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Moscas em local de extração de leite são risco à saúde

Transmitem bactérias podem causar doenças em bezerros e vacas, contaminar o leite e o queijo fresco


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Foto: João Paulo Barbosa Moscas em local de extração de leite são risco à saúde
Josaine mostra como fez a captura das moscas, com garrafas pet
Foto: João Paulo Barbosa Moscas em local de extração de leite são risco à saúde
Banca de avaliação durante o momento das arguições
Foto: João Paulo Barbosa Moscas em local de extração de leite são risco à saúde
Josaine com os doutores Giuffrida, Mariza e Santarém


Atuando como vetores mecânicos as moscas representam risco à saúde humana e animal, conforme os muitos estudos feitos sobre diferentes atividades em territórios urbanos. São responsáveis pela veiculação de microrganismos ao pousarem em superfícies contaminadas e depois em alimentos. Promovem a transmissão de doenças, como são os casos de distúrbios gastrointestinais. No segmento da ciência animal no Brasil é escassa a literatura científica que envolve moscas sobre atividades em territórios rurais, ambiente no qual foi realizado experimento para a produção de dissertação na pós-graduação stricto sensu da Unoeste, resultando em importante contribuição à ciência.

A médica veterinária Josaine Leila Almeida desenvolveu, nos últimos dois anos e meio, pesquisa em fazendas produtoras de leite na região norte do Paraná. Houve a constatação de que moscas, enquanto transmissoras de bactérias, causam doenças em bezerros, na medida em que pousam em local contaminado e depois na teta de vaca. Podem ainda contaminar o leite e até mesmo o queijo fresco. Também oferecem risco de transmissão às vacas, nos alimentos expostos em cochos. Outra agravante é a de que as bactérias demonstram resistência a alguns tratamentos com antibióticos, conforme experimentos durante a pesquisa.

O orientador Dr. Rogério Giuffrida diz que o estudo orienta aos produtores de leite que mantenham as populações de moscas sob controle, através de medidas como a limpeza das fezes bovinas em local de extração do leite e adote vários cuidados de higiene. Comenta ainda que, se for o caso, faça o controle químico, com inseticida. Os estudos recaíram sobre as famílias de moscas Sarcophagidae, que se alimenta de animais em decomposição; Muscidae que é a doméstica; e Calliphoridae, a varejeira de origem africana que, por serem grandes, carregam maior quantidade de bactérias e fungos. Todas elas transmitem enfermidades infecciosas e parasitárias.

As coletas das moscas ocorreram em 30 propriedades nos municípios de Abatiá, Andirá e Bandeirantes. Como os proprietários têm a extração de leite como atividade secundária, para complementação de renda, os rebanhos são pequenos, com variação de nove a 23 vacas. A ordenha é manual. A produção por fazenda vai de 15 a 250 litros por dia, contribuindo para que o Paraná represente com 10% no quadro nacional. Durante a defesa pública da dissertação intitulada “Papel Dípteros Muscóides como Potenciais Vetores de Agentes Bacterianos em Fazendas de Leite na Região do Norte do Paraná”, Josaine descreveu todos os passos da pesquisa para qual capturou 192 moscas, aleatoriamente, das três famílias.

Houve a aprovação da dissertação, qualificando a autora a receber o título de mestre em Ciência Animal, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. Estiveram com Giuffrida, na banca de avaliação, o coordenador do mestrado, Dr. Vamilton Álvares Santarém, e a convidada como membro externo Dra. Mariza Fordelloni, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Procedente de Ariquemes (RO) e radicada em Bandeirantes (PR), Josaine foi estimulada a promover publicações científicas e elogiada por contribuir com o estudo na área de saúde pública, um segmento que tem ampliado o mercado de trabalho para o médico veterinário.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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