Estética leva atendimento a pacientes do pós-cirúrgico do HR

Quando se pensa em estética, a beleza é a primeira coisa que vem a cabeça. Só que os estudantes do 6º termo do curso superior de tecnologia em Estética e Cosmética da Unoeste mostram que os cuidados com a saúde é que são a prioridade. Isso porque um projeto de estágio realizado em parceria com o Hospital Regional (HR) faz atendimento imediato, e dá orientações a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que passaram por cirurgias plásticas reparadoras – aquelas que visam corrigir lesões e defeitos de nascença, ou adquiridos.
 
A delicadeza do procedimento cirúrgico, que varia de caso a caso, muitas vezes causa limitações ao paciente em fazer determinados movimentos, pegar peso e até fazer coisas simples como colocar uma meia. Por isso, esse trabalho é fundamental. “Todas essas técnicas são passadas para os alunos dentro da sala de aula. E aqui eles têm a oportunidade de fazer na prática. É a primeira vez que uma turma realiza esse trabalho na região”, explica a docente responsável, Valéria Cardoso Moreira.
 
Os 23 acadêmicos da turma se dividem em grupos de três pessoas por mês, e três vezes por semana desenvolvem atividades como drenagem linfática, posicionamento de paciente, exercícios respiratórios e de calistenia – exercício de extensão dos músculos. “O paciente precisa ter esse cuidado imediato para facilitar na cicatrização, em impedir que o corte da cirurgia abra e na recuperação em geral”.
 
Mas o tratamento não se restringe ao hospital! Durante os atendimentos, os alunos fazem um relatório do atendimento para conhecer melhor o paciente, que inclui dados pessoais e informações sobre a cirurgia que ele fez. Depois de atendido pelos estagiários, ele é convidado a dar continuidade ao tratamento na Clínica de Estética da Unoeste.
 
“Se o paciente segue com a gente é ótimo para ele e para os estudantes. A intenção é que os alunos aprendam a trabalhar juntos, como uma equipe de cirurgia. Sem contar a experiência e as horas de estágio que são benefícios importantes”, acrescenta a professora.

A estudante Cristiane Pacheco faz parte da turma do mês de setembro, e classifica a atividade como fundamental, principalmente pelos tipos de cirurgia que passou a conhecer. “É uma experiência única, muito importante para mim. Aprender a parte teórica é diferente da prática, principalmente pelo contato com os pacientes, que deixa o profissional mais humano”.