Participantes do Projeto Rondon formulam avaliação positiva

Ao finalizar a participação no Projeto Rondon 2015, com inserção na Operação Bororos – de 10 a 26 deste mês em Acorizal (MT) – a equipe da Unoeste formula uma avaliação positiva. Para a coordenadora professora Raquel Camargo foi muito proveitoso imergir numa realidade que permitiu entender o todo do processo de formação de cidadania. “Viver esses dias, nessa cidade do interior do Mato Grosso, possibilitou reflexão de compreensão de mundo, além daquela da sala de aula ou o de debruçar sobre os livros. São muitos os problemas e não existem soluções mirabolantes, mas sim ações específicas”, comentou.

No entendimento do coordenador adjunto, professor Willys Tristão, o que chamou a atenção foi o comprometimento com as tarefas e a união dos estudantes da Unoeste e da PUC de Curitiba (PR), parceiros em Acorizal. “Prevaleceu o coletivo em prol do bem maior, a operação realizada com espírito de cooperativismo”, disse. Os oito alunos da Unoeste tiveram idêntica percepção. Valéria Caldeira dos Santos contou que foi para ela uma experiência nova, participando de atividades fora de sua área de atuação, saindo da zona de conforto para viver situações nas quais conseguiu corresponder. “A gente vê que pode dar mais da gente e isso me fez sentir muito útil”, afirmou.

Bianca Gonçalves Orbolato acredita que voltou do Projeto Rondon sendo uma pessoa melhor, encarando o serviço voluntário como via de mão dupla: quem pratica doa e recebe. Falou em ter acrescentado, em sua bagagem cultural, novos lugares, novas pessoas e novos costumes, em momentos que, de tão intensos, ficarão marcados eternamente. Ao classificar seu envolvimento como evolutivo, Thiago Constantino Barbosa disse não ter ficado restrito à sua área que é a educação física, tendo que se inteirar de outros temas para conduzir oficinas como as de bulling e outras formas de violência, especialmente contra crianças e adolescentes.

A importância de fazer bem ao próximo foi o fato mais marcante para Caio Lucas Zuntini Diamante. “Nas ações das quais participei foi muito grande o retorno das pessoas”, pontuou o estudante que também acompanhou reunião dos alcoólicos anônimos e saiu de lá impactado pelo fato de o problema de um ser o de todos. Regina Rafael Teixeira comentou que foi além do que esperava, ao ponto de fazer com que tenha mais certeza de sua pretensão em trabalhar ajudando a transformar vidas; sem medo de conhecer novos lugares, pessoas e realidades. “Foi inesquecível”, resumiu.

Lorena de Carvalho Santos contou que antes da viagem foi tomada pela ansiedade, mas que já nas primeiras atividades em Acorizal o sentimento era de realização pelo trabalho feito. Falou da troca de experiências, de viver uma realidade socioeconômica diferente e da sensação de dever cumprido. Ana Flávia Mello viu muita diferença de infraestrutura de saúde e de realidade social, de tal forma que encontrou valores em coisas para as quais não dava nem atenção. Ficou feliz com as experiências proporcionadas pelas oficinas, especialmente as de ensinar e aprender ao mesmo tempo.

A cultura totalmente diferente foi o que mais impactou Fernanda Akemi Takabatake, onde acontecem situações como as de vocabulário, no qual a expressão “vai violento” quer dizer vá ligeiro, por exemplo. Considerou que as oficinas permitiram ensinar, mas o aprendizado foi maior. “Estamos levando em dobro o que trouxemos”, estimou. O Projeto Rondon tem a organização do Ministério da Defesa e envolve outros oito ministérios. A realização em Acorizal teve o apoio da prefeitura. No âmbito da Unoeste houve deliberado apoio da Reitoria, com os envolvimentos dos pró-reitores doutores José Eduardo Creste (Acadêmico), Adilson Eduardo Guelfi (Pesquisa e Pós-graduação) e Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima (Extensão e Ação Comunitária).