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Abordagem superficial impede filosofia de cumprir seu papel

Constatação é feita em estudo científico sobre concepção política curricular do Programa São Paulo faz Escola


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Foto: João Paulo Barbosa Abordagem superficial impede filosofia de cumprir seu papel
Leandro Filho e os doutores Francisco, Érika e Mendonça
Foto: João Paulo Barbosa Abordagem superficial impede filosofia de cumprir seu papel
Banca examinadora: doutores Érika, Francisco e Mendonça


Saber qual o papel do professor de filosofia no currículo educacional paulista. Esse foi o objetivo do professor de ensino básico em escola pública na região de Presidente Prudente, José Antônio Leandro Filho. Para isso, desenvolveu estudo científico junto ao Programa de Mestrado em Educação, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. Constatou-se que a abordagem superficial e aligeirada impede o professor de cumprir seu papel. Com isso, a disciplina deixa de responder a finalidade de contribuir na formação crítica e reflexiva do aluno.

Os resultados da pesquisa qualitativa, que teve como procedimento metodológico a análise documental, foram apresentados nesta sexta-feira (19) em banca de defesa pública da dissertação composta pelos doutores Marcos Vinícius Francisco, Érika Porceli Alaniz e Samuel Mendonça, convidado junto à Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC).  Um dos resultados apontou que a política educacional praticada no Estado de São Paulo confere ênfase ao discurso de competências e habilidades, “em consonância com os cânones do neoliberalismo”, conforme pontuou o autor do estudo.

Em relação à política neoliberal, disse que as influências advêm dos órgãos regulatórios internacionais, citando instituições como: Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Internacional para Reconstrução de Desenvolvimento (Bird), enquanto instituição que proporciona empréstimos e assistência para o desenvolvimento de países com bons antecedentes de crédito, mas que exige determinados compromissos, como o de investir na melhoria da educação “Órgãos que estão a serviço do capital e que privilegiam a educação voltada para o mundo do trabalho”, disse.

De acordo com o estudo, o componente curricular de filosofia torna-se pragmático diante de um material que chega pronto para professores e alunos. “Por trás dessa lógica não há grandes exigências para que o professor tenha conhecimento aprofundado e tão pouco sólida formação, basta apenas dominar algumas habilidades e técnicas para manusear o material”, afirmou para dizer que tudo isso vem acrescido da baixa carga horária para o professor aprofundar as diferentes temáticas da filosofia. “Os conteúdos, muitas vezes, são abordados de forma superficial e aligeirada; fatos que impedem o professor de trabalhar a disciplina, no sentido de desenvolver o caráter crítico e reflexivo.

Em síntese, houve o entendimento de que o currículo para a disciplina no ensino básico paulista apresenta excesso de conteúdo, sem que ocorra aprofundamento da discussão filosófica. A banca avaliadora promoveu ampla discussão sobre o tema, mediante arguições voltadas para contribuir com publicações científicas dos resultados da pesquisa; com o estímulo de nova etapa de análise em estudos no doutorado. Aprovado para receber o título de mestre em Educação, Leandro Filho disse que pretende prosseguir com a pesquisa na pós-graduação stricto sensu. Os principais elogios recaíram sobre o fato de ser um professor da educação básica pública, inserido no campo da produção científica.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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