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Fotografia como método de coleta de dados facilita pesquisa

Adolescentes e jovens se envolvem mais, permitindo resultados que poderiam não ser alcançados com entrevistas


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Foto: João Paulo Barbosa Fotografia como método de coleta de dados facilita pesquisa
Dra. Alison Baker ao ministrar aula no mestrado em Educação
Foto: Gabriela Oliveira Fotografia como método de coleta de dados facilita pesquisa
Estudantes de Psicologia da Unoeste durante a palestra da Dra. Alison Baker
Foto: Gabriela Oliveira Fotografia como método de coleta de dados facilita pesquisa
Reunião da Dra. Alison Baker com grupo de pesquisadores


Ao promover a 1ª Jornada Internacional de Práticas Educativas em Contextos de Risco, o Programa de Mestrado em Educação da Unoeste, possibilita ao público envolvido ampliar os conhecimentos sobre um método de pesquisa científica muito interessante: o Photovoice. A criação de Caroline Wang e Mary Anne Burris, no começo dos anos 90, ganha cada vez mais adeptos na comunidade científica mundial, como é o caso da pesquisadora australiana Alison Baker convidada para a jornada realizada esta semana. Ao expor sobre o assunto, nesta quarta-feira (10), deixou o entendimento de que a fotografia, como método de coleta de dados, facilita a pesquisa, especialmente nos casos em que os sujeitos pesquisados são adolescentes ou jovens, avessos à tradicional técnica da entrevista e amplamente abertos às artes visuais.
 
A estratégia metodológica de coleta de dados tem como princípios promover participação e conscientização dos indivíduos sobre os problemas de suas comunidades, a partir de registros fotográficos feitos por eles próprios. Através dos registros feitos, refletem sobre as realidades, com vistas às mudanças sociais e políticas. O retrato da realidade cotidiana permite exercitar o poder visual das imagens para narrar os significados, percepções, atitudes e saberes sobre determinado fato. O procedimento participativo, presente em sua base teórica, conta com princípios como os da teoria da educação para a consciência crítica, desenvolvida pelo brasileiro Paulo Freire. A perspectiva é da ação, diálogo, reflexão e conscientização, para então influenciar nas forças políticas e sociais que conduzem o dia a dia das pessoas.
 
O Photovoice apresenta a riqueza da facilidade e possibilidades que a imagem tem como forma de expressão, independente do discurso oral ou escrito. “Usando as artes visuais eles se envolvem e fica mais fácil de trabalhar”, disse a pesquisadora em relação aos adolescentes e jovens. “Se falar em entrevista, eles se sentem um pouco estranhos. Não se sentem à vontade. Como nosso trabalho é entender a vida deles, não podemos deixar que se fechem”, comentou para daí em diante expor detalhadamente como tem aplicado o método em sua pesquisa realizada em El Salvador, na América Central, para investigar como os jovens são inseridos em suas comunidades. Doutora em psicologia comunitária, Alison Baker está vinculada à Victoria University, em Melbourne, na Austrália.
 
Em caráter de tópicos especiais, a aula realizada no auditório Jacarandá, no campus II da Unoeste, envolveu pesquisadores e estudantes da pós-graduação stricto sensu, com os quais a convidada conversou o tempo todo. Abriu a conversa contando que toda sua formação ocorreu nos Estados Unidos, na Universidade da Carolina do Norte, onde se tornou Ph.D em psicologia comunitária. Sua graduação é em sociologia. Quando desenvolveu pesquisa em El Salvador, morou por dois anos na comunidade dos sujeitos objetos de sua investigação. Nesta sua vinda ao Brasil, esteve num congresso em Fortaleza (CE), antes de vir para Presidente Prudente, atendendo ao convite interinstitucional que envolve a Unoeste e a Unesp, por intermédio do estudante de doutorado em educação Alex Pessoa e de sua orientadora doutora Renata Libório. Alex conheceu Alison ao fazer parte de seus estudos na Austrália.
 
Em sua estada na Unoeste, na manhã de terça-feira (9) esteve reunida com um grupo de pesquisadores. À noite, falou para estudantes de Psicologia, no auditório Azaleia, com envolvimento na organização de Alex Pessoa, na condição de aluno do curso (além de fazer o doutorado na Unesp), da professora Camélia Santina Murgo Mansão e da diretora Regina Gioconda de Andrade. Discorreu sobre o tema “Explorando Caminhos para Transformação Social Através da Psicologia Comunitária e da Libertação”. Nesta quarta-feira (10), a aula foi programada para o dia todo.
 
Encontro prestigiado por Camélia, na condição de coordenadora do Programa de Mestrado em Educação, juntamente com seus colegas doutores Raimunda Abou Gebran (vice-coordenadora), Maria de Lourdes Zizi Trevizan Perez, José Camilo dos Santos Filho, Adriano Rodrigues Ruiz, Adriana Aparecida de Lima Terçariol, Maria de Fátima Salum Moreira, Helena Faria de Barros, Carmen Lúcia Dias, Genivaldo de Souza Santos e Marcos Vinícius Francisco. Atuaram como tradutoras as estudantes do mestrado em Educação, Carmen Silvia Lima Fluminhan e Eliane Nascimento. Na quinta-feira (11), Alison visitará o projeto Aquarela, que atende crianças e adolescentes no Parque Ecológico Cidade da Criança; e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Jardim Cambuci, na zona leste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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