Medicina Unoeste presta atendimentos no Dia do Colesterol

Quatro em cada dez brasileiros adultos têm nível de colesterol alto. Os dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostram que a doença atinge 40% da população do país. Os números valorizam uma ação em alusão ao Dia do Combate ao Colesterol, realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Cohab, nesta quarta-feira (8); uma parceria entre a direção da unidade e acadêmicos do 9º e 10º termos de Medicina da Unoeste, coordenados pela docente Cristiane Velasques Lopes.

 

No Brasil, quase 70% das pessoas só realiza o exame após os 45 anos de idade. A dona Maria dos Santos Dantas, de 77 anos, mora há mais de 30 anos no bairro Cohab, mas não se lembra da última vez que aferiu seu colesterol. “Acho que faz muito tempo. Eu sei que tenho diabetes. Só que vou aproveitar que estou aqui para ver isso”, conta. Sempre que precisou da UBS foi bem atendida, por isso, gostou da presença dos alunos. “Muito bom. Essa nova geração vai aprendendo cada dia mais. Basta esforçar, estudar e vir trabalhar aqui mesmo no Cohab”, explica a aposentada.

 

Além do bairro Cohab, moradores do Cedral e do Belo Horizonte também participaram das atividades oferecidas. Orientações nutricionais, atividades físicas, uma palestra sobre colesterol com o médico Mozart Alves Gonçalves Filho, e atendimentos de saúde foram realizados pelos agentes e alunos da Unoeste. “É uma integração do núcleo. A gente vê que mesmo que seja difícil, é possível fazer as coisas para melhorar as condições das pessoas”, ressaltou Meire Tolosa, gerente de saúde da unidade e integrante do Núcleo de Educação Continuada. O evento também contou com a presença do Conselho Municipal de Saúde.

 

Foto: Gustavo Justino

Responsável pelos alunos, a professora Cristiane Velasques, destacou o fato dos estudantes terem sido apresentados a comunidade pelos agentes de saúde. “É bem importante, pois isso dá credibilidade aos acadêmicos”. Ela acredita que aprender a dinâmica do serviço de atenção básica é fundamental. “É uma oportunidade de colocar em prática o que estão desenvolvendo em sala de aula”, afirma.  A prestação de serviço foi além dos atendimentos básicos. “Hipertensão, diabetes, encaminhamentos. É uma consulta médica mesmo”, conclui a docente.

 

Desde o primeiro ano do curso, Gabriel Mansur, 23, acadêmico do 10º termo, está acostumado a praticar seus conhecimentos, sempre supervisionados, nas unidades de saúde. “O mais importante do curso é ir além das doenças, a gente aprende a lidar com os problemas do paciente prestando atenção nele. Aprendemos a cuidar de pessoas”, conta o estudante, que já tem planos para o futuro. “Quero partir para a oftalmologia. É uma área que gosto, tem muita inovação, gosto de tudo que tem a ver com tecnologia”, detalha.