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Mobilidade urbana: tema marca início da 6ª Jornada de Civil

Edição 2019 do evento acadêmico da universidade conta com recorde de inscritos e traz temáticas atuais para profissionais, egressos e estudantes


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Foto: Gabriela Oliveira Mobilidade urbana: tema marca início da 6ª Jornada de Civil
Heliana Barbosa Fontenele e Carlos Alberto Prado Silva Junior são pesquisadores da UEL e apresentaram a palestra de abertura

Com recorde de inscritos, iniciou-se nessa segunda-feira (7) a 6ª Jornada de Engenharia Civil da Unoeste. Quase 350 participantes entre profissionais, ex-alunos e estudantes participam da iniciativa, que é promovida pela graduação em parceria com o Centro Acadêmico do curso (Caec). A palestra “Mobilidade urbana: planejamento e infraestrutura de transportes” marcou a abertura do evento, realizada no Salão do Limoeiro. O tema foi apresentado pelos engenheiros civis e pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR), os doutores Carlos Alberto Prado Silva Junior e Heliana Barbosa Fontenele.
 
“O planejamento integrado consiste basicamente em se traçar metas baseando-se na coleta de informações, na análise de dados e na apresentação de soluções”, explica Silva Junior. Considera que entre 20 e 30 anos atrás era possível se prever e atender a demanda existente. “Hoje é preciso adequar os recursos que se tem conforme a necessidade, sendo que os recursos estão cada vez mais escassos e, pelo contrário, a demanda é cada vez maior. Nesse sentido, o que a gente tem feito ultimamente é usar mais dados próximos da realidade para tentar gerar soluções que atendam da melhor forma possível o usuário”, pontua.
 
De acordo com Silva Junior, o planejamento integrado envolve o planejamento urbano, o planejamento de transportes e o setor de infraestrutura e obras. “Enfatizamos como o engenheiro civil pode atuar nessa integração a fim de conseguir uma mobilidade sustentável dos pontos de vista econômico, ambiental e social”. Heliana compara o planejamento integrado a um prédio que é formado pelas as áreas citadas acima, que se encontram em andares diferentes e, algumas vezes, não se comunicam. “Tentar realizar essa integração envolve a gestão das cidades a fim de proporcionar uma mobilidade mais conveniente para o usuário”.
 
Segundo ela, quando se fala de mobilidade, se pensa muito na priorização do transporte público e no uso de meios não motorizados. “É preciso cuidado e atenção com a parte de infraestrutura, senão esse deslocamento não acontece ou ocorre de forma muito deficitária. Dessa forma, mostramos aos participantes da palestra a relevância dessa junção, onde um segmento não funciona sem o outro”.
 
Silva Junior menciona Curitiba, que é a capital do Estado do Paraná, como um exemplo de planejamento integrado desde a década de 70. “Até hoje essa cidade é referência no mundo inteiro. Fora do Brasil existem outros modelos como esse, principalmente na Europa, onde os setores da gestão pública trabalham com o planejamento das cidades conversando entre si e conseguindo gerar soluções mais adequadas para a população”, conclui. Sobre a vinda à Unoeste, os palestrantes agradecem o convite e comentam que é muito gratificante mostrar um pouco do trabalho de pesquisa aplicada que desenvolvem na área de planejamento de transportes. “Estamos com as inscrições abertas para os programas de mestrado e doutorado da UEL e, visualizamos nesse encontro, a oportunidade de divulgar essas oportunidades aos acadêmicos da Unoeste, já que temos em nossa pós-graduação egressos da universidade prudentina”, conclui Heliana.
 
Após a abordagem dos pesquisadores da instituição de ensino paranaense, as representantes da Divisão Regional de Presidente Prudente do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER – DR.12), Helena de Souza Aguiar, Patricia Pappotti Marquezani, Monicke Scola e Regina Spiguel abordaram o tema “Transporte rodoviário”.
 
Foto: Gabriela Oliveira Palestras noturnas são realizadas no Salão do Limoeiro; jornada conta com quase 350 participantes
Palestras noturnas são realizadas no Salão do Limoeiro; jornada conta com quase 350 participantes

O professor coordenador do curso de Engenharia Civil da Unoeste, Guilherme Crepaldi Camarini, integra a comissão organizadora da jornada. Segundo ele, essa edição traz uma programação com temas atuais como transportes, técnicas em materiais construtivos, a carreira do engenheiro civil e a empregabilidade na era digital e sistemas estruturais. “Durante o dia também oferecemos aos participantes minicursos ligados a softwares específicos da área e de modelagem, estrutura que é artesanal e consiste na elaboração desses sistemas por meio de palitos”. Acrescenta que a interação e o networking entre os egressos, profissionais e discentes é um dos aspectos que tem marcado o evento.
 
As acadêmicas Maria Carolina de Souza Medina e Lígia Silva do Nascimento cursam o 5º termo de Civil e têm expectativas positivas sobre o evento. “A intenção é agregar conhecimentos junto ao embasamento que adquiro na graduação”, diz Lígia. Para Maria Carolina, os minicursos também oferecem práticas direcionadas à profissão. “Participei da edição anterior da jornada e gostei. Espero que esse ano também me proporcione uma experiência diferenciada”, conclui.
 
Encerramento
Na quinta-feira (10), a 6ª Jornada de Engenharia Civil da Unoeste receberá o Dr. Yopanan Conrado Pereira Rebello, que é conhecido pelos livros que já escreveu como Arquiteturas, Estruturas e Materiais: Idiomas da Matéria; Arquiteturas e Estruturas e Materiais II: A Inteligência da Matéria e Arquiteturas, Estruturas e Linguagem: com a Palavra, o Edifício.
 
Rebello é fundador da Ycon, que oferece cursos que ajudam os profissionais na complementação da formação acadêmica. Professor titular da Escola da Cidade, durante a sua estadia na Unoeste, apresentará o tema “Sistemas estruturais e concepção estrutural”. Ele explica que a engenharia de estrutura é uma área da engenharia que trata da concepção e do dimensionamento das estruturas nos mais diversos materiais, ou seja, é responsável por ‘colocar de pé’ o projeto concebido pelo arquiteto. “Nesse contexto, pretendo abordar tópicos como o processo de criação para estruturas com design mais diferenciado; o conhecimento do comportamento das estruturas para o desenvolvimento da criatividade e de que forma despertar um espírito criativo”.
 
Sobre a relevância desses apontamentos, ele declara que o ensino de estruturas é geralmente voltado para os cálculos. “Pretendo também discutir outros aspectos que possam deixar os futuros engenheiros mais atentos às questões da criatividade estrutural, em lugar da simples aplicação de cálculos e softwares. Espero que essa palestra possa abrir os olhos dos futuros engenheiros para outras questões que não apenas aplicação de fórmulas e regras de normas”, encerra.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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