Bairro depósito de cães deverá receber controle populacional

Possivelmente por conta da localização geográfica, no extremo sul da zona urbana de Presidente Prudente, e de uma população muito acolhedora o Jardim Morada do Sol tem sido o destino para muitas pessoas abandonarem animais de estimação, especialmente cães, utilizando o bairro como se fosse um depósito. A grande e crescente população canina gera problema de saúde pública, nestes tempos de incidência da leishmaniose visceral. Diante dessa preocupação surge a proposta de castração para promover o controle populacional desse animal doméstico.

Mutirão para o levantamento do número de cães está programado para o dia 3 de setembro na Casa da Sopa Francisco de Assis, em uma ação que envolve o curso de Medicina Veterinária e a logística da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) da Unoeste. Será um sábado e irá das 8h às 12h, conforme previsão inicial. O trabalho com animais no Morada do Sol, compreendendo também o Residencial Francisco Belo Galindo, nasce por indicação de Juliana Petri Yoda, na condição de estudante da área.

Conforme a diretora e a coordenadora do curso, respectivamente, Glaucia Prada Kanashiro e Rosa Maria Barilli Nogueira, outros alunos e professores serão envolvidos nesse projeto de extensão universitária que também levará aos moradores dos dois bairros, ambos localizados à margem da estrada vicinal Raimundo Maiolini, informações educacionais sobre cuidados com a saúde dos animais. No mesmo conjunto de ações, a Casa da Sopa também ganha parcerias de outros dois cursos da Unoeste: Artes Visuais e Pedagogia.

Os entendimentos iniciais com o professor Josué Pantaleão são para aulas de arte-reciclagem com as mulheres, artes visuais com adolescentes e contação de histórias para crianças. A primeira reunião para tratar desses assuntos ocorreu nesta terça-feira (5) na Casa da Sopa, no final da manhã e começo da tarde; horário de disponibilidade dos envolvidos, como é o caso do presidente Edson Kuramoto, médico homeopata que contribui voluntariamente com a instituição fundada em 1991, sendo que inicialmente oferecia sopa para quem não tinha alimento, mas com o tempo passou a trabalhar com a atenção básica; de acordo com a assistente social Luciane Barros.

Com várias atividades no contraturno escolar são atendidas de segunda a sexta-feira 49 crianças e adolescentes, além de outras 25 aos sábados. São vários projetos que envolvem pessoas de todas as idades, moradores dos bairros que surgiram há 25 anos como projetos de lotes urbanos. A atuação da Proext nos dois bairros nasce com a participação direta do pró-reitor Dr. Adilson Eduardo Guelfi, juntamente com a coordenadora de ações extensivas gerais Cidinha Martines e do assessor de integração comunitária Darci Galbiati, que estiveram na Casa da Sopa e ficaram impressionados com o trabalho que é desenvolvido lá.