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Encontro do Algodão leva conhecimento ao produtor rural

Evento que teve a participação do Programa de Pós-graduação em Agronomia da Unoeste, possibilitou troca de experiências e debates sobre a cultura no oeste paulista


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Foto: Erika Foglia Encontro do Algodão leva conhecimento ao produtor rural
Professor Dr. Fábio Echer durante explanação dos resultados de pesquisas sobre o algodão

Com o objetivo de oferecer aos produtores de algodão da região de Presidente Prudente informações sobre os resultados de pesquisas realizadas na Fazenda Experimental da Unoeste, o Mestrado em Agronomia, através do professor Dr. Fábio Echer, realizou na noite dessa quinta-feira (11), o Encontro Técnico de Algodão do Oeste Paulista. O evento, que aconteceu em uma churrascaria da cidade, teve o apoio e parceria da Cooperativa Agroindustrial (Coopermota) e da FMC Agrícola, e contou com a participação de alunos do programa Stricto Sensu da Unoeste e do entomologista (profissional que estuda insetos) do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Jacob Crosariol Netto.
 
De acordo com Echer, que ministrou a palestra “Resultados de Pesquisa – Cultivares e datas de plantio adaptadas ao oeste paulista” ao lado dos acadêmicos do Mestrado em Agronomia Carlos Felipe dos Santos Cordeiro e Caroline Honorato Rocha, este evento já vem acontecendo há dois anos, encabeçado pelo Grupo de Estudos do Algodão (GEA) da Unoeste. “Esses diversos estudos que temos conduzido têm o intuito de melhorar as técnicas de plantio e produtividade dos agricultores. Esse é o papel de extensão que a universidade está fazendo aqui hoje, já que produzimos o conhecimento através de pesquisas e repassamos as informações para os produtores rurais em eventos como este”, fala.
 
O professor salienta que as cultivares de algodão são diferentes umas das outras e que algumas demoram mais a produzir, enquanto outras podem demorar menos. “Aqui no oeste paulista temos um verão muito quente, porém, a partir de abril as temperaturas já caem consideravelmente e algodão é uma planta muito sensível ao frio, o que resulta em crescimento desacelerado e dificulta a produtividade. Se o produtor demorar muito para plantar, por exemplo entre dezembro e janeiro – o ideal é entre outubro e novembro –, a cultura terá um período muito curto para crescer e, consequentemente, a produtividade será baixa. Então, precisamos ajustar essas informações com as melhores variedades que se adaptam a determinados períodos de plantio. Ou seja, temos que realizar esses estudos permanentemente, afinal, as respostas mudam ano a ano em função da condição climática”, explica.
 
Echer informa ainda que de uma maneira geral a agricultura está muito precária na área de extensão, e os conhecimentos obtidos através de pesquisas precisam ser passados para o produtor rural de maneira prática. “São dados que não podem demorar a chegar para eles, afinal, tudo muda muito rápido. Então, oferecer um evento como este é uma maneira de agilizar o caminho e passar os resultados das nossas pesquisas com o objetivo desses produtores terem acesso às informações sem defasagem. E é importante, inclusive, realizar atividades assim justamente neste período pré-safra, para que eles possam usar os resultados para definir o que vão comprar, qual a quantidade, e tenham tempo de fazer cotações e buscar preços melhores antes da plantação”.
 
Para o produtor de Presidente Epitácio Edivaldo Pacheco dos Santos, que investe na plantação de algodão há cerca de três anos, participar de um encontro como este é importante para que tenha subsídios científicos para a próxima safra. “Estamos acreditando que no próximo ano o clima seja melhor para nós, já que 2019 foi bastante atípico e difícil, principalmente em Epitácio. Procuro sempre participar de atividades proporcionadas pela Unoeste, ter esse embasamento através de pesquisas é muito importante para que o produtor possa se prevenir quanto às suas atitudes no campo. Investir no escuro é muito complicado, então fico muito feliz de ter a oportunidade de participar dessas iniciativas”, diz.
 
Foto: Erika Foglia Jacob Crosariol Netto, entomologista do IMAmt, palestrou sobre manejo de pragas
Jacob Crosariol Netto, entomologista do IMAmt, palestrou sobre manejo de pragas

Manejo de Pragas – A convite do próprio professor Fábio Echer, o entomologista da IMAmt, em Primavera do Leste (MT), Jacob Crosariol Netto, veio até Prudente para participar do Encontro Técnico de Algodão e abordar o tema “Manejo de pragas para altas produtividades na cultura do algodão”. De acordo com o pesquisador, considerado um dos maiores nomes do Brasil nesta área, a cultura do algodoeiro é muito atrativa principalmente para insetos. “Meu papel esta noite foi falar sobre o impacto dessas pragas e o quanto isso é prejudicial para o algodão, além da melhor forma de combater esses índices populacionais para que o produtor tenha mais retorno durante o desenvolvimento da cultura”, conta.
 
Jacob, que já esteve anteriormente na cidade para ministrar cursos na Unoeste, revela que esta oportunidade é de grande relevância para ele enquanto profissional, justamente por possibilitar essa troca com outros pesquisadores de um local tão distante ao que ele trabalha há cinco anos. “O Mato Grosso é o estado que possui a maior produtividade de algodão no Brasil e temos visto que a cultura vem em uma crescente significativa no país como um todo. Estar no oeste paulista a convite do professor Echer, representado pela Unoeste, me deixa muito contente. Temos uma amizade e parceria há algum tempo e, inclusive, vários alunos da universidade já foram fazer estágios comigo no IMAmt”, fala.
 
Grupos Técnicos do Algodão – O professor Echer aproveitou para falar também sobre a ideia de implantar Grupos Técnicos do Algodão (GTA) aqui na região. “Nasceu lá no Mato Grosso com um agrupamento de técnicos e produtores para o combate de uma praga específica, que é o bicudo. Esta é uma iniciativa que precisa ser pensada regionalmente e não temos isso ainda. Já tive reuniões com alguns produtores e com a Associação Paulista dos Produtores de Algodão [APPA] com o objetivo de termos a possibilidade de organizar encontros mensais para discutirmos problemas inerentes à produção, para trocar informações e beneficiar o próprio produtor”, finaliza.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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