CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Raiva e doença da vaca louca são assuntos de evento do Mapa

Workshop Regional sobre Vigilância das Síndromes Neurológicas em Herbívoros teve presença de alunos e profissionais


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: Gabriela Oliveira Raiva e doença da vaca louca são assuntos de evento do Mapa
Paulo Fadil apresentou o Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH) de São Paulo
Foto: Gabriela Oliveira Raiva e doença da vaca louca são assuntos de evento do Mapa
Participantes do evento lotaram o auditório Azaleia da Unoeste
Foto: Gabriela Oliveira Raiva e doença da vaca louca são assuntos de evento do Mapa
Representante do Mapa, Juliana do Amaral Moreira, abordou programa nacional de prevenção à doença da vaca louca

A Unoeste recebeu nesta quinta-feira (14), o Workshop Regional sobre Vigilância das Síndromes Neurológicas em Herbívoros promovido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e pelo Escritório de Defesa Agropecuária de Presidente Prudente (SP), com a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Realizada no auditório Azaleia, bloco B3, campus II da universidade, a ação gratuita reuniu profissionais, acadêmicos e docentes de Medicina Veterinária.

Paulo Fadil, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, esteve no evento para falar sobre o Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH) de São Paulo. “Esse trabalho se estende em três frentes: a primeira ligada ao controle do vetor transmissor da raiva, que é o morcego hematófago; a segunda em relação à conscientização do produtor sobre a importância da vacinação do rebanho bovino; e a terceira compreende-se pelo diagnóstico laboratorial da raiva bem como, a coleta do material dos animais infectados ou com sintomas para o acompanhamento da doença no Estado”.

Há bastante tempo, a região de Presidente Prudente não tem casos de raiva, já que a quantidade de abrigos do vetor é bem pequena. “Em 2015, constatamos um caso isolado de raiva na cidade de Narandiba. Enviamos uma equipe para fazer uma investigação epidemiológica da doença. Verificamos que é muito provável que o vetor (morcego), que atacou esse animal, seja do Estado do Paraná, já que o animal encontrava-se próximo à divisa”, relata Fadil.

Para ele, é de extrema relevância que a coleta e análise dos materiais sejam feitas de forma criteriosa para a confirmação positiva ou negativa dos casos, além do diagnóstico diferencial. “Todas as doenças com sintomatologia nervosa são muito parecidas. Quando descartamos uma suspeita de raiva, temos que fazer a diferenciação, principalmente para verificar se não é a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como doença da vaca louca”.

Fadil salienta ainda que essa síndrome é capaz de restringir a exportação de carne e, por isso, o Brasil também possui o Programa Nacional de Prevenção da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Quem falou sobre esse assunto no workshop foi Juliana do Amaral Moreira, fiscal federal agropecuária do Mapa e responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH).

“Desde 1990, o ministério desenvolve ações de prevenção à conhecida doença da vaca louca. Atualmente, o Brasil possui classificação de risco insignificante, atribuído pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Esse status conquistado em 2012 demonstra a excelência do trabalho realizado no país”, pontua Juliana.

Ela revela que em 2012 e 2014 registraram-se dois casos de EEB, respectivamente nos Estados do Paraná e Mato Grosso. “Foram registros isolados que não influenciaram no nosso status de risco. Entretanto, sofremos embargo internacional já que os países se preocupam com essa doença, pois ela é uma zoonose e pode ser transmitida ao ser humano”. A fiscal federal acrescenta que somente no ano passado, a China permitiu a importação da carne brasileira. “Agora em 2016, tivemos o aval positivo do Japão para a comercialização da nossa carne”, completa.

Também se apresentaram no evento Cláudia Del Fava, pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, que tratou sobre a colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial; Vera Gonçalves e Mônica Fagundes do CDA-SP, que apresentaram as normas sobre o transporte de amostras – embalagens primária, secundária e terciária; além de Cláudio Depes, com esclarecimentos sobre os formulários de preenchimento das síndromes.

Gláucia Prada Kanashiro, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unoeste demonstra satisfação na parceria firmada com o Mapa para a idealização dessa iniciativa. “Ficamos lisonjeados em receber o convite para receber esse workshop, que trouxe importantes abordagens para os nossos futuros veterinários. Eles aproveitaram a ocasião para agregar conhecimentos à formação”. Sobre a presença dos veterinários vinculados ao Programa de Aprimoramento Profissional da graduação, que atendem no Hospital Veterinário da universidade, ela diz que “independentemente da área em que atuam, todos demonstraram interesse em se informar sobre essas síndromes neurológicas, uma preocupação de toda a sociedade”.

O médico veterinário André Nogueira Louzada é egresso da turma de 2010 e atualmente trabalha na Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) em Teodoro Sampaio (SP). “É muito bom voltar à universidade onde estudei para adquirir informações que podem ajudar o público com quem atuo, assentados que têm entre as principais atividades a exploração do gado leiteiro”.

Ismael Ferreira Diniz Junior reside na cidade de Amparo (SP) e viajou cerca de 550 km para participar do workshop. O veterinário comenta que a atualização constante é fundamental para a sua carreira que tem 29 anos. “Todos os assuntos ligados ao controle das doenças neurológicas em herbívoros me interessam, principalmente quando se fala da coleta e do exame dos materiais, já que tenho um laboratório que atua nesse setor que é credenciado pelo Mapa”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem