorado e mestrado concluídos em 2016, respectivamente: Dr. Silvério Takao Hosomi e Viviane Tavares de Almeida. As placas da premiação foram entregues pelos respectivos orientadores, doutores Nelson Barbosa Machado Neto e Vânia Maria Ramos.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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