Cursos livres on-line obtêm expressiva aceitação no Brasil

No universo sem fronteiras do ensino a distância, a Unoeste vem ofertando cursos livres gratuitos como parte de ampla frente de ações de combate ao coronavírus e de amparo às pessoas em isolamento. A iniciativa de responsabilidade social, colocada em prática na segunda quinzena de março, teve expressiva aceitação no Brasil, sendo que em apenas um mês foram 11.384 inscritos. As inscrições continuam abertas para mais de 40 cursos disponibilizados pelo Núcleo de Educação a Distância (Nead).

A médica e advogada mineira radicada na Paraíba Odília Medeiros e a pedagoga ranchariense Bruna Borges aproveitaram a oportunidade para ampliar seus conhecimentos nas áreas de interesse de suas profissões.  Ambas aprovam e elogiam a iniciativa da universidade, considerando a condição de ocupar o tempo livre com algo que acrescenta muito para as suas vidas e com a perspectiva de saírem desse período nebuloso mais fortalecidas para o mercado.   

Natural de Belo Horizonte (MG), Odília é formada em direito e medicina, com residência em oftalmologia, em João Pessoa (PB), onde fez pós-graduação em psiquiatria. Está se preparando para ingressar no mestrado em Saúde da Família e trabalha o pré-projeto com interfaces do direito, psiquiatria e oftalmologia.  Ao procurar informações para embasar os estudos, através de site de buscas, descobriu a oferta do curso Conceitos Básicos da Pessoa com Deficiência Visual; então, se inscreveu, fez o curso e tirou bom proveito.

Bruna nasceu e mora em Rancharia (SP), na região de Presidente Prudente. Fez Pedagogia na Unoeste e agora faz pós-graduação em Alfabetização e Letramento, junto ao Núcleo de Educação a Distância (Nead). Durante a graduação, fez dois cursos a distância: Nivelamento em Língua Portuguesa e Nivelamento em Matemática Financeira. Agora, durante a pós, no pólo do Nead denominado Aprender Mais Rancharia, soube dos cursos rápidos e gratuitos, se interessou, avaliou os de seu interesse e já fez quatro.

Foto: Cedida

Os cursos feitos por Bruna: Dificuldades de Aprendizagem na Escola; Saúde e Educação Infantil; Tecnológicas Aplicadas a Educação; e Literatura Infantil. A pedagoga admite a possibilidade de fazer mais algum, especialmente se prolongar o recolhimento domiciliar por causa da pandemia do coronavírus.  Odília Medeiros anuncia que irá fazer inscrição em outro curso, o de Nivelamento em Português. Elas aprovaram e recomendam os cursos não apenas pela oportunidade, mas pela qualidade e aproveitamento do conteúdo para o crescimento profissional.

Odília atua como oftalmologista em três empresas privadas em João Pessoa: Hospital de Olhos da Paraíba, Santa Madra Hospital de Olhos e Clínica Ceta. “O curso sobre deficiência visual me trouxe mais humanização, embora sempre tente exercer a empatia, em todos os meus atendimentos. Adorei descobrir o método Tadoma, ter noções sobre o Braille, assistir as reportagens sobre as dificuldades cotidianas dos deficientes visuais”, conta, revelando ainda que passou a valorizar mais a importância de conscientizar os pacientes a cuidar da visão para, por exemplo, prevenir doenças como a retinopatia diabética.

Conforme Bruna, os cursos são bem elaborados com o conteúdo e as atividades disponibilizados em plataforma de fácil acesso e manuseio, o Aprender Unoeste, com slides e vídeos bem explicativos, com suporte do professor para tirar dúvidas, avaliação e certificado emitido no próprio sistema. Destaca a flexibilidade de horário como a maior vantagem dos cursos a distância, mas ressalta que isso não significa ser mais fácil ou que não precisa de dedicação. Afirma ser exatamente o contrário, por conta de estabelecer uma rotina organizada e com tempo para estudar.

“Posso afirmar que o conhecimento adquirido através da Unoeste me proporcionou descobrir o quão difícil é ser deficiente visual e quanto eles desenvolvem habilidades, que muitos videntes não teriam capacidade”, garante Odília. “Eu achei super bacana essa iniciativa da Unoeste em oferecer esses cursos gratuitos para as pessoas que estão em casa durante a quarentena e que podem usar o tempo livre para enriquecer o currículo”, diz Bruna, que dá a dica de que a escolha pelo curso deve se encaixar no perfil da pessoa, para que dê prazer.