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Simpósio debate produção da ciência em saúde humana e animal

Realização envolve os programas de pós-graduação stricto sensu de Ciência Animal e Ciências da Saúde


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Foto: João Paulo Barbosa Simpósio debate produção da ciência em saúde humana e animal
Dr. João Lima Sant´Anna Neto fez a conferência de abertura

Nestes tempos de tantas mudanças por conta da 4ª revolução industrial, a pós-graduação brasileira tem vários desafios que foram tratados na conferência de abertura do Simpósio de Pesquisa Aplicada à Saúde Animal e Humana (Simpasah), realizado de quarta (21) a sexta-feira (23) desta semana na Unoeste, no auditório Jacarandá.

O conferencista Dr. João Lima Sant´Anna Neto, convidado junto ao campus da Unesp em Presidente Prudente, e que foi coordenador de área da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), dividiu sua fala em três momentos, iniciando com algumas provocações filosóficas.

O segundo momento foi reservado para expor como a Capes funciona e o quadro atual da pós-graduação brasileira. Por último, discorreu sobre as perspectivas futuras. As provocações permearam os tempos modernos e pós-modernos, respectivamente quando o homem era visto como o sujeito público e as pessoas tinham mais valor que as coisas.

No pós-modernismo há uma inversão de valores e muitas pessoas vivem de momentos construídos superficialmente e os limites da racionalidade científica remetem à provocação sobre “o reconhecimento de que as concepções gerais de vida e do universo nunca podem ser os produtos do conhecimento empírico crescente”.

Ao expor o papel da Capes, centrado na formação de recursos humanos, Neto afirmou que esse órgão do Ministério da Educação tem papel fundamental no financiamento de projetos de pesquisa e lamentou a redução do orçamento geral, que entre 2004 a 2019 chegou a ser de R$ 7,5 bilhões e atualmente está em R$ 3 bilhões.

Para oferecer um panorama geral da pós-graduação no Brasil, citou ser muito recente, e que no seu surgimento, na década de 40, em um ano foram formados apenas sete doutores no Brasil. Agora são entre 20 e 25 mil novos doutores por ano em cerca de 700 programas que oferecem doutorado, sendo que no mestrado são 3 mil.

A crítica de Neto sobre a crescente titulação de mestres e doutores passa pelo entendimento da importância da qualidade, mas está sustentada na constatação da perca em qualidade, comparando com o tempo em que as exigências eram maiores e o tempo de duração dos estudos era mais longo.

Inclusive, a quantidade em relação à qualidade faz parte dos novos desafios da pós-graduação brasileira, dentre os quais também estão inseridos o impacto da produção intelectual, publicações em colaboração internacional, integração dos programas e atender os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

São objetivos propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), os quais são vistos por Neto como a “cereja do bolo”. Sua fala foi precedida pela cerimônia de abertura, na qual foram expostos os temas para os três dias do simpósio, com as atividades nos períodos da tarde e noite, sendo que na sexta-feira será de manhã.

Foto: João Paulo Barbosa Mesa de abertura do simpósio na tarde de quarta-feira
Mesa de abertura do simpósio na tarde de quarta-feira

Todos os temas são relevantes e estão na pauta da ciência na atualidade, tais como câncer e a influência ambiental, análises ômicas (transcriptômica, proteômica e metabolômica), doenças infectocontagiosas, financiamento à pesquisa e redação científica; com palestras de renomados profissionais das principais universidades brasileiras.

O coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, Dr. Anthony César de Souza Castilho, disse que uma das finalidades do simpósio é mostrar a Unoeste e sua comunidade científica para o Brasil, inclusive com o objetivo de estabelecer novas parcerias com pesquisadores de outras instituições.

Neste mesmo sentido, o vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Dr. Leonardo de Oliveira Mendes, contou que os envolvidos na organização planejaram o seminário para atingir os temas de forma mais abrangente, abrindo os muros da universidade para mostrar a produção científica local.

O evento envolve os corpos docente e discente dos dois programas e uma variada gama de profissionais e estudantes de outras instituições. A realização tem o apoio da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste, pela qual responde o Dr. Adilson Eduardo Guelfi, que esteve representado pelo Dr. Jair Rodrigues Garcia Júnior.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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