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Período seco influi na melhor qualidade espermática de touro

É a estação aconselhável de congelar o sêmen para inseminação ou de monta natural de gado em confinamento


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Foto: João Paulo Barbosa Período seco influi na melhor qualidade espermática de touro
Juliana ao fazer a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Período seco influi na melhor qualidade espermática de touro
Doutores Sandra, Chacur e Inês durante a avaliação
Foto: João Paulo Barbosa Período seco influi na melhor qualidade espermática de touro
Juliana com os doutores Chacur, Inês e Sandra


A zootecnista Juliana Domingos Archanjo dos Reis desenvolveu pesquisa sobre a influência do clima nas características do sêmen de touros. A constatação foi de melhor qualidade espermática na estação da seca. Do ponto de vista prático o aconselhamento aos criadores é de que o sêmen a ser congelado para inseminação seja extraído nesse período em que o touro apresenta maior habilidade de fertilização.

A monta natural somente é aconselhável nessa época do ano se o gado estiver confinado ou mesmo semiconfinado. É que no caso da criação extensiva, pastos secos representam vacas magras que não apresentam cio. Para o orientador da pesquisa, Dr. Marcelo George Mungai Chacur, a importância do experimento reside no fato que existe pouca literatura produzida sobre o assunto no Brasil.

Também é considerado o fato de ter sido feito numa região de expressão pecuária, que é a de Presidente Prudente, onde se concentra o maior rebanho bovino do Estado de São Paulo, com cerca de 2 milhões de cabeças. “Existem vários experimentos nessa área de concentração de fisiopatologia animal, relacionando clima e reprodução, mas que estão na Europa. Então, sobre a raça zebuína a literatura é escassa”, disse Chacur.

“A pesquisa realizada na Unoeste mostrou que o clima interfere na qualidade da produção do sêmen de touros. Essa interferência, pelo verificado no experimento, é, mas deletéria na estação chuvosa. Provavelmente porque a umidade relativa do ar é maior, o que significa maior sensibilidade do animal às temperaturas elevadas. Isso afeta a qualidade do sêmen. Então, sugere-se que a qualidade do sêmen é melhor na época da seca”, pontuou o orientador.

Para a doutora em reprodução animal, Sandra Helena Gabaldi Wolf, o experimento desenvolvido por Juliana foi conduzido da melhor maneira possível, com os dados bem apresentados e discutidos durante a defesa pública de sua dissertação no mestrado em Ciência Animal, na tarde desta segunda-feira (23). “É boa essa conclusão de que o período seco leva à melhor qualidade espermática dos touros, com maior habilidade de fertilização”, disse Sandra, que avaliou a dissertação juntamente com a Dra. Inês Cristina Giometti.

Juliana fez o experimento com sete touros, sendo cinco nelore e os outros simental. “A motilidade espermática na estação seca [outono/inverno] para os taurinos e os defeitos espermáticos totais na estação chuvosa [primavera/verão] para esse mesmo grupo de animais mostraram-se como pontos de estrangulamento dentro da análise do espermograma, sugerindo especial atenção dos mesmos quando da seleção de touros para fins de monta natural”, pontuou.

Com a devida aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (Ceua), os touros utilizados tinham 48 meses, criados a campo. As colheitas do sêmen foram a cada 15 dias por eletroejaculação, com 168 ejaculadas, mantidas em banho-maria com temperatura de 32 a 35 graus, em ambiente monitorado diariamente. As avaliações da morfometria testicular e escrotal, qualidade do sêmen e perfil proteico do plasma seminal nas estações seca e chuvosa mostraram que a criação a campo sofre influência direta do clima.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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