Jovens cruzaram fronteiras para estágios mesmo nas férias

Para alguns universitários as férias de julho servem para recarregar as energias, mas têm outros que enxergam nesse mês, a oportunidade de sair da zona de conforto em busca do conhecimento. É o caso do prudentino, Mauricio Oliveira Costa, 20, que viajou mais de 2,7 mil km para estagiar na cidade de Altamira (PA). O acadêmico do 6º termo de Engenharia Ambiental da Unoeste aproveitou o período de descanso para fazer estágio extracurricular na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, uma das maiores do país.

O aluno conta que passou por um processo seletivo e foi um dos escolhidos para preencher as 20 vagas disponibilizadas para o programa de estágio da empresa. Ele revela que teve a oportunidade de passar por todos os setores desde a obra, recursos humanos (RH) até setores mais específicos como o do meio ambiente. “Estou aprendendo mais sobre os processos de licenciamentos ambientais que envolvem uma obra, vivenciando um projeto básico ambiental (PBA), participando dos monitoramentos de jazidas exploradas para a construção da hidrelétrica, dentre outras funções”.

Sobre a decisão de deixar o conforto de casa rumo ao Pará, Costa lembra que o mercado de trabalho encontra-se muito competitivo. “Resolvi aproveitar essa chance, pois não é sempre que se tem a oportunidade de estagiar na terceira maior hidrelétrica do mundo. Fico aqui até terça-feira (2) e tenho certeza de que por todo esse tempo, me esforcei para usufruir o máximo de informações para acrescentar ao meu currículo”.

Estágio internacional – Érick Malheiros Rampazo, 34, fez as malas e cruzou o oceano. Recém-formado em Agronomia, ele chegou agora em julho ao Brasil, depois de passar 5 meses na Università di Bologna, na cidade de Bologna na Itália, onde cumpriu o estágio supervisionado da graduação. “Fiquei no campus da instituição na área de produção de bioetanol de segunda geração. Mantive contato com diretores, professores, supervisores, alunos de graduação e pós-graduação e auxiliares, que contribuíram muito para meu aperfeiçoamento acadêmico e profissional, com enfoque no desenvolvimento de pesquisas”.

Rampazo relembra que passou por vivências no laboratório de HPLC (sigla em inglês para High Performance Liquid Chromatography). “Utilizei equipamentos inovadores e auxiliei nos experimentos realizados no campo, além de ajudar nas atividades especificas como cultivo e implantação de áreas experimentais a campo voltadas para a pesquisa. Todas essas práticas proporcionaram um aprendizado e um contato diferenciados com uma base de desenvolvimento de pesquisa de âmbito internacional”.