Uso de drogas é discutido em evento da Medicina

A luta contra as drogas é um desafio mundial! Esse mal tem acometido pessoas de todas as classes sociais, principalmente os jovens. Para debater os riscos e conscientizar sobre a importância de manter distância dessas substâncias ilícitas e lícitas, o curso de Medicina da Unoeste, com apoio da Liga Acadêmica de Toxicologia, realiza a 16ª Semana de Prevenção ao Uso de Drogas. O evento ocorreu na noite de ontem (2) e lotou o teatro César Cava. A novidade deste ano foi a parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o qual iniciou um programa de educação continuada para também abordar este tema nas universidades. O vice-presidente do órgão, Dr. Mauro Aranha de Lima, foi um dos palestrantes.

Também participaram do evento o pró-reitor Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste, a coordenadora pedagógica da graduação, Dra. Nilva Galli, e o conselheiro do Cremesp em Presidente Prudente, Dr. Roberto Lofti Júnior. A docente e uma das idealizadoras da semana, Dra. Rita Higa, diz que a universidade está preocupada com o aluno e o futuro profissional. “Um dos males do século são as drogas. Então, toda essa semana é para que o aluno entenda que jamais ele pode se aproximar dessas substâncias. Elas fazem mal durante a vida acadêmica e afastam e destroem a vida profissional”, relata.

A coordenadora pedagógica pontua que eventos como este são para sensibilizar os estudantes. “Sendo assim, com todas as informações, acreditamos que eles possam refletir bastante sobre esse problema tão sério que, infelizmente, atinge a classe médica”. Para iniciar o tema, o psiquiatra e professor do curso, Dr. Alexandre Duarte Gigante, falou sobre o uso de drogas entre os estudantes de Medicina e apresentou estudos e pesquisas, como a prevalência do uso de substâncias em diversas faculdades e, dentre outros aspectos, mostrou estatísticas do uso mundial tanto de drogas lícitas quanto de ilícitas.

Em seguida, o vice-presidente do Cremesp abordou o uso de drogas e casos de dependência entre médicos. Segundo ele, outro fator que merece destaque é a automedicação por parte dos próprios médicos. “Alguns desses profissionais são acompanhados pelo conselho porque não têm condições de trabalho. Então, da mesma forma que vigiamos para que esse médico não clinique enquanto não se tratar, também favorecemos o tratamento dele com ações promovidas pelo conselho, entre elas uma rede de atendimento específica para médicos”.

O conselheiro regional revelou que o órgão tem notado que o uso de drogas entre universitários aumenta. Por isso, está sendo realizado esse programa de educação continuada, iniciando em Prudente. “O objetivo é alertar estudantes e médicos mais jovens do risco, pois eles, pela profissão, estão mais propensos ao uso, principalmente pela facilidade de acesso”.