Entendimentos sinalizam novos intercâmbios para a Austrália

Em sua quarta estada no Brasil, o pesquisador australiano Stephen Yeates insere a Unoeste em sua programação de busca de informações para alimentar novas produções científicas. Na noite de quarta-feira (27) proferiu aula magna da pós-graduação stricto sensu em Agronomia, que oferece mestrado e doutorado. Na manhã desta quinta-feira (28) participou de reunião na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, quando sinalizou para a possibilidade de intercâmbios, de alunos de vários cursos, incluindo os de graduação, em instituições de ensino superior e junto à Organização de Pesquisa da Comunidade Científica e Industrial (CSIRO), órgão oficial do governo para a produção científica na Austrália. Pelo Programa Ciência sem Fronteiras, alguns alunos da Unoeste já estiveram e dois ainda permanecem na Austrália.

O visitante se prontificou em ver com algumas instituições de ensino superior de seu país a possibilidade de receberam estudantes da Unoeste, especialmente nas áreas das ciências agrárias, saúde, humanas e ciência da computação. Durante a conversa, alertou para a necessidade dos interessados nos intercâmbios dominarem a língua inglesa e manifestou sua admiração pelo pesquisador brasileiro, em razão dos bons trabalhos desenvolvidos. A reunião envolveu o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Dr. Adilson Eduardo Guelfi, o assessor de relações interinstitucionais Dr. Antonio Fluminhan Júnior e o pesquisador Fábio Rafael Echer.

Na aula magna, Yeates discorreu sobre tecnologias para o século 21 e suas experiências relacionadas ao cultivo do algodão na Austrália, onde há mais de 20 anos tem se dedicado à pesquisa por mais qualidade e maior produtividade, com a utilização de técnicas de irrigação comprometidas com o meio ambiente; produzindo cada vez mais, usando menos água; utilizando a gravidade para não consumir energia, num país no qual a pesquisa precede as novas iniciativas de produção agrícola. A produção média australiana é de 2,5 toneladas de fibra de algodão (sem a semente) por hectare, ante 1,5 tonelada no Brasil.

Na agenda do australiano, a exceção, em relação à cultura do algodão, foi a estada em Presidente Prudente, cidade polo de uma região na qual há muito tempo essa cultura é pouco praticada. Seu foco principal foi a Unoeste enquanto produtora de conhecimento científico, especialmente para obter informações sobre a rotação de culturas. Visitou a Fazenda Experimental da Unoeste, em Presidente Bernardes. Esteve em outras duas fazendas que recebem apoio técnico-científico da universidade: Ybyete Porã, em Rancharia, e Campina, em Caiuá.  O pró-reitor acadêmico Dr. José Eduardo Creste, que esteve na aula magna em nome da Reitoria da Unoeste, disse que a presença de Yeates fortalece a busca da internacionalização da universidade.

Para Guelfi, a aula magna com o pesquisador australiano referenda o trabalho pela projeção internacional, que conta com o apoio e dedicação dos professores da pós-graduação na prática de ensino inovador que contempla o estado da arte. O coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, Dr. Fábio Fernando de Araújo, citou as contribuições do Grupo Tutorial e do Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro) para a realização da aula magna, agradeceu o apoio institucional e destacou o crescimento do programa que, no fim do ano passado, teve a primeira defesa de tese.

Durante a cerimonia de abertura, na qual também esteve presente o coordenador da graduação e vice da pós-graduação em Agronomia Dr. Carlos Sérgio Tiritan, ocorreu a entrega do Prêmio “Doutor Flávio Moscardi” ao aluno do mestrado que se destacou em 2014, Edson Kiyoharu Hirata; com a explicação de que a premiação dois anos depois decorre do tempo sobre as publicações científicas. Yeates atendeu ao convite de Echer, pesquisador sobre a produção de algodão. Eles se conheceram num congresso em 2013, em Brasília, e na semana que vem estarão na 6ª Conferência Mundial de Pesquisa de Algodão, em Goiânia (GO). Neste fim de semana visitarão fazendas produtoras de algodão em Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul, e Rio Verde e Montividiu, em Goiás.