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Pesquisa sinaliza estudos sobre toxocaríase em seres humanos

Modelo experimental é aplicado em coelhos e a resposta imunológica indica persistência num longo período


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa sinaliza estudos sobre toxocaríase em seres humanos
Lundia durante a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa sinaliza estudos sobre toxocaríase em seres humanos
Banca avaliadora durante o período de arguições
Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa sinaliza estudos sobre toxocaríase em seres humanos
Lundia com os doutores Santarém, Lisiane e Giuffrida


Estudos sobre toxocaríase são realizados em coelhos, o que consiste num diferencial já que o mais comum nesse tipo de experimento é a utilização de ratos. Uma escolha que recaiu no fato de permitir o acompanhamento durante um maior período, inclusive em relação aos filhotes. Pesquisa realizada na Unoeste mostra que a resposta imunológica pode persistir por um longo período. Constatação que não é conclusiva, mas que sinalizada para outros estudos com relação à doença em seres humanos.

Também conhecida como Síndrome da Larva Migrans Visceral, a toxocaríase é causada pelo parasita Toxocara que tem animais como hospedeiros definitivos, entre eles os cães. Mais frequentemente, a infecção ocorre em cachorros, com predominância sobre as cadelas e seus filhotes. Fato agravante ocorre quando a cadela faz a ingestão de ovos infectantes, ao higienizar as fezes ou vômitos dos filhotes infectados na placenta ou durante a amamentação.

No organismo, o ovo embrionado libera a larva no estômago e intestino delgado e ao penetrar na mucosa intestinal atingem a circulação e chegam ao fígado para depois atingir o coração e os pulmões, por meio da corrente sanguínea. Daí, podem passar dos bronquíolos à traqueia e faringe, músculos e até para o cérebro. O ser humano também contrai a doença mediante a ingestão do ovo em carne crua ou mal cozida, já que o parasita pode migrar do cão para o suíno ou bovino.

As consequências são as mais variadas, podendo incluir insuficiências hepática e pulmonar. Se for para o olho, pode diminuir o grau de visão e até provocar cegueira. No sistema nervoso pode causar miningoencefalite, epilepsia, entre outras doenças. Os estudos que resultaram na dissertação “Avidez de Anticorpos (IGG) Anti-toxocara canis em Coelhas Infectadas Experimentalmente e suas Progênies”, produzida pela autora da pesquisa Lundia Luara Cavalcante Bin, orientada pelo Dr. Vamilton Alvares Santarém.

Os resultados tornaram-se públicos na tarde desta sexta-feira (23) quando da defesa em banca examinadora do mestrado em Ciência Animal, mantido junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, que contou com os doutores Rogério Giuffrida e Lisiane de Almeida Martins, da Unipar. No experimento, durante 60 dias, foram infectadas pós-gestação uma dúzia de coelhas e cinco formaram o grupo controle. A coleta de sangue foi feita nas 12 e em seis filhotes. Nenhum apresentou sintoma clínico da doença, embora com alto índice de avidez a partir dos 14 dias, o que representa que a reposta imunológica foi alta na fase inicial da doença. A infecção em cada coelha se deu com mil ovos.

Os estudos experimentais ocorreram na Unoeste e a análise laboratorial foi feita no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, USP, sob a orientação da doutora Guita Rubinsky-Elefant. Conforme Santarém, não é a primeira vez que a prevalência de anticorpos é estudada na Unoeste. Outros dois estudos já trataram do assunto. Um deles com 252 crianças que passaram por exames laboratoriais, das quais 11% apresentaram anticorpos. Outro com 253 adultos doadores de sangue, com o índice de 8,7%.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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