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Estudante diz que intercâmbio proporciona lições para a vida

Vivência permitiu desconstruir algumas formas de pensar, de agir e de ver o mundo


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Foto: Cedida Estudante diz que intercâmbio proporciona lições para a vida
Jéssica durante passeio a Florença, na Itália
Foto: Cedida Estudante diz que intercâmbio proporciona lições para a vida
Jéssica na Universidade de Alcalá de Henares
Foto: João Paulo Barbosa Estudante diz que intercâmbio proporciona lições para a vida
Jéssica de retorno à Unoeste, no campus II

Grata à parceria do banco Santander com a Unoeste, por ter sido contemplada com a Bolsa Ibero-Americana, a estudante de Arquitetura e Urbanismo Jéssica Cortez Pedrão retorna da Europa e diz que intercâmbio proporciona lições para a vida. Elege a palavra desconstrução, no sentido de mudanças no pensar e no agir, para definir a experiência vivida em diversas situações, desde as mais simples como tomar ônibus, lavar a própria roupa, limpar a casa e cozinhar de forma mais prática e rápida, ao dividir apartamento com duas estudantes de nacionalidades alemã (administração) e italiana (idiomas); e uma romena formada em engenharia mecânica.

“A verdade é que aprendi a me virar”, diz Jéssica e revela que nunca foi tão brasileira como ocorreu durante sua estada no exterior, ao ouvir com gosto a música daqui e ao poder contar aos estrangeiros que o Brasil não é somente carnaval e o Rio de Janeiro. “Recebi um choque cultural que abriu minha visão de mundo e, inclusive do Brasil. Se a gente pensa que aqui tudo é pior, esse tipo de vivência é bom para descobrir que nem sempre”, comenta a estudante ao retomar seus estudos no 8º termo do curso de Arquitetura e Urbanismo na Unoeste. Viajou no começo de setembro do ano passado e retornou no fim de janeiro.

Passou a maior parte do tempo na cidade espanhola de Alcalá de Henares, na universidade que tem o mesmo nome. Conseguiu matricular-se na disciplina de composição arquitetônica e teve aulas em outras duas, como aluna participante: projeto arquitetônico e projeto mobiliário. “Vivi uma metodologia diferente, voltada para uma formação que valoriza mais a forma do que a finalidade, mais a parte artística, a criatividade; com a prática sempre presente. A avaliação contempla trabalho prático, com visita técnica e seminário, produção de artigo e aplicação de exame”, conta para dizer que, como já tinha visto o conteúdo na Unoeste, foi uma retomada de estudo, reforçada com a prática.

Outro complemento interessante foi poder conhecer de perto edificações das arquiteturas clássicas e renascentistas, anteriormente estudadas na Unoeste, podendo vivenciar os espaços, entrar num edifício e sentir a sua concepção. O ápice da percepção ocorreu no Templo Expiatório da Sagrada Família, em Barcelona; desenhado pelo renomado arquiteto catalão Antoni Gaudí. “Uma construção exuberante. Por fora, parece vela derretida. Por dentro, é fantástico: a luz, a altura, a acústica... A sensação que desperta na gente, lá dentro, é indescritível”, comenta.

Na Espanha, esteve também em Madri, Santiago de Compostela, Salamanca, Finesterra, Ávila, Segóvia, Pedraza e Toledo. Na Itália, foi a Roma e Florença. Em Portugal, conheceu Porto e Fátima. Os preços baixos das passagens facilitaram as viagens, a exemplo do custo de 30 euros da ida e volta da Espanha para a Itália, de avião. “Meu grande encanto foi Madri. Fiquei apaixonada por essa cidade que está no meu coração. Lá, a primeira coisa que me chamou a atenção foi o transporte público: pontual e com preço acessível. A cidade é limpa e linda”, afirma.

Para Jéssica, foi possível constatar que país rico não tem somente gente rica, mas que aos pobres é ofertada qualidade de vida, inclusive com praças que oferecem lazer para as famílias. “A educação no trânsito é tanta que ao pôr o pé na faixa a prioridade é do pedestre. Aqui em Prudente, logo que retornei fui ao Poupatempo e para atravessar a avenida Brasil foram quase dez minutos. Outro fato interessante de lá é a segurança. A gente anda pelas ruas tarde da noite, sem problemas. Dificilmente a gente escuta alguma notícia sobre violência”, conta.

O comportamento dos professores de lá fez com que sentisse saudades dos professores daqui. “Por uma questão cultural, eles são diferentes. Em relação aos alunos há uma imponência muito grande dos docentes. Aqui é tudo mais aberto, a gente tem acesso com facilidade”, compara e elogia o incentivo que recebeu e o apoio que teve do assessor de relações interinstitucionais da Unoeste, Dr. Antonio Fluminhan Júnior. “Até quando eu estava lá, ele queria saber se estava tudo certo, se precisava de alguma coisa”.

Conforme Jéssica, o povo espanhol é um pouco fechado, embora tenha encontrado pessoas que rompem com esse padrão. Na universidade, na divisão de grupos os professores procuravam estimular o estreitamento de relações, com um estrangeiro para cada três espanhóis. Na sala de aula a conversa fluía, mas fora dela cada um em seu canto. “Os italianos são bem diferentes, bem abertos. Mal a gente chega, eles conversam, oferecem comida e doce”, compara. A maioria dos amigos que fez foi gente da Itália e do México.

Também conviveu com brasileiros, como foi o caso do estudante de Jornalismo na Unoeste, Gabriel Buosi, que faz intercâmbio em Portugal com bolsa do banco Santander. Para fazer o intercâmbio, Jéssica deixou o estágio e vendeu sua moto para poder viajar por lá. Estava temerária de que poderia faltar dinheiro, mas revela que até sobrou. Entende que valeu a pena e aconselha aos estudantes que façam intercâmbios. Seus estudos na Unoeste foram retardados em seis meses, mas já está se habituando à nova turma. Logo após o carnaval, retomará o estágio, tendo sido novamente contratada pela Ilustre, uma loja de iluminação, onde voltará atuar como vendedora.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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