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Tecnologia agronômica europeia impressiona estudantes da pós

Doutorandos em Agronomia fizeram estágio no instituto de tecnologia de Portugal, na Universidade do Porto


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Foto: Cedida Tecnologia agronômica europeia impressiona estudantes da pós
Pradela (de vermelho) e Angela com pesquisadores do Inesc Tec

O uso da tecnologia na produção agrícola europeia impressiona estudantes do doutorado no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste. Valter Alves Pradela e Angela Madalena Marchizelli Godinho aproveitaram as férias de meio de ano para fazer estágio sênior no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inesc Tec), junto a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Feup), em Portugal.

Ficaram maravilhados com o que viram; como é o caso do robô que mede a quantidade de açúcar da uva ainda no vinhedo, para auferir critérios que determinam o ponto ótimo de maturação, visando a obtenção de máxima qualidade na produção de vinho. Outra tecnologia que despertou a atenção foi a de imagem do solo para análise estatística, com até 10 centímetros de profundidade, obtida por satélite da Agência Espacial Europeia.

Engenheiro agrônomo, matemático e especialista em segurança do trabalho, Pradela fez 54 dias de intercâmbio, de 4 de junho a 25 de julho. A química e especialista em agronomia Angela ficou 30 dias e conta que se empenhou em obter o máximo de aproveitamento junto aos pesquisadores do instituto que a universidade abriga em suas dependências e que tem na equipe a atuação de 15 brasileiros, com os quais os portugueses se confraternizam em almoço na última sexta-feira de cada mês.

“Os pesquisadores brasileiros são muito bem tratados e nós também fomos muito bem recebidos não só no instituto, mas também em outros lugares, incluindo a visita que fizemos na vinícola da Cooperativa Favaios”, conta Angela. Sobre o Brasil, eles ficaram encantados com a grande área de produção de cana-de-açúcar, estimada em 9 milhões de hectares, o que corresponde a praticamente toda área agrícola de Portugal.

Pradela e Angela desenvolvem suas pesquisas com cana-de-açúcar, desde o mestrado na própria Unoeste. Ele pesquisou uso de polímero hidrogel para não faltar água e para a muda da cana pré-brotada (MPB) desenvolver mais rápida. Agora, no doutorado analisa dois estudos sobre a redução do efeito do veranico na produtividade e rendimento industrial. Ela pesquisou a biometria da cana para estimar a produção com a realização de análise tecnológica.

No doutorado, através de análises tecnológicas e de variedades, Angela estuda a estimativa de produção, antes do plantio, mediante dados do solo, do clima e da própria cana. Para isso trabalha com os resultados de 11 safras visando gerar um dado real, utilizando software da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiros (Esalq/USP). No intercâmbio, intermediado pelo pesquisador brasileiro Dr. Tadeu Alcides Marques, buscaram informações científicas e tecnológicas que possam servir aos seus estudos atuais.

Lá foram recebidos e acompanhados pelos doutores Filipe Neves dos Santos e Mário Cunha, pesquisadores do Inesc Tec. Além das intensas atividades de estudos de segunda a sexta-feira, em finais de semana tiveram a oportunidade de conhecer algumas cidades portuguesas e outros países da Europa. Especificamente em Portugal, ficaram impressionados com as belezas naturais, a receptividade, a união de grupos de trabalho envolvendo pesquisadores de diferentes nacionalidades e com a educação em geral.

Foto: Cedida Gabriel, do curso de Jogos Digitais, durante passeio na cidade do Porto
Gabriel, do curso de Jogos Digitais, durante passeio na cidade do Porto
Outro fato que chamou a atenção foi o da Universidade do Porto manter uma programação de férias para receber crianças e oferecer a elas uma série de atividades, com o objetivo de despertarem nelas o interesse futuro e se formar em determinada profissão. As crianças são levadas para conhecer salas e laboratórios e também almoçarem na universidade. São ações que têm continuidade na adolescência, de tal forma que se torna mais fácil a escolha do curso superior.
 
Jogos Digitais – O estudante do curso superior de tecnologia em Jogos Digitais, ofertado pela Unoeste junto a Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp) Gabriel Marchizelli Godinho, filho de Angela, também foi para Portugal. Fez estágio no Laboratório de Computação Gráfica, Interação e Jogos Digitais, do Centro de Robótica da Feup. “Lá, eles estão empenhados no processo de gameficação das coisas, para utilizar os recursos dos jogos em outros contextos”, comenta. Exemplo é o jogo que conduz a visita a um parque temático e museu, explicando cada coisa.

 Uma das observações feita pelo estudante foi sobre o jeito que eles trabalham o desenvolvimento de produto, com menos pessoas envolvidas do que aqui. Porém, o que mais despertou sua atenção, dentro e fora da universidade, foi a qualidade dos serviços prestados aliados à educação, com a excelência em atendimento. “Além do que tudo funciona na hora. Em cada ponto de ônibus tem uma placa com informações sobre horários que são realmente cumpridos. Tem ainda a questão de segurança. O máximo é algum batedor de carteira, geralmente de outra nacionalidade. Assalto é muito raro”, pontua.

Godinho admite a possibilidade de retornar à Feup, onde recebeu a sugestão de fazer mestrado, diante da oferta de algumas possibilidades atreladas a jogos digitais; segmento no qual está envolvido em iniciação científica orientado pelo professor Dr. Sidnei de Oliveira Souza que também leciona no Programa de Mestrado em Educação. Para que o estudante da Fipp fosse recebido para o intercâmbio houve a intervenção da Assessoria de Relações Interinstitucionais da Unoeste junto a Feup.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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