Projeto odontológico alcança excelente resultado no Pontal

Constatação inicial da Coordenadoria Municipal de Saúde de Narandiba revela excelente resultado obtido com o Projeto Raposo Tavares, desenvolvido pelo curso de Odontologia da Unoeste.  No Assentamento Laranjeiras, 40 trabalhadores rurais passaram por serviços odontológicos. A maioria recebeu prótese dentária superior e inferior. Em alguns casos houve a necessidade de cirurgia e um paciente prossegue em tratamento devido a lesão na gengiva. Para o coordenador Fernando César de Carvalho, os benefícios da parceria da administração municipal com a universidade estão na qualidade, rapidez e baixo custo.

Iniciado no dia 10 de setembro, o projeto fecha a atual etapa no dia 10 deste mês. A estimativa é de que se fosse pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), seria necessário mais tempo e determinados procedimentos não teria como fazer. O atendimento alcançou 8,9% dos moradores da comunidade de 455 assentados, sendo os idosos a maioria. Em comparação aos custos médios, cada prótese saiu 80,40% mais em conta que o preço de mercado, ou seja: de R$ 700 para R$ 137. A próxima etapa do projeto é cogitada a possibilidade de tratamento periodontal para toda a comunidade; o que dependerá da manutenção do convênio pelo novo prefeito, Itamar dos Santos Silva.

O prefeito Enio Magro anuncia audiência pública, dia 12 deste mês, para avaliar os projetos de extensão universitária Raposo Tavares e Vet Social, da Medicina Veterinária, às 8h30 no Centro de Eventos Noel Urias. Estão previstas as participações dos envolvidos, incluindo as dos pró-reitores Acadêmico, José Eduardo Creste, e de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Adilson Eduardo Guelfi. O mutirão para cadastramento e atendimento inicial aos pacientes mobilizou professores e estudantes que montaram acampamento na escola do assentamento, onde atenderam num sábado e domingo. Depois, retornaram mais quatro vezes, aos sábados.

Os serviços no assentamento e na clínica do curso de Odontologia, coordenado por Cláudia de Oliveira Lima Coelho, envolveu os professores José Luiz Santos Parizi “Calú”, Juliane Avansini Marsicano, Rosana Leal do Prado, Douglas Roberto Monteiro e Fabiana Gouveia Straioto; os técnicos Marcos Aparecido Geraldo Volpato e Paulo Cezar Braiani Christófano; o egresso José Antonio de Araújo Júnior; e os estudantes Heitor Ceolin Araújo, Gabriele Andrade Santos, Heloísa dos Santos Fernandes, Vagner Santos Almeida, Pâmela Caroline de Lima, Caroline Marques Lucheti, Eberli Cristóvão Santos, Nathália Evelyn da Silva Machado, Gabriela Caetano, Raquel Narciso Picchi, Gian Dyonisio, Carla Grigoletto Rodrigues, Marina Magrini Alexandre e Ana Paula Barbosa Santana.

No atendimento do último sábado (3), a professora Juliane falou sobre o envolvimento de ambas as partes. Em relação aos pacientes: nenhum desistiu. Sobre os estudantes: todos que se formam neste ano já se disponibilizaram como voluntários para o próximo ano; interessados no serviço de saúde coletiva que oferece o atendimento humanizado preconizado pelas políticas públicas do governo brasileiro para o setor. Dentre os 40 pacientes, dois casos receberam atendimento domiciliar: uma senhora acometida por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e sua irmã na condição de cuidadora, já que moram juntas, sem mais ninguém.