Consórcio para o Suasa tem adesão inicial de 10 municípios

A criação de consórcio intermunicipal obtém inicialmente 10 adesões para o credenciamento de pequenos produtores no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A iniciativa do Conselho de Desenvolvimento Territorial Rural (Codeter) do Pontal do Paranapanema atende a proposta de amparo ao trabalhador da agricultura familiar, formulada pelo governo federal e com o envolvimento dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Outras adesões estão previstas a partir de entendimento com a União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal), que congrega 32 afiliados.

As primeiras aceitações foram feitas em plenária do Coteder, realizada na quarta-feira (17) numa das salas de aula da pós-graduação, no campus II da Unoeste. Confirmaram participação: Martinópolis, Caiuá, Presidente Venceslau, Rosana, Euclides da Cunha, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Mirante do Paranapanema, Rancharia e Teodoro Sampaio. Agora, membros do Codeter aguardam agendamento de reunião com o presidente da Unipontal, Marco Rocha, que é prefeito de Regente Feijó. O prefeito de Martinópolis, Antônio Leal Cordeiro, é quem se empenhará no sentido de viabilizar o encontro.

Em síntese, o consórcio proporcionará aos pequenos produtores o serviço de inspeção sanitária, permitindo o processamento de produtos de origem animal e vegetal, resultando em benefícios na comercialização junto aos programas de políticas públicas de aquisição de alimentos. No mais, ajudará agregar valor aos produtos, dando condições do agricultor familiar fugir do intermediário, praticando a venda direta. O professor doutor Alexandre Bertoncello – vinculado aos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Agronegócio da Unoeste – mostrou os benefícios do consórcio para os participantes da reunião na universidade, a maioria membros de associações de produtores rurais.

“O cenário da região de Prudente, em termos de produção agropecuária, apresenta média inferior a de outras regiões do Estado de São Paulo, especialmente pela baixa tecnologia. Não há investimento, por falta de mercado para vender. Predomina a incerteza, exatamente por não se saber o que irá acontecer. Então, o consórcio é a uma ferramenta importante para quebrar esse paradigma, por dar a certeza do mercado absorver o que for produzido. Assim, só dependerá do produtor fazer isso”, disse Bertoncello ao fazer ampla exposição sobre o problema.

Também falaram aos participantes o delegado do MDA em São Paulo, José Reinaldo Prates, a gestora estadual do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) Andrea Moura, e o secretário executivo do Codeter, Josenilton Xavier do Amaral “Mossoró”.

A mediação do encontro foi feita pela coordenadora de ações extensivas gerais da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) da Unoeste, Cidinha Martines. Além de trabalhadores rurais, participaram profissionais que atuam em instituições voltadas ao amparo da agricultura familiar.

Estiveram representados o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet), além de secretários municipais da agricultura e do meio ambiente, técnicos agrícolas e sindicalistas.