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Estudo busca disposição para cão com displasia coxofemoral

Aplicação de toxina botulínica em animal com a doença degenerativa objetiva oferece qualidade de vida


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo busca disposição para cão com displasia coxofemoral
Gabriel Montoro Nicácio: aprovado mestre em Ciência Animal
Foto: João Paulo Barbosa Estudo busca disposição para cão com displasia coxofemoral
Nicácio entre as doutoras Renata e Rosa, e ao fundo o Dr. Stélio

O cão portador de displasia coxofemoral, doença que provoca anormalidade das articulações, está sujeito a dificuldades em realizar movimentos como os de sentar, levantar, subir escadas, caminhar e correr. Sua disposição fica comprometida com essa doença degenerativa. Estudo científico desenvolvido no Programa de Mestrado em Ciência Animal, que tem como área de concentração a fisiopatologia, busca pela qualidade de vida mediante tratamento analgésico, com a aplicação de toxina botulínica.

O médico veterinário Gabriel Montoro Nicácio, orientado pela Dra. Renata Navarro Cassu, desenvolveu pesquisa na qual obteve, nos tratamentos realizados, redução dos sinais clínicos associados à displasia coxofemoral.

O resultado da pesquisa tornou-se público nesta quarta-feira (25) na banca de defesa da dissertação produzida com o título “Toxina botulínica tipo A intra-articular como adjuvante no controle da dor em cães com displasia coxofemoral”. O estudo teve o objetivo de avaliar a administração intra-articular (IA) da toxina botulínica tipo A (BoNT/A) como auxílio no controle da dor crônica em cães com displasia coxofemoral (DCF). Em delineamento duplo-cego, 14 cães foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: BoNT (n=7): administração IA de 25U (0,5 mL) de toxina botulínica; Controle (n=7): administração IA de 0,5 mL de solução salina.

Para todos os animais foi prescrito tratamento convencional com carprofeno (15 dias) e sulfato de condroitina (90 dias). Os sinais clínicos da displasia coxofemoral foram avaliados antes do tratamento (basal), 15, 30, 60 e 90 dias após a injeção intra-articular, por sistema de escore, pelo pesquisador; e mediante questionários respondidos pelos proprietários dos cães, empregando-se o Breve Inventário de Dor Canina (BIDC) e o Indicador de Dor Crônica de Helsinque (IDCH). A intervenção analgésica foi permitida se o somatório dos escores do BICD e/ou IDCH excedesse 50%.

Os resultados foram analisados pelo teste t não-pareado, ANOVA, teste de Tukey (P<0,05). Não houve diferença entre os grupos nos escores avaliados pelo médico veterinário ou pelos proprietários (BIDC e IDCH). Na comparação ao longo tempo, escores inferiores foram observados em ambos os grupos durante 90 dias em relação ao basal na avaliação do pesquisador e no IDCH. O mesmo resultado foi obtido na avaliação pelo BIDC para o grupo controle, enquanto no grupo BoNT a diferença só foi necessária durante o período de avaliação. Ambos os tratamentos reduziram os sinais clínicos associados à DCF, porém a administração adjuvante de toxina botulínica não potencializou os resultados.

Conforme a Dra. Renata, apesar do resultado não ter sido o esperado, tendo ficado um pouco abaixo da expectativa, há que se considerar a sua importância e a continuidade do estudo, que teve o aporte financeiro, na aquisição de materiais, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Deveremos aumentar o número de animais, na busca de resultados mais consistentes”, disse a orientadora. A banca examinadora foi composta pelos doutores Stélio Pacca Loureiro Luna, convidado da Unesp em Botucatu, e Rosa Maria Barilli Nogueira. A participação de Luna ocorreu por teleconferência, possibilitada, na sala de reunião 1 da Reitoria (campus I), pelo coordenador de web Eduardo Rizo e Mário Pazotti.  

Várias foram as contribuições proporcionadas pelos examinadores que aprovaram o trabalho de Nicácio, que passa a ostentar o título de mestre em Ciência Animal. Parabenizado pelos avaliadores, o mais novo mestre dessa área pela Unoeste foi elogiado por sua orientadora como aluno exemplar na graduação, na especialização e agora no mestrado, ao ponto de ter sido convidado e estar lecionando no curso de Medicina Veterinária. Disse que, enquanto aluno, esteve sempre em processo de evolução, se aperfeiçoando, se formando intelectualmente e se transformando enquanto pessoa. Luna e Rosa elogiaram a orientadora, com o pesquisador da Unesp afirmando que a Dra. Renata tem se despontado muito na área de analgesia, sendo citada em publicações científicas.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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