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Pesquisa analisa efeitos de exposição ao uso de herbicida

Trabalho multidisciplinar apresenta série de estudos que pretende avaliar os malefícios causados pelo uso do glifosato


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa analisa efeitos de exposição ao uso de herbicida
Professoras responsáveis pela pesquisa multidisciplinar

 

Existem várias formas de exposição aos agrotóxicos, as mais comuns são os contatos por inalação e ingestão. A utilização excessiva de defensivos agrícolas faz com que o Brasil seja considerado o maior consumidor em todo o mundo, se tornando uma ameaça para a saúde pública e ambiental. Preocupação que motivou uma série de estudos na Unoeste, com o objetivo de avaliar se há alterações no sistema respiratório, na fertilidade masculina, no cérebro e coração.

Trata-se do projeto Guarda-Chuva, que envolve uma equipe multidisciplinar com várias frentes, e que pretende avaliar o uso do glifosato em comparação com outro estudo anterior feito com o princípio ativo do ácido diclorofenoxiacético, também conhecido como 2,4-D, conforme explica a professora doutora Renata Calciolari Rossi, responsável pela atividade. “Esses resultados servirão de informações para os profissionais que utilizam esse herbicida, além de serem publicados e apresentados em eventos científicos, nacionais e internacionais” comenta.

Para o experimento foram submetidos 112 ratos Wistar machos divididos em oito grupos, com concentrações diferentes do herbicida glifosato. “Eles foram submetidos à inalação e ao alimento intoxicado pelo herbicida por seis meses e depois desse processo realizamos a coleta do material nos animais. Agora vamos avaliar os efeitos tóxicos no sistema respiratório, tanto nas vias aéreas superiores, quanto inferiores”, fala a Dra. Renata.

Estão envolvidos nessas pesquisas alunos de cursos da graduação e dos programas de pós-graduação stricto sensu, sob as responsabilidades também das professoras doutoras Ana Paula Alves Favareto, Gisele Alborghetti Nai e Francis Lopes Pacagnelli. As atividades são desenvolvidas no Biotério de Experimentação Animal, que fica no campus 2. 

Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa envolve alunos de graduação e pós-graduação
Pesquisa envolve alunos de graduação e pós-graduação

De acordo com a Dra. Ana Paula, são feitas as análises para verificar os efeitos da exposição crônica ao glifosato sobre o sistema reprodutor masculino. “Avaliaremos se a exposição ao herbicida pode alterar a produção de espermatozoides, tanto do ponto de vista da quantidade, quanto da qualidade morfológica e funcional, com possíveis repercussões sobre a fertilidade masculina”, diz a docente, que tem a contribuição da professora Jaqueline Nascimento da Silva, do curso de Química da Unoeste.

A Doutora Gisele irá avaliar se o glifosato causa tanto alterações comportamentais nos animais quanto a destruição das células cerebrais. “Sabemos que muitos agrotóxicos podem agir sobre o sistema nervoso central causando várias alterações no cérebro. Também estamos avaliando se o uso está associado à formação de placas de gorduras nos vasos da aorta, que é a principal artéria, além da genotoxicidade, que é a alteração de genes que podem ocasionar o câncer”, explica a professora.

O último estudo vinculado ao projeto é sobre o efeito do produto na remodelação do coração. “Queremos investigar os impactos no que se refere à parte celular cardíaca para avaliar se teve hipertrofia cardíaca, atrofia cardíaca, se passou por processo inflamatório e se ocorreu o aumento ou diminuição das células do coração”, finaliza a Dra. Francis. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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