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Educação de qualidade requer estímulo ao pensamento inovador

Inovação quebra paradigmas é o foco para um desenvolvimento social e econômico sustentável, com oportunidades


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Foto: João Paulo Barbosa Educação de qualidade requer estímulo ao pensamento inovador
Lotação do teatro César Cava durante a abertura do Enepe 2014
Foto: João Paulo Barbosa Educação de qualidade requer estímulo ao pensamento inovador
Guelfi, Angelita, Cesar, Mota e Creste durante a cerimônia
Foto: João Paulo Barbosa Educação de qualidade requer estímulo ao pensamento inovador
Mota: não existe inovação sem educação de qualidade e acessível


Mediante a constatação de que nenhuma geração passa por transformação tão grande como a atual, o pesquisador Ronaldo Mota entende que educação de qualidade requer estímulo ao pensamento inovador. “Sem inovação não temos instrumentos capazes para que possamos almejar desenvolvimento social e ambiental sustentável”, afirmou ao fazer da conferência de abertura do Enepe 2014 um momento de profunda reflexão sobre “Sociedade, Equidade e Sustentabilidade”, o tema do Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unoeste.

A brilhante oratória, construída pela sucessão lógica de causas e efeitos, possibilitou estabelecer a cronologia das grandes transformações vividas pela humanidade. A viagem pelo tempo estabeleceu o caminho a partir da concepção de origem da escola por filósofos gregos, 400 anos antes de Cristo, para chegar aos dias atuais. Para o conferencista, inovação é a palavra-chave para o desenvolvimento social e econômico sustentável, capaz de gerar oportunidades.  Todavia, não tem como promover inovação sem educação de qualidade e acessível.

Ao classificar como errada a tradicional metodologia da sala de aula, onde o estudante vê o assunto pela primeira vez, a defesa é de que sejam utilizadas as tecnologias da informação para abastecer o aluno, previamente, com o conteúdo a ser tratado. Assim, haverá contribuição em formá-lo para o mundo da inovação. Nesse sentido, o compromisso dever ser ensinar para aprender a aprender, diante do conceito de que o que se aprende não se esquece. “Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que aprendeu”, pontuou.

O entendimento é de que o aprender não significa apenas reprodução, mas especialmente adquirir habilidades e competências para criar, inovar e quebrar paradigmas.  Inserido no aprender está o ato de avaliar, que também deve atentar para os desafios da vida profissional. Portanto, a avaliação não deve ser apenas individual, mas também coletiva, por conta de que profissionais trabalham em equipe, em processos colaborativos, nos quais as soluções de problemas ocorrem à luz das informações que constroem saberes, que não são apenas os escolares.

Na visão de Mota, o ensinar ficou mais complexo. Cabe ao profissional docente fazer o que já faz em suas aulas, mas também fazer o que ainda não fez. Se antes, o aluno era preparado para bons empregos, atualmente é ele quem deve se preparar para criar as boas oportunidades de negócios. “Oportunidades de negócios vão aumentar, empregos irão reduzir”. Foi mais além, ao dizer que dentro de 30 anos haverá profissões que não são conhecidas hoje e as conhecidas, certamente, serão exercidas com atuações bem diferentes.

Tudo passa pela inovação, “que não é um raio que cai do céu; é algo que se produz e desenvolve; é algo extremamente conectado com a educação”. No contexto, o exemplo esteve no comparativo entre a ciência aplicada no século 20 e a do século 21. Se antes, a crença científica era de que a tecnologia gerava inovação, hoje o cientista precisa alargar suas fronteiras do conhecimento. Na condição de que inovação deixa de ser o fim para ser o começo, não há que se prender à sequência cronológica da ciência (pesquisa) para criar tecnologia que irá gerar inovação.

A tecnologia como transformadora da natureza a serviço do homem, nem sempre é bem-sucedida quando criada e experimentada cientificamente. Logo, apenas parte da tecnologia chega ao mercado em forma de produtos ou serviços. Ao atender as demandas, então gera inovação. Inovar é a tecnologia com aplicabilidade prática e, neste século 21, que é tão transformador, produtos e serviços são tão inovadores que geram demanda por si próprios. Daí, a demanda cria o processo de pesquisa e não necessariamente a tecnologia, por já estar implícita.

“Inovação é o centro de todos os processos que geram as organizações sociais no mundo presente”, afirmou o autor do livro recém-publicado “Educando para a Inovação e Aprendizagem Independente”, produzido juntamente com o pesquisador britânico David Scott. Publicação facilmente encontrada em sites, como o da editora Elsevier, e com dois exemplares disponibilizados à Rede de Bibliotecas da Unoeste ao fazer a conferência na noite desta segunda-feira (20), no teatro César Cava, no campus I da Unoeste, quando falou para professores e estudantes da graduação e pós-graduação.  

Cerimônia – Apresentações culturais fizeram parte da abertura do Enepe, com música, dança, exibição da linguagem de libras em interpretação musical e leitura do texto Estatutos do Homem, no qual o autor Thiago Mello decreta a mais sublime das obrigações humanas: a esperança. O professor Josué Pantaleão coordenou a apresentação feita por estudantes de Comunicação Social, sendo que parte deles contribuiu com o serviço de recepção conduzido pela professora Édima Mattos. A de libras envolveu a professora Valéria Tassinari, vinculada ao curso de Letras e afins, e banda foi formada por professores da licenciatura em Música. Na execução do hino nacional brasileiro foi utilizado o vídeo institucional da Unoeste, no qual aparecem aves que têm como habitat o campus II.

Em nome do chanceler Agripino de Oliveira Lima Filho e da reitora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, o diretor administrativo da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec), mantenedora da universidade, Augusto Cesar de Oliveira Lima ao declarar oficialmente aberto o Enepe comemorou o recorde de 3,5 mil inscritos confirmados, os expressivos números de 1153 trabalhos e de 62 instituições de ensino superior, públicas e privadas, se fazerem representar, sendo elas de oito estados e do Distrito Federal. Agradeceu a todos os envolvidos. Gratidão também manifestada pelos pró-reitores.  A pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária, Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima, falou ainda sobre os tempos modernos, dominado pelas tecnologias, para fazer um apelo às relações humanas, do olhar, do toque...

O pró-reitor Acadêmico, José Eduardo Creste, vê no Enepe um evento que a cada ano se agiganta e que a edição atual representa um novo momento de discussão de temas muito significativos para a sociedade no âmbito da universidade, da cidade, região e do país. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Adilson Eduardo Guelfi, citou a conferência das Nações Unidas Rio+20, para dizer que o tema do Enepe 2014 vai ao encontro daquilo que o mundo observa: sociedade, equidade e sustentabilidade. O cerimonial foi conduzido pelo assessor de relações interinstitucionais Antonio Fluminhan Júnior. O Enepe prossegue nesta terça-feira (21) com o 11º Encontro Anual de Ensino Superior (Enaens), na quarta-feira (22) com o 19º Encontro Anual de Pesquisa Institucional e Iniciação Científica (Enapi) e na quinta-feira (23) com o 12º Encontro Anual de Extensão (Enaext).

Detentor de vasto currículo, vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e reitor da Universidade Estácio de Sá, Ronaldo Mota esteve pela primeira vez na Unoeste, em atenção ao convite de César Lima, a quem conheceu em Londres, juntamente com Angelita Lima. Além dessa aproximação com a Unoeste, sua relação com Presidente Prudente vem da infância, quando morava em Assis (SP) e vinha à cidade para assistir jogos do campeonato paulista, disputados pela Associação Prudentina de Esportes Atléticos (Apea).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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