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Assentados são carentes de planejamento e prática ambientais

Constatação é feita por estudo científico desenvolvido em assentamento no município de Mirante do Paranapanema


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Foto: João Paulo Barbosa Assentados são carentes de planejamento e prática ambientais
Anderson Lima durante a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Assentados são carentes de planejamento e prática ambientais
Banca examinadora: doutoras Edilene, Alba e Rosângela
Foto: João Paulo Barbosa Assentados são carentes de planejamento e prática ambientais
Anderson com as doutoras Alba, Rosângela e Edilene


O consultor em meio ambiente, Anderson Murilo de Lima, desenvolveu trabalho de pesquisa com abordagem na questão do planejamento ambiental, como ferramenta de gestão, aplicado à agropecuária na agricultura familiar. O estudo foi realizado no assentamento São Bento III, em Mirante do Paranapanema (SP), município com o maior número de assentamentos e assentados do Brasil, respectivamente 37 e 1.650 famílias.  A relevância da produção científica se sustentou no contexto dos modos de produção sustentável, de respeito às leis da natureza, do bem estar humano e de melhores níveis de renda.

Junto ao mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, ofertado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, o trabalho constou com pesquisa bibliográfica e investigação qualitativa realizada a campo, envolvendo 20 produtores rurais assentados. Trabalhadores selecionados com o objetivo de traçar o perfil socioeconômico-cultural, depurar a relação de proteção ao meio ambiente e saber sobre a aplicação de planejamento ambiental. “Os resultados demonstraram falhas na aplicação das políticas públicas de apoio ao produtor em relação às questões ambientais. Foi verificado que o planejamento ambiental é pouco utilizado”, afirma o autor do estudo.

Não existem ações de educação ambiental e nem práticas de preservação do meio ambiente ou a gestão de resíduos oriundos das atividades agropecuárias, sendo que 80% dos entrevistados não sabem o que é planejamento ambiental. “Ou seja, praticamente não foram identificadas metodologias estruturadas de planejamento ambiental por parte do produtor assentado”, pontua. Diz que também não há suporte oficial e que as práticas ocorrem de acordo com a visão de mundo de cada produtor ou em resposta aos impactos ambientais advindos de suas atividades no dia a dia.

Dentro de suas condições e recursos disponíveis, alguns produtores criam pequenas soluções práticas que ajudam a reduzir impactos e a maximização de recursos naturais. Lima fez na manhã desta quinta-feira (26) a defesa publica de sua dissertação: “Agricultura familiar no assentamento São Bento III – Mirante do Paranapanema/SP: uma discussão sobre a importância do planejamento ambiental como ferramenta de gestão”. Orientado pela Dra. Alba Regina Azevedo Arana, avaliado pelas doutoras Edilene Mayumi Murashita Takenaka e Rosângela Aparecida de Medeiros Hespanhol, convidada junto à Unesp em Presidente Prudente, Lima foi aprovado para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Ao finalizar sua apresentação, Lima formalizou as seguintes propostas de ações futuras: apresentar os resultados da pesquisa aos produtores assentados, subsidiar o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) para promover capacitação e disseminar a cultura de planejamento ambiental e educação ambiental; promover estudos para a formatação de programas e ações de apoio pela esfera pública para os produtores assentados para (1) implementação de um laticínio para o aumento de agregação de valor ao produto leite e (2) mapeamento da biodiversidade da região do assentamento para integração das práticas de produção sustentável através do planejamento ambiental; buscar programa de financiamento para o planejamento e renovação das pastagens privilegiando a metodologia e técnicas da agricultura natural; e criar convênio guarda-chuva envolvendo Itesp, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria Estadual de Agricultura e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – gado de leite – para ações conjuntas no assentamento.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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