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Pesquisa cria modelo experimental para estudos do diabetes

Busca pela formulação de protocolo ideal de indução da doença em ratos utiliza somente fêmeas, o que é raro


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa cria modelo experimental para estudos do diabetes
Gloriane durante a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa cria modelo experimental para estudos do diabetes
Banca durante as considerações e as arguições
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa cria modelo experimental para estudos do diabetes
Vamilton Santarém, Gloriane, Rosa Maria, Cecília e Patrícia


Está construída na Unoeste mais uma contribuição científica classificada como importante e rara por pesquisadores interinstitucionais. A relevância está na elaboração de modelo experimental para estudos do diabetes mellitus. A raridade reside na utilização somente de ratos fêmeas, na busca de formulação de protocolo ideal para indução da doença. O resultado da pesquisa foi apresentado oficialmente na manhã desta quarta-feira (26) durante a defesa pública de dissertação do mestrado em Ciência Animal, pela farmacêutica Gloriane Izabel Vojciechovski Oliveira.

São frequentes os estudos sobre o diabetes que está entre as dez principais causas de óbitos no mundo. Além de humanos, atinge cães e gatos. Doença metabólica caracterizada por aumento anormal do açúcar (glicose) no sangue, principal fonte de energia do organismo, mas que em excesso resulta em complicações à saúde. Entre outras consequências, o diabetes não controlado provoca ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal e morte. A insulina é o hormônio utilizado para regular o organismo da pessoa acometida por este mal.

Ratos de laboratório – da variedade Wistar – são utilizados por cientistas em pesquisas voltadas às descobertas capazes de promover a cura do diabetes ou de permitir tratamentos cada vez mais eficazes. A pesquisa realizada na Unoeste utilizou esses roedores de linhagem albina, com o foco voltado à contribuição na formulação de um modelo de protocolo ideal da indução do diabetes em ratos, de tal forma que reflita em melhores resultados nos estudos da doença. A intenção é proporcionar que os ratos permaneçam vivos durante os estudos, a partir de quando a doença é incutida com a utilização de aloxana, que é um análogo tóxico da glicose. Em síntese, o modelo procura maior número de animais diabéticos vivos e menor número de óbitos.

No monitoramento realizado no Biotério Central da Unoeste, 120 ratos foram distribuídos igualmente em quatro grupos. Eles apresentavam o peso médio de 200 gramas. Cada grupo recebeu doses diferentes da droga aloxana, com aplicação intraperitoneal. Os animais foram mantidos individualmente, em caixas de polietileno com ração e água a vontade. O monitoramento ocorreu durante 18 dias, com a aplicação de insulina glargina para o controle glicêmico. Nesse período, as análises incluíram glicemia, temperatura real e desidratação. Ao final foram possíveis várias constatações, uma delas é sobre percentuais diferentes de óbitos, variáveis entre 3% e 60%, mas sem um consenso sobre a dose mais eficiente.

Fazendo valer o conceito de que a fé se alicerça na certeza e a ciência sobrevive da dúvida, a pesquisa gerou um debate de alto nível durante as arguições e considerações da banca avaliadora, inclusive com novos questionamentos e perspectivas sobre outras possibilidades. Convidada junto ao campus da Unesp em Presidente Prudente, a doutora Patrícia Monteiro Seraphin, elogiou a realização do estudo e o classificou como importante para quem trabalha com rato diabético. Outro fato que chamou sua atenção foi a utilização exclusiva de fêmeas adultas, pouco utilizadas por pesquisadores, devido a grande variação de hormônios que interferem no metabolismo.

Integrante do corpo docente do Mestrado em Ciência Animal, a doutora Cecília Braga Laposy também se manifestou sobre a importância do trabalho e considerou que o mesmo abre outras opções, com a sugestão de que a autora faça uso de sua pesquisa na iniciação científica com alunos da graduação, como professora do curso de Farmácia da Unoeste, e que dê continuidade com o doutorado. A orientadora doutora Rosa Maria Barilli Nogueira falou da grande contribuição da pesquisa para que novos projetos na área de endocrinologia sejam executados. Gloriane foi aprovada para receber o título de Mestre em Ciência Animal, junto a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

A partir do modelo formulado pela pesquisa transformada na dissertação “Monitoramento da Indução do Diabetes Mellitus em Ratos Wistar com Aloxana em Diferentes Doses”, conforme a doutora Rosa Maria, existem outras pesquisas em desenvolvimento no mestrado em Ciência Animal, além de projeto junto a Unesp, onde também ocorre a indução do diabetes em ratos e é feita avaliação laboratorial, com os diabéticos saudáveis submetidos a exercícios físicos. O coordenador do mestrado, doutor Vamilton Álvares Santarém, prestigiou o ato de anúncio do resultado da avaliação e apresentou à doutora Patrícia o agradecimento institucional.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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